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Contribuição previdenciária do servidor público aposentado

No artigo de hoje vamos falar sobre a Contribuição previdenciária do servidor público aposentado!

Contribuição previdenciária servidor público aposentado

Contribuição previdenciária do servidor público aposentado

Antes de tudo, você sabe o que é contribuição previdenciária?

A contribuição previdenciária nada mais é do que um desconto realizado sobre a remuneração dos servidores para custear o regime de previdência ao qual estão vinculados. Assim, essa contribuição é realizada de forma compulsória, mensalmente, a partir da aplicação do percentual previsto para o respectivo regime em cima do salário de contribuição.

Portanto, as contribuições previdenciárias são espécies de contribuições sociais, que têm a destinação específica de custear o pagamento dos benefícios previdenciários.

A contribuição previdenciária do servidor aposentado é um assunto que acarreta muitas dúvidas. Isso porque existem algumas hipóteses em que o aposentado deve continuar contribuindo. Ademais, com a Reforma da Previdência ficou ainda mais complicado.

Inclusive, a aposentadoria, muitas vezes, não significa o término das atividades remuneradas. Afinal, não é raro encontrar servidores públicos aposentados trabalhando, seja de forma autônoma ou como funcionário regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Assim, esse cenário acaba gerando questionamentos a respeito da contribuição previdenciária e como ela funciona.

Servidor Público aposentado contribui para a previdência?

Contribuição previdenciária servidor público aposentado

Você deve ter em mente que o servidor público aposentado contribui para a previdência quando, mesmo aposentado, ele permanece trabalhando, seja no mesmo emprego ou em uma outra profissão. Assim, ele contribui para a Previdência Social de maneira obrigatória.

No entanto, é importante mencionar que nem todos os profissionais aposentados podem continuar trabalhando, como é o caso dos aposentados especiais.

Além disso, a segunda possibilidade do servidor público contribuir para a previdência é devido ao déficit do Regime Previdenciário, isto é, quando a Previdência Social estiver no vermelho.

Inclusive, a Reforma da Previdência elencou a possibilidade dos Estados, a União e os Municípios de instituir, através de lei, contribuições para que os aposentados e pensionistas contribuam para o custeio do Regime Próprio de Previdência Social.

Contribuições Previdenciárias dos servidores públicos aposentados

Antes de tudo, você sabe qual é a função do INSS?

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é o órgão responsável pelo pagamento da aposentadoria e dos principais benefícios dos trabalhadores que contribuíram com a Previdência Social, exceto no caso dos funcionários públicos.

As contribuições previdenciárias dos servidores públicos aposentados obedecem as alíquotas elencadas de acordo com as faixas de salários das tabelas do INSS ou de cada Estado, União ou município. Sendo assim, essas alíquotas variam de acordo com a base de cálculo.

De acordo com a tabela do INSS:

Ademais, depois da Reforma da Previdência a forma como funciona a contribuição previdenciária do servidor público aposentado mudou bastante. A Reforma passou a levar em consideração as diferenças nos valores dos salários recebidos nos cargos públicos.

Desse modo, foram instituídas alíquotas com base nos valores recebidos por cada servidor. Nesse sentido, eles são calculados anualmente e os dados para os cálculos feitos com base nos dados apurados pelo IBGE durante o ano anterior.

Dessarte, cada servidor público, seja ele ativo ou inativo, tem um cálculo percentual que leva em consideração os valores de salário recebidos.

Contribuição previdenciária do servidor público aposentado – Base de cálculo

De um modo geral, base de cálculo da contribuição previdenciária é o valor que o segurado recebe por seus trabalhos prestados ou pelos benefícios previdenciários.

Além disso, nos casos em que não é possível determinar o valor de remuneração, a contribuição pode ser calculada com base na receita ou faturamento da pessoa que está exercendo a atividade laboral.

Servidores isentos da contribuição previdenciária – Contribuição previdenciária servidor público aposentado

Existem alguns casos em que o aposentado tem direito à concessão da isenção previdenciária. Isso ocorre nos casos do aposentado que tem uma doença grave. Assim, as seguintes doenças estão elencadas:

  • Tuberculose ativa;
  • Neoplasia maligna;
  • Alienação mental;
  • Hanseníase;
  • Paralisia irreversível e incapacitante;
  • Hanseníase;
  • Paralisia irreversível e incapacitante;
  • Esclerose múltipla;
  • Cegueira;
  • Cardiopatia grave;
  • Doença de Parkinson;
  • Estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante);
  • Espondiloartrose anquilosante;
  • Contaminação por radiação;
  • Nefropatia grave;
  • Hepatopatia grave;
  • Síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS).

Lei n° 1380/2020 – SPPREV – Servidores Públicos do Estado de São Paulo

Contribuição previdenciária servidor público aposentado no Estado de São Paulo

Com a promulgação da Lei Complementar n° 1380/2020, a contribuição previdenciária dos aposentados civis e pensionistas civis está isenta até o teto do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), que no ano de 2022 correspondia a R$ 7.087,22.

Ademais, para benefícios superiores ao teto, a cobrança é de 16% somente em cima do valor que exceder o teto. Sendo que essa alteração entrou em vigor em 1º de janeiro de 2023.

É importante ressaltar que essa medida só engloba os aposentados civis e pensionistas civis, não trazendo alterações para servidores ativos, assim como para inativos e pensionistas militares. 

Cálculo – Contribuição previdenciária do servidor público aposentado

Como falamos, a contribuição previdenciária dos aposentados civis e pensionistas civis está isenta até o teto do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), que em 2022 era de R$ 7.087,22.

Além disso, para benefícios superiores ao teto, a cobrança é de 16% somente em cima do valor que exceder o teto.

Por exemplo, um aposentado ou pensionista civil recebe R$ 3.500, valor que está abaixo do teto do RGPS, assim, ele está isento.

Por sua vez, por exemplo, um aposentado ou pensionista civil que recebe R$ 8.500, valor que excede o teto em: R$ 8.500 – R$ 7.087,22 = R$ 1.412,78. Sendo assim, ele deve pagar 16% de R$ 1.412,78, ou seja, deve pagar R$ 226,04.

Espero que você tenha gostado do nosso artigo de hoje!

Bom Estudo!

Elizabeth Menezes

@prof.elizabethmenezes

https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br

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Elizabeth Menezes de Pinho Alves

Bacharel em Administração pela UFPE, bacharelanda em Direito, pós-graduada em Direito Administrativo e Constitucional. Começou em 2014 os estudos para concursos apenas para a área fiscal, por influência de amigos e familiares que trabalhavam na área. Então, em 2017, com a abertura do concurso do Tribunal de Contas de Pernambuco, decidiu mudar o foco e aproveitar as oportunidades da área de controle, o que se mostrou uma excelente e acertada decisão. Atualmente exerce o cargo de Auditor de Controle Externo no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, tendo também sido aprovada em: 5° lugar para Auditor Fiscal de Garanhus - PE (2015), Auditor Fiscal de Goiânia - GO (2016), Auditor Fiscal do Maranhão (2016), Analista de Gestão do TCE-PE (2017) e Auditor de Contas Públicas do TCE-PB (2018). Além disso, foi aprovada e nomeada em concursos de Auditor Fiscal Estadual, Municipal e da área de Controle.

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