Olá pessoal. Muitos temas para um artigo só. Prometo ser sucinto.
07. (ESAF/Analista do Bacen/2002) – Considere o seguinte modelo:
Y = f(N); f
>0 e f < 0
W/P = f(N)
Ns = j(W/P); j > 0
MV = PY
Sp(r) + t = ip
(r) + g; Sp >0 e ip < 0
Onde:
Y = produto;
N = nível de
emprego;
W = salário
nominal;
P = nível geral
de preços;
Ns = oferta de
mão-de-obra;
M = oferta
monetária;
V = velocidade
de circulação da moeda;
Sp = poupança
privada;
ip =
investimento privado;
t = impostos;
g = gastos do
governo;
r = taxa de
juros;
f= primeira
derivada da função;
f= segunda
derivada da função e assim por diante para as outras funções do modelo.
Este conjunto de
equações define o denominado modelo clássico. Com base neste modelo, é
incorreto afirmar que:
a) o desemprego pode ser explicado por imperfeições no mercado de
trabalho decorrentes, por exemplo, de rigidez nos salários nominais.
b) supondo o mercado de trabalho em equilíbrio e a velocidade de
circulação da moeda constante, uma política monetária expansionista só altera o
nível geral de preços.
c) a equação quantitativa da moeda pode ser entendida como a
demanda agregada.
d) tudo mais constante, uma elevação dos gastos públicos eleva as
taxas de juros.
e) supondo o mercado de trabalho em equilíbrio, uma redução nas
taxas de juros via redução dos impostos eleva o emprego e, conseqüentemente, o
produto.
GABARITO: E
Esta questão apresenta
praticamente todas as conclusões do modelo clássico. Ademais, ela procura
dificultar a vida do candidato apresentado as representações de derivada.
É importante saber que a
primeira derivada de uma função demonstra como a variação na variável
relaciona-se ao motivo da variação. Portanto, Y = f(N); f >0 que dizer que
a renda é positivamente relacionada a variações positivas no emprego (primeira
derivada é positiva).
A segunda derivada, por sua
vez, significa a taxa de crescimento na renda, considerando o aumento no
emprego. Assim, Y = f(N); f < 0, quer dizer que o aumento na renda é
realizado a taxas decrescentes, ou seja, a Produtividade Marginal do Trabalho é decrescente.
No entanto, a letra e está
incorreta, pois, o produto é determinado por medidas que afetam os fatores de
reais de produção. Ademais, a redução de impostos, segundo David Ricardo (equivalência ricardiana) , poderia resultar em aumento da poupança, não afetando
a renda de equilíbrio.
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