Categorias: Concursos Públicos

Conhecimentos Gerais: História de Goiânia e do Estado de Goiás

História de Goiânia para concursos – Dicas para suas provas

Neste artigo você encontrará:

Dicas de História de Goiânia 1:  A construção de Goiânia e a Marcha para o Oeste.

Dicas de História de Goiânia 2: Pegadinhas: As datas mais cobradas e que confundem.

Dicas de História de Goiânia 3: O planejamento e o Art Déco.

Dicas de História de Goiânia 4: Questões Resolvidas.

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História de Goiânia 1

A CONSTRUÇÃO DE GOIÂNIA E A MARCHA PARA O OESTE

Vargas tinha um projeto ambicioso de colonização do atual território do centro Oeste e da Amazônia. Lançou a “Marcha para o Oeste” e estimulou políticas de ocupação e modernização de Goiás. Uma das políticas mais emblemáticas desta época foi a criação da colônia agrícola de Ceres e sem dúvida a mais importante foi a construção de Goiânia.

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Em 1933, no governo de Pedro Ludovico é que foi o responsável pela construção e transferência da capital, que até então era Vila Boa de Goiás. A principal razão da mudança foi o argumento da modernização do estado e que a antiga capital está numa região serrana com pouca integração e infraestrutura. A falta de estradas dificultava muita à comunicação com outras regiões do estado. A escolha do local levou em conta a topografia mais plana e a proximidade da ferrovia.

História de Goiânia 2

Pegadinhas: As datas mais cobradas e que confundem.

24/10/1933: Lançamento da Pedra Fundamental. O local foi escolhido por Atílio de Lima, e é onde fica o palácio das Esmeraldas.
23/03/1937: Decreto Lei 1.1816. Transferência definitiva da capital para Goiânia.
05/07/1942: Inauguração da Nova Capital, com o Batismo Cultura, de Pedro Ludovico e presença de Vargas

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O município de Goiás foi considerado em 2001 como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, pois é um registro dos tempos coloniais, quando o ouro brasileiro foi explorado por Portugal, naquela época. Suas ruelas, becos e morros, testemunham o rico e breve ciclo do ouro. Os principais sítios arquitetônicos foram preservados, pois o local experimentou um longo período de decadência. A Modernização transforma rapidamente os espaços, construindo novos imóveis, cada vez mais moderno, e os antigos são substituídos, transformando a paisagem urbana

História de Goiânia 3

Planejamento e o Art Déco

Palácio das Esmeraldas

Foi planejada e construída para uma população de 50.000 habitantes, o que na década de 30 era uma população urbana bem grande, pois o Brasil como um todo tinha a população rural, especialmente no interior Goiás.

Cartão Postão de Goiânia

Em 1933 foi lançada a pedra fundamental e quatro anos depois, Goiânia tornou-se oficialmente a nova capital do Estado. A arquitetura foi planejada para expressar toda a modernidade e progresso da nova capital, e o estilo arquitetônico predominante nos primeiros prédios públicos foi a estética francesa do Art Déco que expressa a praticidade e a geometria do mundo da máquina, da indústria, da ferrovia. Suas fachadas são sobreas, sem excessos e curvas como no neoclássico e do Art Noveau. Sem muita decoração, as fachadas são rígidas, com linhas retas, com uma aparência sólida e fria. Com tudo no seu devido lugar, organizado, estruturado e limpo. Goiânia é o maior sítio arquitetônico Art Déco da América latina.

O Zoneamento

O zoneamento foi uma das características marcantes do primeiro Plano Diretor da cidade de Goiânia. A divisão em áreas administrativa, industrial, residencial, comercial e rural era tida como uma das inovações do urbanismo moderno. A antiga área industrial localiza-se na região norte da cidade, em virtude da futura instalação da Estrada de Ferro.

Para ver o mapa original do planejamento urbano de Goiânia, clique aqui. Veja em alta resolução. Não é necessário decorar, mas é fundamental que você observe a setorização e o traçado original das principais avenidas, que convergem para a praça cívica.

O projeto nacional varguista avançou o povoamento do território, querendo diminuir os grandes vazios populacionais em Paraná, Goiás e Mato Grosso. Na marcha para o Oeste ocorreu um grande incentivo à migração e a expansão das atividades agrícolas e pastoris, visando a oferecer maior quantidade de alimentos e matérias primas baratas para a região Sudeste que estava em processo de industrialização (As indústrias estatais de base criadas por Getúlio). A partir de 1940 foram criadas Colônias Agrícolas em Goiás através de doação de lotes de terras pertencentes à União, no entanto não tiveram êxito.

Depois do longo governo de Ludovico os outros governantes que vieram, muitos ligados ainda a ele, como seu filho Mauro Borges, para evitar o fracasso da ocupação, investiram na construção de diversas rodovias. Para evitar o temido isolamento geográfico e a construção de hidrelétricas para assegurar o fornecimento de energia elétrica, condição essencial ao desenvolvimento pois atrai investimentos e assegura energia às indústrias interessadas e também realizaram a eletrificação rural.

História de Goiânia 4

Questões Resolvidas

1. (Questão exclusiva/Estratégia concursos/ Prof. Sérgio Henrique)
A história política de Goiás acompanhou os períodos divisórios da história nacional. Bulhonismo e Caiadismo referem-se aos governos da República Velha. Ludoviquismo à “Era Vargas”. Em geral o estado reflete diretamente as novas realidades políticas nacionais. Durante a República, Goiás transformou-se profundamente e para isso podemos destacar três fatores fundamentais: A construção de Goiânia, a construção de Brasília e a expansão do agronegócio a partir da década de 60 que tornou a produção interna de grãos uma das maiores do país. A década de 30 na história nacional corresponde à “Era Vargas”, cujo retrospecto estadual é a “Era Ludovico”. O construtor de Goiânia teve o objetivo de criar uma cidade administrativa moderna, e para isso a planejou em cada detalhe.
O estilo arquitetônico que o foi usado na cidade em seus principais prédios públicos é o:
A) Modernista. Como Brasília, que seguiu o traçado arquitetônico da capital goiana.
B) Neoclássico. De influência francesa, como na então capital do Brasil na década de 30, RJ.
C) Art Decó. De Influência francesa, que pretendia mostrar modernidade, tal com as metrópoles europeias na década de 30.
D) Neoclássico. De influência franco-lusitana, que expressava o poder tradicional da agropecuária.
E) Art Decó. De Influência franco-lusitana.


A) Errado. Goiânia tem estilo Art Déco e Brasília o modernista. Ambos em seu contexto pretendiam demonstrar progresso.

museu goiano Zoroastro Artiaga


B) Errado. A arquitetura carioca é neoclássica inspirada na França, mas não a de Goiânia.
C) Correto.
D) Errado.
E) Errado. Art Decó é um estilo Francês, que surgiu na década de 20. Sucedeu o estilo Neoclássico, foi no século XIX.
Gabarito: C

2. (UFG – Câmara Municipal de Goiânia / 2018)
Independente de onde está localizado, constitui-se patrimônio histórico e cultural um local considerado valioso para a humanidade. Entre os mais de seiscentos lugares eleitos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, atualmente, o Brasil possui quatorze espaços históricos creditados pela Unesco. No ano de 2001, que centro histórico de Goiás recebeu este título?
A) Pirenópolis.
B) Cidade de Goiás.
C) Santa Cruz de Goiás.
D) Corumbá de Goiás.


O Centro Histórico da Cidade de Goiás, Goiás Construída no século 18 de maneira a respeitar a geografia local, Goiás Velho (como é chamada pelos mais íntimos – mas quem é íntimo mesmo chama a cidade de Goiás Belo) é um emaranhado gostoso de casinhas e igrejinhas em meio a ruas sinuosas, e quase nenhuma delas é plana. Rodeada pela Serra Dourada e cortada ao meio pelo Rio Vermelho, essa antiga capital do estado tornou-se Patrimônio da Unesco em 2001. A capacidade dos fundadores em erguer uma cidade em meio a montanhas, inspirados na arquitetura europeia, mas usando recursos locais, foi um dos motivos para a cidade ser tombada. Com a estagnação econômica que chegou com o fim do ouro e da escravidão, além da transferência da capital para Goiânia, a cidade ficou um tanto esquecida. O “progresso” não chegou ali, e isso, no fim das contas, fez um bem danado para a antiga Vila Bôa de Goyaz.
Gabarito: B

3. (FUNRIO PMGO – SOLDADO) Pavimentação asfáltica de 5.000 km de rodovia, aumentando assim para 5.920 km, em 1960, a rede asfaltada federal, que era de 900 km em 1956. Construção de 12 000 km de novas rodovias de primeira classe, aumentando para 22.000 km, em 1960, a rede federal, que era de 10.000 km em 1956.
(Programa de Metas do Presidente Juscelino Kubitschek, 30 de junho de 1958. Acesso em: 20 out. 2016).
A construção da rodovia Belém-Brasília, inaugurada em 1960, objetivava integrar a Amazônia à região centro-sul do Brasil. Sobre o tema, pode-se afirmar que:
A) a construção representava uma estratégia geopolítica de integração e ocupação de uma região do interior do país marcada por grande ocupação demográfica.
B) a sua construção derivou do objetivo do governo de Juscelino Kubitschek de facilitar a vinda da mão de obra do Norte e Nordeste para a construção de Brasília.
C) a Belém-Brasília favoreceu o desenvolvimento de núcleos urbanos no trecho goiano da rodovia, inclusive com o surgimento de novos municípios.
D) o trecho goiano da Belém-Brasília teve declínio de relações comerciais com as grandes cidades após 1960 e recrudescimento da ocupação urbana.
E) a obra rodoviária projetada foi, dentre aquelas iniciadas durante o governo de Juscelino Kubitschek, a única que cruzou o estado de Goiás.


A) Errado. A região norte é considerada como vazio demográfico, devido a sua baixa densidade demográfica. Já o Centro-Oeste é considerado pouco povoado (densidade demográfica). Nesse sentido, não houve grande ocupação demográfica, sendo esse fruto de políticas de desenvolvimento de integração a partir da construção da rodovia.
B) Errado. Ambas construções foram inauguradas no mesmo período, tanto a rodovia supracitada, quanto Brasília.
C) Correto. Uma das principais estratégias utilizadas pelos governos durante as famosas “Marchas para Oeste”, teve como política desenvolvimentista a construção de rodovias, de modo a garantir a integração do território nacional, tendo como uma das principais consequências uma política de desenvolvimento regional, que favoreceu o surgimento de núcleos de povoamento e novas áreas urbanas.
D) Errado. Pelo contrário. O Fluxo de mercadorias, pessoas e capital foi intensificado a partir da consolidação da rodovia, sendo ponto chave de desenvolvimento e crescimento econômico de muitas cidades que se beneficiaram da construção.
E) Errado. Foram criadas várias rodovias que integravam Brasília a todo o país.
Gabarito: C

É isso aí pessoal, ficamos por aqui. Me siga no instagram. Vá podemos entrar em contato e sempre tem muitas dicas e conteúdos para vocês

Um grande abraço, bons estudos e foco no sucesso!!!

Sergio Henrique

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