Aprovado em 7° lugar no concurso ANAC para o cargo de Especialista em Regulação de Aviação Civil - Área 2
Concursos Públicos“[…] analise seu desempenho. Tenha claro seus erros, o porquê de eles existirem e como melhorar. Assim, você vai decolar sozinho muito mais rápido do que alguém poderia te carregar.”
Confira nossa entrevista com Eduardo Arduini Folster, aprovado em 7° lugar no concurso ANAC para o cargo de Especialista em Regulação de Aviação Civil – Área 2:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Eduardo Arduini Folster: Meu nome é Eduardo Arduini Folster, tenho 25 anos e sou natural de Brasília. Sou formado em Engenharia Mecânica pela Universidade de Brasília (UnB).
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Eduardo: Comecei a estudar para concursos com o intuito de permanecer em Brasília. O mercado para Engenharia Mecânica é pequeno aqui e, embora provavelmente eu conseguisse alguma coisa no Sudeste ou Sul, amo demais minha cidade para deixá-la.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Eduardo: Na verdade, decidi estudar para concursos ainda na faculdade. Comecei no último semestre o curso, logo após sair de um estágio. Com o capital que consegui acumular do estágio, pude fazer uma reserva suficiente para poder ficar só estudando. E assim permaneci até a aprovação.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Eduardo: Prestei para Engenheiro Mecânico do TST, cuja prova foi em janeiro de 2024 e, ao que tudo indica, fui aprovado em 1° lugar, embora o resultado definitivo do concurso ainda não tenha sido divulgado. Em abril do mesmo ano, prestei para a ANAC, ainda sem saber do TST e, com a graça de Deus, consegui a aprovação. Agora, pretendo continuar estudando para a NOVACAP, para ter segurança caso alguma coisa dê errado.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Eduardo: A vida social pós-faculdade foi diferente do que era na faculdade, tanto pelo orçamento limitado, quanto pela nova rotina de estudos. Mas, com equilíbrio, ajustei os horários e gastos para manter saídas aos fins de semana. Então, na minha opinião, consegui equilibrar uma boa vida social com uma rotina de estudos não tão rigorosa, mas também sem desleixos, ou seja, bem ajustada.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Eduardo: Desde o início recebi apoio. Muito embora alguns possam dizer que seguindo para o ramo privado na engenharia possa se ganhar muito mais dinheiro do que no público (o que é verdade), eu não tenho muita ambição financeira, meu foco está mais em viver em Brasília e ter a estabilidade necessária para assim permanecer.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Eduardo: Desde que foi publicado o contrato de prestação de serviços com a banca, em meados de agosto de 2023 se não me engano, comecei a estudar para o TST (prova em jan/2024). Ali, estudei a parte de Engenharia Mecânica propriamente dita. Esse conhecimento me mostrou útil também para a ANAC que, embora cobrasse outras disciplinas muito diferentes (como Eletrônica, Redes…), me deu a base para, após a prova do TST, poder focar nas especificidades da ANAC.
Para manter a disciplina não foi muito difícil, já que só estudo. Como essa é minha “profissão”, não tem outra: começar na hora e terminar na hora, como um emprego mesmo. Antes da ANAC eu já estudava, e durante a ANAC, eu só continuei o que eu já havia construído em relação a meus hábitos.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Eduardo: Do Estratégia eu usei apenas os PDFs, que por sinal foram minha salvação. Tive apenas 2 semanas líquidas para devorar 70% do edital, então eu precisava ter uma visão geral de todos os assuntos e da maneira mais rápida possível. Mesmo que, da parte da Engenharia Mecânica eu já tivesse uma base boa, não tinha base nenhuma em Elétrica, Eletrônica, Redes etc, então o Estratégia, com os PDFs, conseguiu condensar o básico a ponto de eu ir para a prova com certo conhecimento do assunto, o que acredito ter sido o diferencial nessa prova: versatilidade em diferentes assuntos.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Eduardo: Conheci o Estratégia quando fui procurar cursinhos para concursos. Como na faculdade eu já tive um período EAD, por conta da pandemia COVID, eu já sabia que eu ia me adaptar bem a um cursinho virtual. O Estratégia se mostrou o cursinho mais sólido, bem estruturado e completo que encontrei.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Eduardo: Como sempre estudei pelo Estratégia, não cheguei a usar materiais de outros cursinhos. Antes de estudar para o TST e para a ANAC, eu estudava para a área fiscal/controle e para este campo não tive nem vontade de procurar outros materiais, pois me senti muito bem preparado com o que eu já tinha.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Eduardo: Para montar meu plano de estudos, nunca contei com coach. Desde o início, eu registrava todos os horários e atividades em uma planilha que tinha uma aba para análise da minha performance. E a partir dessa análise (periódica), eu ajustava cargas de matérias e horários.
Meu cronograma continha várias matérias por dia, para não ficar monótono e entediante, era algo por volta de 3-4 por dia. Cada uma em um bloco de aproximadamente 1h30 (que eu descobri ser o ideal para mim), totalizando 6h de estudo diário, fora as revisões.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Eduardo: Revisões eu sempre fiz com questões. Pontualmente, criava um mapa mental para assuntos mais difíceis de guardar, mas o centro eram questões.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Eduardo: Especificamente para a ANAC foram apenas 500 questões resolvidas, pois só tive 2 semanas líquidas para o estudo dedicado a este concurso. Mas, na minha jornada inteira, foram exatamente 29.989 questões, ou seja, beirando as 30.000. Não tem outra, é treinar, treinar e treinar.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Eduardo: Tive um pouco de dificuldade no manual de segurança na aviação (cobrada apenas na discursiva), pois era um conteúdo muito abstrato e pouca ou até nenhuma recomendação prática que ajudasse a lembrar dos conceitos. Mas, eu treinei algumas questões discursivas para essa prova e, nesse treino, eu pude perceber o padrão de cobrança, de modo que ao chegar na prova, eu tinha já algumas técnicas para responder ao que, de fato, foi cobrado. Então, assim como na prova objetiva, quando a gente tem dificuldade, a gente faz mais questão e aprende fazendo, a discursiva foi a mesma coisa.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Eduardo: Para mim, a semana que antecedeu a prova foi intensa. Muito estudo, muita leitura, pois essa semana sozinha foi responsável por 50% do conteúdo que eu consegui obter para a prova da ANAC em específico. Normalmente, eu gosto de deixar a última semana mais para revisão, simulados e afins, mas no caso da ANAC, não podia me dar esse luxo.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Eduardo: Para a discursiva não tem outra: conhecer a banca e treinar. Depois de alguns exercícios, você “pega a manha” e as questões passam a ser meras cobranças de conteúdo (que por diversas vezes não são um conteúdo aprofundado e, sim algo mais superficial, sem grandes desafios).
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Eduardo: Os meus erros foram os meus acertos, digamos assim. Foram meus erros que consolidaram meu método de estudo. Foram meus erros que me motivaram a ser melhor e a criar mais disciplina.
No início da minha caminhada, errei muito até descobrir qual método de revisão era melhor para mim, qual periodicidade, quais assuntos, etc. Esse foi um grande desafio, mas que, após muita análise, cheguei a algo que se encaixou muito bem comigo.
E eis meu maior acerto: minhas revisões. Foram elas que conseguiram guardar todo o conhecimento adquirido e me permitiram passar nos concursos que passei. Por isso, repito: meus erros foram meus acertos, sem aqueles, estes não existiriam.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Eduardo: Não cogitava muito desistir, porque eu tinha bem claro que esse caminho era bom pra mim. Esse era o caminho no qual eu mais me encaixava e eu sabia que era só uma questão de tempo até eu ser agraciado com uma aprovação.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Eduardo: Aconselho uma coisa, que eu considero ser a principal: analise seu desempenho. Tenha claro seus erros, o porquê de eles existirem e como melhorar. Assim, você vai decolar sozinho muito mais rápido do que alguém poderia te carregar.