Aprovado em 2° lugar no concurso TBG para o cargo de Analista Júnior – Ênfase: Gestão – Área 2
Concursos Públicos“Não costumo desistir. Missão dada, missão cumprida. É um momento isolado, de você consigo mesmo, mas tem que ter garra e perseverar.”
Confira nossa entrevista com Mario Couto Soares, aprovado em 2° lugar no concurso TBG para o cargo de Analista Júnior – Ênfase: Gestão – Área 2:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Mario Couto Soares: Sou engenheiro civil, tenho 63 anos, e nasci no Rio de Janeiro/RJ
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Mario: Eu era diretor de uma IES e minha área foi extinta. Com isso, fui demitido. Com a minha idade, é muito difícil encontrar recolocação no mercado. Por isso, decidi fazer um concurso.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Mario: Sim. Eu tenho uma consultoria, que me obriga a viajar e a tratar com clientes todo dia. Eu dividia o dia, de forma a reservar sempre uma parte para os estudos. Mais para perto dos concursos (1 mês, mais ou menos) eu ampliei a parte do dia dedicada aos estudos.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado(a)? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Mario: Até agora eu só fiz três concursos. O primeiro para o ISS/RJ (Analista APO), depois para o da TBG (Analista Júnior/Gestão) e Finep (Analista / Gestão Corporativa). No primeiro, eu fiquei na posição 370, de 8400 candidatos, mas só tinham 17 vagas; no segundo, eram 1400 candidatos para 3 vagas, e fiquei em 2º lugar. O da Finep ainda não saiu o resultado, mas são 2500 candidatos para 2 vagas. Dureza.
Sim, vou continuar estudando. Tem a CVM e o BNDES, além do CNU que estão a caminho…
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Mario: Eu conseguia conciliar. A família entendeu o meu momento, e abriu espaço para mim. Mas não quer dizer que não saía, ou que não jogava meu beach tenis. Só que fazia isso dentro de uma janela de tempo previamente definida. Planejamento é tudo, para um concurseiro.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Mario: Sim, claro! Tenho filho de 12 anos, que vinha me trazer café e dava beijinho de boa sorte… Com esse apoio, a vida fica mais fácil.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Mario: Para o primeiro concurso, eu estudei 3 meses. Não foi o suficiente, porque as disciplinas eram estranhas para mim. Nunca tinha visto direito e nem contabilidade. Para o segundo (que eu fiquei em 2º. lugar), estudei menos (cerca de 1 mês), mas muitas disciplinas eram velhas conhecidas minhas, o que me facilitou a vida. Para o último (Finep), também estudei por cerca de 1 mês, mas também tinham diversas disciplinas que eu já tinha visto antes.
A disciplina é algo interno. Tenho um objetivo, e isso está claro. Sem planejamento e sem disciplina eu sabia que não chegaria competitivo nas provas.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Mario: Eu fui aprendendo a estudar para concurso (nunca tinha feito antes). Para o primeiro eu estudei muito por videoaula e tentei estudar tudo. Isso foi um erro.
Para o 2º e 3º concursos, as fontes foram os PDFs. Só pegava videoaula quando estava no carro, dirigindo, ou quando já estava com a vista cansada de ler. Além disso, fiz muitos, mas muitos exercícios. Às vezes, já até decorava a resposta, de tanto que eu repetia. Outra coisa é que eu passei a focar naquelas disciplinas que mais tinham chance de cair. Estudar tudo, como eu fiz no primeiro concurso, acaba consumindo um tempo enorme.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Mario: Fiz pesquisas pela internet e peguei depoimentos. Acompanhei algumas aulas livres e gostei do nível dos professores e do material. Fiz isso também em outros cursos, mas não encontrei nada no padrão do Estratégia. Por isso, me matriculei. Foi um dinheiro muito bem aplicado. Aliás, o maior problema de um concurseiro nem é o dinheiro (ou a falta dele), mas o tempo. Se você entrar no caminho errado, pode até recuperar um dinheiro mal gasto, mas não vai conseguir recuperar um tempo perdido. Aprendi que tempo é o ativo mais valioso para um concurseiro.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Mario: O Estratégia foi essencial. O material em PDF é ótimo e completo. As trilhas me deram uma orientação fundamental. Como eu disse antes, posso estudar tudo o que existe no mundo, mas isso levaria uma eternidade. O Estratégia me mostrou os atalhos, dentro do (pouco) tempo que eu tinha, tanto para estudar diariamente, quanto para o concurso. Se eu tivesse disponível 12 horas por dias e 10 anos para me preparar, talvez nem precisasse do Estratégia, mas essa não é minha realidade, e acho que não é da maioria das pessoas. Ah, fiz muitos simulados também e as aulas de véspera dos concursos. Foram as cerejas do bolo…
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Mario: Como eu disse, no primeiro concurso, não fiz um bom planejamento. Quis estudar tudo linearmente e o resultado não foi bom. No 2º e no 3º eu gastei um tempo antes de começar a estudar para planejar. Fiz uma planilha, com base no edital e nas aulas previstas no material do Estratégia e aloquei determinados períodos de tempo para cada tema, conforme meu conhecimento prévio, e minha expectativa do que cairia na prova. Segui à risca a planilha. Colei um calendário na minha mesa de estudos e ia riscando cada dia que passava. Pode até ser algo meio neurótico, mas dava um sentido de materialidade nesse tempo que faltava e me mantinha no foco. Tinha dias que eu consegui estudar 8 ou 10 horas, mas tenho que confessar houve dia que não consegui pegar no livro por causa do trabalho, o que era muito ruim. O ideal é manter a regularidade. Fim de semana era todo dedicado ao estudo.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Mario: Sim, eu fiz uma planilha para cada concurso. Na primeira aba tinham as características do concurso, pegando item por item do edital, separado por disciplinas. Nas abas seguintes tinham os resumos que eu ia fazendo ao longo do estudo. Estudava uma ou duas matérias e voltava para reler os resumos das anteriores. Aliás, essa foi uma dica que o Estratégia deu: não esgotar uma matéria antes de estudar a próxima, mas caminhar e voltar, repetidamente. Deu certo. Consegui decorar as partes mais importantes, sem maiores dificuldades. Nos últimos 3 ou 4 dias antes da prova, foi só revisão…
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Mario: Não sei quantas questões, não. Só sei que foram muitas. Os exercícios foram fundamentais. Eles dão segurança e agilidade na hora de enfrentar uma questão.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Mario: No 1º concurso foram as de direito e de contabilidade, que eu não conhecia. Dediquei muito tempo a elas. Direito até que fui bem, mas em contabilidade meu resultado foi pífio.
Nos 2º e 3º concursos, não tive nenhuma disciplina com maior dificuldade, a não ser o desconhecimento de alguns itens (adm de materiais, leis de inovação, por exemplo), mas estudando, a coisa funcionou muito bem. Contabilidade é que tem uma lógica própria, que eu ainda não captei…
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Mario: Na semana da prova foi fazer revisão e exercício de todas as matérias. Na véspera, fui jogar beach tenis, dormir cedo para acordar inteiro. Sem chopp…
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame?
Mario: Eu tenho boa escrita. Na parte da redação, propriamente dita, eu não tive dificuldades. O que foi essencial foram as dicas do Estratégia, mostrando detalhes, desde o espaço do parágrafo, até as rasuras. O professor me botou na cadeira da pessoa que corrige a redação, e eu passei a pensar como ele. Tem que ser claro e coerente com a escrita, porque quem corrige não vai ficar indo e voltando para entender uma frase mal colocada ou uma expressão duvidosa. Outra coisa é se ater ao comando. O corretor tem um template que vai seguir. Se você fugir disso, ele não vai achar que você é um escritor nato e que merece estar na Academia Brasileira de Letras. Vai lhe dar um zero, isso sim. Então, simplifique a vida corretor…
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Mario: No 1º concurso, eu não prestei atenção nos detalhes do edital. Ali, tinham disciplinas com pesos maiores. Era ali que eu deveria focar e acabei estudando linearmente tudo. Foi um erro. Também gastei muito tempo com vídeo-aula.
Nos outros dois concursos a primeira coisa que eu fiz foi praticamente decorar o edital e entender a lógica e a necessidade da empresa que vai lhe contratar, o que ela demanda para o cargo para o qual vc está concorrendo. Então, passei a dar maior atenção a essas disciplinas. Além disso, fiquei praticamente todo o tempo nos PDFs e nos exercícios. Videoaula foi exceção.
Uma coisa importante, que eu aprendi com meus erros, foi a escolha do concurso. No 1º. que eu fiz os temas eram distantes de minha formação. Suei sangue para tentar superar as lacunas. Nos outros dois, foi o contrário, pois já parti de algo conhecido, e precisei complementar e lapidar, o que é bem mais fácil do que sair do zero. Às vezes, o olho grande na maior remuneração pode lhe desviar do caminho mais curto para aprovação, a não ser que você tenha muito tempo para estudar, o que não é o meu caso. Precisava ser aprovado logo…
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Mario: Não costumo desistir. Missão dada, missão cumprida. É um momento isolado, de você consigo mesmo, mas tem que ter garra e perseverar. Como dizia o Amyr Klink, o pior naufrágio é não sair para navegar. Fiz o melhor que pude, e o resultado é uma consequência. Faca nos dentes até o fim.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Mario: Planejamento, foco e disciplina são as palavras-chave. Não adianta ter um excelente material, se você faz corpo mole ou se para no meio do caminho. O concurso é uma maratona, e não uma corrida de 100m.
Outra coisa é o tempo. Tem que ter o melhor material e os melhores professores, que sejam focados também na sua aprovação. Não adianta ter doutores que vão falar sobre o sexo dos anjos. Da mesma forma, pegar qualquer curso, porque é mais barato, não vai fazer você economizar. Pelo contrário. Cada instante passado sem a preparação correta, é um instante perdido.