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ENTREVISTA: Diogo Santos – Aprovado em 3º lugar no concurso da Prefeitura de Recife para o cargo de Analista de Gestão Administrativa

 “Em alguns momentos a caminhada é solitária, cheia de contratempos. Contudo, todo aquele que se dedicar e pagar o preço, vai chegar. Pode demorar alguns meses ou anos, mas isso não importará porque quando acontecer, valerá a pena!
Eu sou igual a você e consegui! Então você também consegue!

Confira nossa entrevista com Diogo Santos, aprovado em 3º lugar no concurso da Prefeitura de Recife para o cargo de Analista de Gestão Administrativa:

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?

Diogo Santos: Tenho 28 anos e sou formado em Engenharia Mecânica, pela UFPE. Sou natural de Caruaru-PE, mas moro atualmente na capital pernambucana, Recife.

Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?

Diogo: Desde a graduação, eu já ouvia muito sobre concursos. Nos quadros de informações da universidade, havia vários panfletos sobre concursos públicos (principalmente para a Receita Federal).

Além disso, tenho alguns parentes concursados e meus pais sempre falaram das vantagens de ser servidor público. Porém, resolvi seguir carreira na minha área de formação, na iniciativa privada.

Consegui, ainda durante a graduação, uma vaga de estágio em uma ótima empresa e, posteriormente, fui contratado por ela. O trabalho era desafiador, com boa remuneração e muitos benefícios.

Entretanto, havia também desvantagens. Incertezas quanto ao futuro e a distância da família eram as principais. Então, numa dessas viagens, um funcionário da empresa que eu atendia falou sobre sua vida de concurseiro.

Ele trabalhava e estudava há um tempo e estava bem determinado em conseguir a aprovação. Foi nesse momento que eu comecei a repensar algumas escolhas minhas. Eu tinha um ótimo emprego, mas não estava feliz. Comecei a ver vídeos sobre as opções de concursos e resolvi aceitar esse novo desafio na minha vida.

Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?

Diogo: No início, eu tentei conciliar com o trabalho, mas era bem complicado. Além das atividades no horário normal, eu precisava fazer os relatórios e preencher um monte de documentação (inclusive nos fins de semana).

Assim, não conseguia ter uma rotina organizada de estudo. Sempre parabenizo muito quem consegue conciliar trabalho e estudo, porque eu sei o quanto era difícil.

Só quero fazer uma observação: essa decisão de largar o emprego para se dedicar exclusivamente para concurso não é fácil. Muitas vezes, achamos que é o melhor porque teremos mais tempo, mas também tem as desvantagens.

Acho que a pressão interna por resultados fica maior. Eu demorei um tempo para tomar essa decisão. E recomendo muita cautela antes de decidir algo de tamanha importância. Em alguns casos, talvez seja mais prudente organizar a rotina, tentando conciliar o trabalho e o estudo (principalmente pelo fato de não haver uma certeza de quando o concurseiro alcançará a aprovação).

Após alguns meses de estudo desorganizado, meus sogros conversaram comigo. Eles ofereceram todo o suporte para que eu pudesse voltar para casa e só dedicar meu tempo aos estudos.

Serei sempre agradecido pelo apoio, pois eu sei o quanto isso mudou o rumo dos meus estudos e as portas que abriram para mim e minha esposa.

Então, a partir de novembro de 2015, passei a ter dedicação exclusiva aos estudos para concurso. Foi aí que eu comecei a entender melhor como funcionava esse mundo, conheci vários métodos de estudo e aprendi a organizar melhor um planejamento a longo prazo.

Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?

Diogo: Antes do concurso da Prefeitura, eu consegui ficar em alguns cadastros de reserva. Por ordem cronológica: no TCE-PE, fiquei em 46 para o cargo de Auditor de Contas Públicas; no TJ-PE, fiquei em 17 para AJAA; no TRF-5, fiquei em 16 para TJAA; no TRT-6, fiquei em 50 para TJAA; por fim, fiquei em 3º para o cargo de Analista de Gestão Administrativa, no concurso da Prefeitura do Recife. É importante ressaltar que também tive muitas reprovações, inclusive uma levando ponte de corte em prova discursiva (na parte de discursiva eu explicarei melhor).

Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?

Diogo: Fiquei muito feliz, principalmente por ver que tinha conseguido ficar nas vagas. É um alívio! O concurseiro só tem uma garantia um pouquinho maior de nomeação, quando é aprovado nas vagas. A sensação de ver os frutos de tanta dedicação e abdicação é indescritível e é algo que desejo a todos os concurseiros.

Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?

Diogo: Nesses quase 3 anos e meio de estudo, eu não adotei apenas uma postura. Isso depende de tanta coisa.

No começo eu tentei uma postura mais radical, até para pegar uma rotina de estudos. Mas abdiquei mesmo durante o estudo para o TCE-PE, em 2017. De março, quando foquei nesse concurso, a setembro, que foi quando ocorreu a prova, eu saia bem pouco de casa. Só para atividade física e um jantar ou outro com a família.

Hoje eu acho que não foi a melhor decisão, apesar de ainda ter conseguido ficar no cadastro para auditor. Passei uns meses meio esgotado após a prova, sem conseguir manter um ritmo bom de estudos. Mas, naquele momento, tentei fazer o melhor que eu pude, porque sabia que era uma boa oportunidade.

Depois disso, tentei diminuir o ritmo. Busquei equilibrar um pouco mais o estudo com a vida social, especialmente antes do edital. Para a Prefeitura, fiz exatamente isso. Inclusive, fui para o jantar de Natal e de Ano Novo, semanas antes da prova e isso não atrapalhou o estudo (acredito que devido à base formada no estudo pré-edital).

Acho que até para quem trabalha e estuda, é importante tirar um tempo de lazer (uma parte do domingo, por exemplo), ao menos antes de sair o edital. O estudo para concursos, como regra, é longo e cansativo. É bom ter momentos para relaxar um pouco.

Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?

Diogo: Sou casado, mas sem filhos. Eu tive o apoio de todos os familiares e amigos. Sou muito grato pelo apoio dos meus pais, mesmo não podendo visitá-los muito (eles moram no interior), devido aos estudos.

Meus sogros também ajudaram demais nesse período. Lembro até que, durante o estudo para o TCE-PE, minha sogra ia junto com minha esposa fazer feira, para que eu não precisasse parar os estudos.

Perdi alguns eventos, como um encontro de família que meu sogro realizou em 2017, próximo da prova do TCE. Acho que fui o único ausente (rsrsrs), mas ele entendeu que era por uma boa causa.

A minha esposa foi a maior apoiadora de todos. Sei que foi difícil para ela, mas ela era o meu maior suporte quando batia aquele desânimo ou dúvidas tomavam por completo minha cabeça. Enfim, sou muito grato pelo apoio que tive de todos.

Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?

Diogo: Olha, essa questão é bem pessoal. Concordo que o ideal é focar em uma área e fazer os concursos dela. Até porque são muitas matérias e cada vez mais é exigido do concurseiro um alto nível de preparação e aprofundamento do conteúdo. Eu recomendaria que, se você está iniciando agora, foque em uma área de concurso (fiscal, tribunal, policial, etc). Por um bom tempo (até ter um bom percentual de acertos nas principais disciplinas), é importante não ficar mudando muito o estudo para que você possa pegar uma boa base. Foi o que aconteceu comigo.

No meu primeiro ano, só estudava para a Receita Federal. Porém, sempre quis um concurso o qual eu não precisasse sair de Pernambuco, por questões pessoais. Então, tentei aproveitar os concursos que saíam aqui no meu estado ou em estados vizinhos. É arriscado. Mas, no meu caso, foi um risco calculado.

Eu estudava para uma área/concurso específico (no caso, até janeiro de 2017, para a Receita Federal) e quando surgiam os boatos de concurso por aqui, eu avaliava o edital anterior e via se tinha muitas disciplinas em comum.

Se o concurso fosse antigo, olhava também editais mais recentes da mesma área. Foi assim que eu resolvi fazer o TCE-PE. Quando surgiram os boatos, no início de 2017, vi que muita coisa era parecida e que eu teria tempo para “correr atrás” das matérias que eram novidade.

Depois, ainda consegui aproveitar o estudo do TCE-PE para o TRF-5, TJ-PE, TCE-PB, TRT-6 e para a Prefeitura do Recife. Então acabei fazendo concursos de áreas diferentes. Mas porque havia muitas matérias afins.

Só é bom ter cuidado para não ficar pulando de edital em edital, principalmente entre aqueles que tenham poucas matérias em comum, pois você vai acabar não aprofundando bem no conteúdo. Isso eu não fazia. Então escolha uma área do seu interesse e estude até pegar uma boa base. Depois, você começa a avaliar os editais que saírem.

Como ainda não sei se serei chamado no TCE-PE, continuarei estudando. Meu foco agora é fiscal estadual, principalmente Sefaz-PE.

Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?

Diogo: Eu considero que o tempo de estudo para o concurso foi desde o início até a prova. Principalmente porque eu usei muitos resumos que eu fiz estudando para outros concursos.

Quando saiu o edital da Prefeitura, eu estudava para a Sefaz-BA. Mas decidi focar só na Prefeitura. Então, foco mesmo no concurso, foi apenas após o edital. Mas, na minha opinião, o tempo de estudo para a aprovação nele foi o total (3 anos) de estudo que eu tinha quando fiz a prova.

Estrategia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?

Diogo: Sim, com certeza. Acho que é fundamental estudar para concursos sem o edital. Porque é aí que você vai ganhar base para chegar bem preparado no pós-edital. Para mim, manter a disciplina no pré-edital é um dos maiores desafios do concurseiro. Porque pode demorar anos para o concurso dos sonhos sair.

Considero o estudo para concurso similar à vida de um atleta. Uma delas é a dedicação silenciosa, todo dia, durante muito tempo, até a aprovação (no caso do atleta, até a vitória em uma competição).

Pois bem, para manter esse ritmo, eu criei metas diárias e semanais de estudo. Não só em horas líquidas, mas também em quantidade de apostilas lidas.

Por exemplo, para a Sefaz-AL, eu verifiquei quantas apostilas faltavam para terminar as principais matérias e pretendo terminar a maior quantidade possível antes do edital (o ideal é terminar todas, mas talvez não dê tempo).

Outra coisa interessante é tentar fazer metas de exercícios resolvidos. Ir somando a quantidade de questões e tentar elevar o percentual de acertos. Os erros são bons indicativos dos pontos que precisam ser melhorados e que devem ser reestudados ou revisados.

Por fim, além das metas quantitativas, todos os dias eu tento imaginar como será minha vida quando estiver concursado. Ainda tenho muitos sonhos para realizar e sei que o concurso é um bom meio de concretizar tudo isso.

Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?

Diogo: No início, eu estudava por videoaulas e livros. Mas depois eu passei a utilizar os PDFs. Até pensei em fazer curso presencial, mas percebi que era mais vantajoso estudar em casa.

A grande vantagem das videoaulas é o fato de facilitar o aprendizado inicial, especialmente em matérias mais complexas. Eu acho que o problema delas é a quantidade baixa de conteúdo absorvido e a facilidade de perder a atenção durante a aula.

Geralmente, eu não conseguia assimilar tudo o que o professor ensinava nas videoaulas e sentia que perdia a concentração constantemente. Hoje, eu uso as videoaulas mais como uma revisão (quando eu não consigo mais ler nada).

Gosto também de usar os vídeos de assuntos que já estudei quando faço alguma outra atividade (por exemplo, lavar pratos). Funciona como uma revisão, ajudando na fixação do conteúdo

Os livros são bons porque têm um alto grau de aprofundamento do conteúdo. A desvantagem consiste no fato de ter uma abordagem mais geral, pois não é um material voltado para um concurso específico, ou seja, não traz as características de cada banca ou para determinado cargo.

Por fim, os PDFs são, para mim, o melhor custo-benefício no estudo para concursos. Senti uma grande diferença na absorção de conteúdo quando troquei as videoaulas pelos materiais escritos.

É mais cansativo, exige mais da nossa cabeça, mas é justamente por isso que eu sentia que estava entendendo melhor os assuntos. Eles trazem muito conteúdo, porém na medida necessária para cada concurso em específico, permitindo o aprofundamento indispensável para fazer uma boa prova.

Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?

Diogo: Por meio de outros concurseiros, em fóruns e redes sociais.

Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?

Diogo: Eu tive momentos diferentes durante esse período de estudo. No início, como estudava por videoaulas, fiz muito resumo (em cadernos, notas, etc). Acho importante fazer resumo para auxiliar na memorização, mas em grande quantidade pode prejudicar (ele acaba perdendo algumas de suas principais características, que são ser sintético e de rápida leitura).

Hoje ainda faço alguns resumos, em forma de Mapas Mentais, Mas somente dos pontos importantes ou difíceis de memorizar ou então daqueles pontos que são bem decoreba (como as alíquotas da legislação tributária estadual).

Outro ponto interessante são as revisões e o reestudo. Acredito que para uma melhor absorção do conteúdo, é fundamental passar uma segunda (ou até uma terceira) vez, reestudando os PDFs novamente (uma leitura mais rápida, focando nas marcações).

Nessa segunda volta, eu consegui reforçar os pontos que já tinha aprendido, entender outros que não ficaram claros anteriormente e até aprender coisas novas que nem percebi na primeira vez. Apesar de exigir um tempo maior de preparação, eu considero o reestudo importante para a consolidação do conteúdo, principalmente nas matérias mais comuns da área para a qual eu estou estudando.

Além disso, acho que é essencial para todo concurseiro fazer exercícios. Eu demorei muito tempo para entender isso. Ficava com receio de errar (talvez porque, na minha cabeça, fosse uma demonstração de incapacidade ou de que não conseguiria alcançar uma aprovação). Como perdi tempo com esse pensamento (rsrsrs). Inclusive, foram os exercícios o ponto fundamental para que eu conseguisse a aprovação na Prefeitura, dentro das vagas.

Além de ser ótimo para revisões, fazer questões mostram como a banca cobra os assuntos previstos no edital. Perdi a conta de quantas questões eu fiz somente no pós-edital desse concurso. Às vezes, começava a ler o enunciado e já sabia mais ou menos como viriam as alternativas.

Por fim, sobre a quantidade de matérias, eu iniciei com o ciclo básico para a área fiscal, como os professores sempre falam (português, matemática/RLQ, Dir. constitucional, Dir. administrativo, Dir. tributário e contabilidade).

À medida que eu avançava nessas matérias, adicionava outra e diminuía um pouco o tempo das que eu já havia terminado (só para manter as revisões e os exercícios).

Penso que o ideal é fazer isso até bater as matérias do edital anterior. Em relação ao tempo de estudo, eu estudava em média de 5 a 6 horas líquidas por dia.

Em alguns períodos até fiz um pouco mais, mas isso acabou me deixando um pouco esgotado mentalmente. Em outros, um pouco menos. Quando comecei a estudar, pensava que só passava quem fazia de 9 à 10 horas líquidas por dia.

Depois entendi que isso não é necessário. O mais importante é manter um bom ritmo, durante algum tempo e, assim, quando sair o edital, você terá tempo para estudar as matérias novas e revisar as antigas (e também para fazer muitos exercícios!).

Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?

Diogo: Sim, algumas foram difíceis de aprender. As mais complicadas foram: contabilidade, direito administrativo e administração geral. As duas primeiras devido ao volume de conteúdo para aprender e memorizar; a terceira, por ser uma matéria muito subjetiva, o que me deixava bem confuso na hora de responder as questões.

Em contabilidade, ainda estou tentando superar (rsrsrs). Mas em DA e Adm o que funcionou foi reestudar, fazer e revisar resumos, além de resolver muitas questões. Como falei acima, é errando questões que você consegue identificar quais tópicos das matérias ainda tem dificuldade e, então, partir para reestudá-los ou revisá-los.

Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?

Diogo: Eu tive rotinas diferentes, em cada concurso que fiz. Acho que depende muito do que você fez antes do edital, de como se organizou e do tempo que você tem disponível para o estudo.

No caso do concurso da Prefeitura, eu mantive a meta de 5 horas líquidas por dia e consegui terminar quase todo o edital, mais ou menos, um mês antes da prova (isso devido à base que já tinha formado no pré-edital).

Isso permitiu que eu intensificasse o estudo por meio de resolução de questões no último mês antes da prova. Além disso, na minha programação para a semana anterior ao teste, estava previsto fazer revisões em resumos, ler algumas leis e decretos importantes, e refazer questões que havia errado/marcado como importante durante o estudo.

Na véspera, eu tentei equilibrar o estudo com o descanso. Acordei cedo e revisei alguns resumos, para reforçar pontos que ainda achava importante (especialmente fórmulas de Estatística e os decretos municipais). Fiz isso até às 14 horas do sábado, aproximadamente. Depois aproveitei o restante do dia para descansar.

Estratégia: No concurso da Prefeitura do Recife não houve discursivas, mas você fez outros com discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?

Diogo: Sim, em quase todos os outros que fiz teveram discursiva. Esse é um ponto bem importante do estudo. Não adianta ir bem na prova objetiva e não fazer uma boa discursiva. Eu que o diga.

No concurso do TJ-PE, para o cargo de técnico, tinha ficado em 9º na prova objetiva, mas acabei eliminado (ponto de corte mesmo) na prova discursiva por 0,4 na nota (mínimo era 30 e eu tirei 29,6). Foi uma situação bem chata, mas foi a partir daí que eu realmente consegui corrigir meu jeito de escrever. E, depois disso, consegui fazer boas discursivas no TRF-5 e no TRT-6.

Particularmente, nunca fui muito bom em redações (tinha dificuldade desde o colégio). Na minha preparação, foi importante fazer um curso de discursiva com correções, pois assim eu aprendia a técnica e tinha o feedback da professora nas correções.

Se a prova for aquela redação tradicional (dissertação, como nos vestibulares), acho importante também pesquisar bem sobre os temas da atualidade e os posicionamentos dos teóricos mais renomados, para fortalecer sua fundamentação no texto. Um bom professor vai orientar quanto a esse aspecto.

Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?

Diogo: Sim, com certeza são muitos erros. Um dos principais foi demorar para fazer questões. Mesmo após um bom tempo de estudo, eu não fazia tanta questão como deveria. Para mim, é respondendo questões que a gente evolui mais durante o estudo. Simulados, inclusive, ajudam muito nesse aspecto.

Outro erro que cometi durante o processo foi não manter um ritmo mais saudável de estudo. Especialmente no período de estudo para o TCE-PE. Acho que alguns períodos de descanso não atrapalhariam o estudo e ajudariam a renovar as energias.

Como acerto, eu diria a autocrítica que com frequência fiz, ao longo da preparação. Considero fundamental avaliarmos nosso aprendizado durante o processo, o nosso desenvolvimento.

Sempre há algo novo que podemos aprender, um jeito melhor de estudar e revisar. Manter-se fechado, achando que só há um meio de passar, pode “roubar” alguns meses ou até anos de estudo na vida do concurseiro.

Outro acerto que eu citaria: eu tentei entender como as matérias de concurso poderiam ser importantes na minha futura vida de servidor. Evitava pensar nelas de forma negativa (nem sempre é possível, claro, mas o “tentar” ajuda a dar forças para estudar quando bate aquele momento de desânimo). Acho interessante ter esse tipo de mentalidade, já que, muito provavelmente, o concurseiro irá estudar essas disciplinas por um bom tempo.

Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?

Diogo: Acho que o mais difícil é manter-se firme nos estudos, diante das dúvidas sobre quando vai ser aprovado e se vai ser em um bom cargo. Nós, concurseiros, somos pessoas e, muitas vezes, não é fácil controlar as emoções e a ansiedade. Mas acredito que as lágrimas façam parte dessa caminhada.

Desistir, não. Em alguns momentos, cheguei a questionar se havia tomado a decisão correta, de sair da antiga empresa para me dedicar exclusivamente para concurso. Mas aí eu usava aquela estratégia de imaginar tudo o que poderia viver como servidor, a qualidade de vida que conseguiria proporcionar para minha família, e conseguia voltar estudos.

Estratégia: Qual foi sua principal motivação?

Diogo: Como falei acima, ter uma melhor qualidade de vida. Mais tempo para curtir a família e poder realizar alguns sonhos e hobbies!

Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

Diogo: Bem, o que posso dizer é ACREDITEM! Estudar para concurso não é fácil (com certeza, foi meu maior desafio até o momento), mas é muito recompensador quando alcançamos a aprovação!

Como já comentei, em alguns momentos a caminhada é solitária, cheia de contratempos. Contudo, todo aquele que se dedicar e pagar o preço, vai chegar. Pode demorar alguns meses ou anos, mas isso não importará porque, quando acontecer, valerá a pena! Eu sou igual a você e consegui! Então, você também consegue!

Confira outras entrevistas em:

Depoimentos de Aprovados

Cursos Online para Concursos

Foi aprovado e deseja dividir com a gente e com outros concurseiros como foi sua trajetória até a aprovação?! Mande um e-mail para: comunicacao@estrategiaconcursos.com.br

Abraços,

Thaís Mendes

Coordenação

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  • Diogo, preciso te dizer o quanto ler sobre a sua experiência foi positivo para mim. Nossa experiência tem muita coisa em comum: a área de formação, o processo da caminhada, os concursos prestados, e inclusive a cidade de Caruaru, onde resido atualmente. Meu objetivo são concursos aqui em PE, e no MP caí da 8a para a 27a posição por causa da discursiva - olha aí mais uma similaridade. A gente acaba vendo tantas histórias de sucesso de pessoas que de cara são aprovadas, muitas vezes nos primeiros lugares, que começa a achar que está fazendo alguma coisa errada, e isso acaba sendo "desmotivacional". Por isso tudo, gostaria de te agradecer por compartilhar a sua experiência, tenho certeza que ela é incentivadora não só para mim, mas para outros colegas. Muito sucesso na sua carreira como servidor.

  • Excelente depoimento, muito sincero e rico em detalhes, mostrando a vida como ela é. Ouvir vídeo aulas enquanto lava os pratos, cozinha, arruma casa, faz caminhada, é o que há kkkk. Adorei Diogo faço muito isso também!!!!
    Parabéns Diogo e muito sucesso em sua caminhada.

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