Aprovado em 10° lugar no concurso STN para Auditor Federal de Finanças e Controle - Econômico-Financeira
Concursos Públicos“[…] O tempo é seu aliado e não inimigo, e sempre traz sabedoria e conhecimento para quem procura!”
Confira nossa entrevista com Carlos Marchionatti, aprovado em 10° lugar no concurso STN para o cargo de Auditor Federal de Finanças e Controle – Econômico-Financeira:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Carlos Marchionatti: Sou formado em economia, tenho 31 anos e nasci em Porto Alegre, Rio Grande do Sul (RS).
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Carlos: Acredito ser dois aspectos principais: o primeiro se relaciona com familiares próximos. Muitos parentes meus são servidores públicos e penso que isso possa ter contribuído um pouco ao meu jeito de pensar e preferir concursos a outras atividades. Da minha parte individual, prefiro muito mais trabalhar para a sociedade do que para uma empresa específica, tendo metas e objetivos mais amplos, como o desenvolvimento do país. Também, acredito que o concurso público é um processo seletivo superior ao processo seletivo privado e, no meu caso, obtive mais sucesso dessa forma.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Carlos: Eu trabalhava como economista da Secretaria de Planejamento do RS, estava concluindo o doutorado e fazendo uma segunda graduação na UFRGS. Para isso, pedi redução da carga horária de 8 para 6 horas no trabalho. Pode parecer atividades demais, mas todas se relacionavam e o que eu aprendia numa, ajudava em outra. E, no fim, todas me ajudaram nas provas dos concursos.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Carlos: A jornada de concursos, no meu caso, já é um pouco longa (risos). Já fui aprovado em alguns (e já nomeado em alguns): STN (10º), ANTT (26º), ANA (49º), SPGG/RS (4º), Badesul (9º), DPE-RS (9º), ALEMA (5º), Banrisul (nível médio), Prefeitura de Viamão/RS (1º) e provavelmente para alguns cargos da área 6 do CNU. Todos de ensino superior, para economista ou especialista/auditor da área econômica.
Pretendo continuar estudando para algum concurso de magistério (soube da Universidade Distrital aqui em Brasília) para uma segunda atividade e, talvez, pensarei a respeito de outros cargos em órgãos como o Senado. Porém, estar no Tesouro Nacional já deixa, felizmente, possibilidades “melhores” bem limitadas.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Carlos: Era boa. Sempre procurava sair aos finais de semana, ver jogos de futebol, em especial do Grêmio (risos), eventos como churrascos etc. No entanto, a agenda era realmente “cronometrada”.
O segredo é estudar sempre que possível, fazendo questões no celular ou estudar de alguma outra forma. Era bom “arejar” o pensamento e conversar com outras pessoas. Em alguns momentos, como dias antes das provas, eu até fazia questões no celular durante encontros com amigos e familiares, se a ocasião permitisse e as pessoas fossem próximas. Gosto de movimento ao redor para estudar, então isso ajudava a conciliar preparação para o concurso e ver familiares e amigos.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Carlos: Sim. A família compreendeu totalmente, até porque muitos são/eram servidores. Muitos amigos também são concurseiros, então todos se apoiavam. Em específico, voltei a morar com minha família por um tempo, para conciliar todas as atividades.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Carlos: Meu foco era o concurso do Banco Central. Desde 2017 eu já via materiais para ele. Como esse concurso demorou para vir, fui tentando outros. Em 2024, quando soube que teriam vários concursos para agências reguladoras, autarquias e outros órgãos, me inscrevi em todos e fiz a prova de todos. Não consegui estar no quantitativo de candidatos para a discursiva do BCB por pouco; não foi meu dia em português. Nos demais, “fui” para a discursiva e fui aprovado na maioria.
O concurso da STN, por ser para várias formações e com matérias como AFO, era o que eu acreditava ter menos chances. Porém, o conteúdo caiu voltado para pessoas com formação em Ciências Econômicas e isso me ajudou muito. A discursiva foi sobre um tema que estudo há anos, e até as matérias mais “distantes” da economia foram formuladas com um viés mais econômico. Foi uma grande oportunidade mesmo.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Carlos: PDFs e questões. Muitas questões. Em especial pelo aplicativo do celular. Assisti a algumas videoaulas também. A desvantagem desse meio de estudo é tirar dúvidas mais profundas e imediatas. A aula presencial é superior nesse quesito. As vantagens, por outro lado, são inúmeras, como poder estudar a qualquer hora e de qualquer lugar.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Carlos: Internet. Comprei um curso em 2017 e desde então estudei por lá.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Carlos: A abordagem é bem direta, detalhada e, ao mesmo tempo, resumida. Isso facilita a vida do estudante. O conteúdo é completo, abrangendo todo o edital.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Carlos: Montei por conta própria, mas sei que há um planejamento e suporte do Estratégia que pode ser contratado. Hoje teria feito dessa forma. Estudava algumas matérias juntas, porém muitas são interligadas, o que ajuda demais no aprendizado.
Realmente horas líquidas é um conceito diferente para mim. Eu tentava estudar sempre que possível, mas não tinha um controle exato ou aproximado sobre isso. Sei que funciona muito bem para muitas pessoas, que estudam dezenas de horas por semana, mas eu seguia algo mais “livre”. Noto que, ao se aproximar da prova, as horas aumentavam consideravelmente, em especial na semana da prova. No sábado anterior, aí sim consigo dizer que eram muitas horas de estudo (o dia todo, praticamente), incentivado pela adrenalina pré-prova. Era o sprint final da corrida, mas dormia e me alimentava muito bem para o domingo de prova.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Carlos: O Aulão de Véspera é muito bom. Eu fazia questões também e lia alguns PDFs. Tentava ler alguns resumos/detalhes de algumas matérias que tinha visto pouco também. Simulados são bons também.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Carlos: Centenas de questões. Depois que você tem uma base, as questões são fundamentais. Mas é sempre bom manter a leitura e expandir/aprofundar os conhecimentos, até mesmo indo além de PDFs.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Carlos: Direito era uma delas. Para mim, funcionou melhor ler a “lei seca” e tentar compreender a lógica jurídica das coisas. E, claro, fazer questões!
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Carlos: Como meu foco não era a STN (mesmo desejando ter esse cargo e fazer carreira nesse órgão), pois haveria conteúdos diversos ao que eu estudava e outras formações acadêmicas concorrendo, a minha rotina se manteve “normal”.
No pré-prova, o planejamento era o de sempre: estar totalmente descansado, bem alimentado, saber minuciosamente a hora de tudo (despertar do dia, trajeto até o local da prova, onde almoçar etc.) e passar a semana e o dia anterior resolvendo questões.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Carlos: Ler e escrever bastante é o que faço e o que aconselho. A forma de raciocinar para escrever uma discursiva é igual para qualquer assunto. E isso vai ficando mais claro quanto mais discursivas você faz para treinar ou no dia dos concursos. Não fiz um treinamento especial para esses concursos, mas fiz cursos de redação e escrita anteriormente, principalmente para os vestibulares.
E, de novo, ler e se aprofundar nos temas é muito importante, assim como ler os padrões de respostas das bancas, que trazem um conhecimento muito rico. Se for possível contratar correção de discursivas, melhor ainda.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Carlos: Acredito que o planejamento do estudo e o cronograma são importantes. O meu não foi tão elaborado nesse aspecto, até porque eu tinha atividades paralelas que me demandam tempo. Porém, como todas as atividades eram correlacionadas, meu aproveitamento cresceu bastante.
De acertos, foi nunca parar de estudar, procurar novos conhecimentos (o curso de estatística na UFRGS e o mestrado/doutorado em economia foram diferenciais), sempre fazer muitos concursos, ver o que eu tinha errado, o que as bancas indicavam ser o certo, mesmo para assuntos/questões controversas, e me manter atualizado. Outro acerto foi durante a realização das provas, de ficar até o último segundo tentando resolvê-las. Na maioria das provas eu era o último a sair, e ainda assim me faltou tempo em muitas delas. A persistência é fundamental, mesmo se houver exaustão e desânimo.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Carlos: Talvez sim, porém, ao avaliar o cenário ao meu redor, essa alternativa se mostrava inviável. Desde que entrei como celetista em um banco público ou como servidor efetivo de um estado, notei que eu necessitaria continuar estudando para evoluir. Não só em termos financeiros, mas para carreira e propósito de vida também.
O maior motivador é você ver que você não tem outra alternativa (risos).
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Carlos: Se é isso que você quer (ser servidor público), escolha bem sua área, seus cargos almejados, estude e faça o melhor possível. Sempre há muitas vagas e não é (na maioria das vezes) necessário ser o primeiro, segundo ou terceiro colocados para entrar no concurso. O tempo é seu aliado e não inimigo, e sempre traz sabedoria e conhecimento para quem procura!