Concursos Públicos

Concurso TRT 10: confira as possibilidades de recursos!

No último domingo, 16 de março, foram aplicadas as provas do importante concurso público TRT 10 (Tribunal Regional do Trabalho do Distrito Federal e Tocantins).

A equipe de professores do Estratégia acompanhou de perto o desfecho dos exames, proporcionando uma correção em tempo real para que você pudesse conferir antecipadamente o seu desempenho.

Agora, a banca organizadora divulgou os gabaritos preliminares com os resultados oficiais. No entanto, muitas questões são passíveis de recurso, e nossa equipe, mais uma vez, está aqui para te ajudar.

Confira logo abaixo os recursos preparados pelos nossos professores!

QUESTÃO 69

A gestão estratégica de pessoas engloba procedimentos para gestão pública a tomada de decisões sobre os objetivos e as estratégias de longo prazo da organização.

Gabarito preliminar: ERRADO

Gabarito sugerido: CERTO

Solicita-se, por meio deste recurso, a alteração do gabarito do item, inicialmente julgado ERRADO pelo examinador, para CERTO.

Argumentação:

Conforme Chiavenato (2014, p. 14), a gestão estratégica de pessoas extrapola as atividades tradicionais de Recursos Humanos, abrangendo não somente aspectos operacionais, mas sobretudo decisões estratégicas relacionadas ao alinhamento das pessoas aos objetivos organizacionais de longo prazo. O autor esclarece que a gestão estratégica de pessoas inclui processos e procedimentos que auxiliam a organização na formulação, implementação e controle das estratégias que sustentam a sua missão e visão de longo prazo.

Corroborando esse entendimento, Dutra (2004) afirma que a gestão estratégica de pessoas representa um conjunto integrado de práticas e decisões que vinculam explicitamente os objetivos organizacionais ao capital humano, influenciando diretamente a competitividade e a sustentabilidade organizacional.

Robbins e Judge (2013) complementam ressaltando que decisões estratégicas na gestão de pessoas estão intimamente relacionadas à definição de objetivos de longo prazo e ao alinhamento de estratégias corporativas com as competências e habilidades da força de trabalho.

Portanto, conforme amplamente evidenciado na literatura de Gestão de Pessoas, a afirmativa está correta, uma vez que a gestão estratégica de pessoas efetivamente engloba procedimentos para a tomada de decisões sobre os objetivos e estratégias de longo prazo, inclusive no âmbito da gestão pública.

Dessa forma, reitera-se o pedido de revisão e alteração do gabarito para CERTO.

Referências

  • Chiavenato, I. (2014). Gestão de Pessoas (4ª ed.). São Paulo: Manole.
  • Dutra, J. S. (2004). Gestão por competências. São Paulo: Gente.
  • Robbins, S. P.; Judge, T. A. (2013). Comportamento Organizacional (15ª ed.). São Paulo: Pearson.

QUESTÃO 73

A dinâmica do denominado trabalho emocional está relacionada à repressão de sentimentos e emoções no local de trabalho, o que pode levar à exaustão.

Gabarito preliminar: CERTO

Gabarito sugerido: ERRADO

Solicita-se, por meio deste recurso, a alteração do gabarito da afirmativa abaixo, inicialmente julgada CERTO pelo examinador, para ERRADO.

Segundo Robbins (2010, p. 102), o conceito de esforço emocional revela aa expressão de emoções desejadas pela organização feita pelos funcionários durante os relacionamentos interpessoais no trabalho.

A questão afirma “trabalho” emocional, não esforço. Já estaria aí o primeiro erro da afirmativa. Mesmo que o examinador tenha considerado os termos como sinônimo, ter-se-ia outro erro conceitual, o qual na na lição de Robbins (2010, p. 102),aponta que os sentimentos reprimidos de frustração, raiva e ressentimento que podem levar à exaustão emocional e à fadiga tratam do conceito de dissonância emocional, não de trabalho emocional. A dissonância é, portanto, um conceito diferente do esforço emocional, apesar de interligado.

Pelos erros apontados na literatura usada pelo examinador, solicita-se a alteração do gabarito para ERRADO.

QUESTÃO 75

Personalidade, raça, etnia, orientação sexual, idade e capacidade física são exemplos de características humanas que constituem a dimensão interna da diversidade nas aplicada apenas após a fase de planejamento.

Gabarito preliminar: ERRADO

Gabarito sugerido: ERRADO (manutenção)

Acompanho o gabarito da banca, porque personalidade é um elemento da dimensão profunda, adquirido, não superficial como os demais mencionados (raça, etnia, orientação sexual, idade e capacidade física). Na correção extraoficial, não havia me atentado para isso.

QUESTÃO 78

Nas organizações, faz parte das funções individuais dos grupos formais reduzir as ansiedades e o sentimento de insegurança e impotência nas pessoas.

Gabarito preliminar: CERTO

Gabarito sugerido: ERRADO

Solicita-se, por meio deste recurso, a alteração do gabarito da afirmativa abaixo, inicialmente julgada CERTO pelo examinador, para ERRADO.

Argumentação:

Conforme Robbins e Judge (2013), os grupos formais são constituídos oficialmente pelas organizações com objetivos específicos relacionados às tarefas e metas organizacionais. Esses autores destacam claramente que a função principal dos grupos formais está associada à realização das tarefas, atingimento de objetivos organizacionais e manutenção da estrutura organizacional definida formalmente. Em contrapartida, são os grupos informais que desempenham, primordialmente, o papel psicológico de proporcionar segurança emocional, reduzir ansiedade e sentimentos de insegurança e impotência entre seus membros.

Chiavenato (2014, p. 211) complementa esse entendimento ao afirmar que os grupos formais são estruturados com o propósito específico de cumprir metas estabelecidas pela organização, e que a função socioemocional de redução da ansiedade e insegurança é frequentemente suprida por meio de grupos informais, que surgem espontaneamente dentro do ambiente organizacional.

Portanto, a afirmativa erra ao atribuir uma função psicológica e emocional típica dos grupos informais aos grupos formais.

Dessa forma, embasado na literatura especializada, requer-se a alteração do gabarito para ERRADO.

Referências:

Robbins, S. P.; Judge, T. A. (2013). Comportamento Organizacional (15ª ed.). São Paulo: Pearson.

Chiavenato, I. (2014). Gestão de Pessoas (4ª ed.). São Paulo: Manole.

QUESTÃO 80

Confiabilidade é uma das dimensões da confiança nas equipes de trabalho e caracteriza a fé recíproca nas intenções e no comportamento dos demais colegas.

Gabarito preliminar: ERRADO

Gabarito sugerido: CERTO

Solicita-se, por meio deste recurso, a alteração do gabarito do item, inicialmente julgado ERRADO pelo examinador, para CERTO. Argumentação:

Robbins e Judge (2013) destacam que a confiabilidade é uma dimensão essencial da confiança nas equipes, referindo-se à percepção dos membros sobre a coerência, previsibilidade e segurança nas ações e comportamentos dos colegas, caracterizando a confiança mútua existente na equipe.

Robbins (2010, p. 380)

Ou seja, na visão do autor, as duas dimensões da confiança seriam: confiabilidade e propensão à confiança. O que coaduna com a afirmativa.

Chiavenato (2014) complementa ao afirmar que a confiabilidade em equipes de trabalho está diretamente ligada à crença recíproca dos membros em relação às intenções positivas e à consistência comportamental dos colegas, sendo fator fundamental para a consolidação de relações interpessoais eficazes e para a eficácia organizacional.

Dessa forma, a afirmativa em questão está plenamente correta e alinhada aos principais autores da literatura especializada em Gestão de Pessoas, devendo, portanto, o gabarito ser revisado para CERTO.

Referências:

Robbins, S. P.; Judge, T. A. (2013). Comportamento Organizacional (15ª ed.). São Paulo: Pearson.

Chiavenato, I. (2014). Gestão de Pessoas (4ª ed.). São Paulo: Manole.

QUESTÃO:

“A pesquisa científica envolvendo pessoa com deficiência em situação de tutela ou de curatela deve ser realizada, em caráter excepcional, apenas quando houver indícios de benefício direto para sua saúde”.

Gabarito da professora: ERRADO

Gabarito da Banca: CERTO

Fundamentos para alteração de gabarito:

Notoriamente a banca deixou de considerar o que dispõe expressamente o art. 12, §2º, do Estatuto da Pessoa com Deficiência, Lei n. 13.146/2015. O parágrafo em questão admite que seja realizada pesquisa científica que traga indícios de benefícios a outras pessoas com deficiência e não APENAS a pessoa com deficiência em situação de tutela ou curatela.

A questão afirma que a “a pesquisa científica envolvendo pessoa com deficiência em situação de tutela ou de curatela deve ser realizada, em caráter excepcional, apenas quando houver indícios de benefício direto para sua saúde”, EXCLUINDO A PARTE FINAL DO §2º. A parte final do dispositivo afirma que também será cabível pesquisa científica envolvendo pessoa com deficiência em situação de tutela ou de curatela quando houver indícios de BENEFÍCIO PARA A SAÚDE DE OUTRAS PESSOAS com deficiência e desde que não haja outra opção de pesquisa de eficácia comparável com participantes não tutelados ou curatelados.

O fato de ter deixado a expressão “apenas” quando houver indícios de benefício direto e ter excluído as demais hipóteses autorizadas por Lei, torna a questão irrefutavelmente errada.

Vejamos o artigo na íntegra:

Art. 12. O consentimento prévio, livre e esclarecido da pessoa com deficiência é indispensável para a realização de tratamento, procedimento, hospitalização e pesquisa científica.

§ 2º A pesquisa científica envolvendo pessoa com deficiência em situação de tutela ou de curatela deve ser realizada, em caráter excepcional, apenas quando houver indícios de benefício direto para sua saúde ou para a saúde de outras pessoas com deficiência e desde que não haja outra opção de pesquisa de eficácia comparável com participantes não tutelados ou curatelados.

Outras inúmeras questões de concursos já cobraram o tema, vejamos um exemplo:

(IGEDUC / PREF. DE POMBOS-PE / 2023).

A pesquisa científica envolvendo pessoa com deficiência em situação de tutela ou de curatela deve ser realizada, em caráter excepcional, apenas quando houver indícios de benefício direto para sua saúde ou para a saúde de outras pessoas com deficiência e desde que não haja outra opção de pesquisa de eficácia comparável com participantes não tutelados ou curatelados.

Gabarito: Certo.

Vemos, nesse caso, que a banca manteve a hipótese de que o benefício gerado pela pesquisa científica possa se converter em benefício a saúde de OUTRAS PESSOAS, de modo que está correta, diferentemente da questão objeto deste recurso, que desconsidera tal hipótese.

Nesse ínterim, pugna-se pela alteração do gabarito da questão em comento para “ERRADO”.

62. Considerando uma metodologia ágil de gestão estratégica, o método lean thinking é um framework ágil que visa facilitar a colaboração, a adaptação e a entrega de valor ao cliente de forma incremental.

GABARITO PRELIMINAR ERRADO

Vamos argumentar acerca de cada característica do Lean, apresentada na frase da CEBRASPE, com vistas a mostrar que a assertiva está correta.

1. O lean thinking pode ser aplicado como um framework. No artigo de Fleury (2024), o autor é claro ao citar o lean thinking como um framework, conforme transcrito a seguir:
Quais são os principais frameworks ágeis e como eles funcionam?
“Existem vários frameworks ágeis que podem ser aplicados dependendo das necessidades da empresa. Entre os mais populares, temos o Scrum, o Kanban e o Lean Thinking.” (FLEURY, 2024).

2. O lean thinking é uma metodologia ágil que visa colaboração, adaptação e entrega de valor ao cliente.
Nas palavras de Losnak (2025), as metodologias ágeis visam promover colaboração e engajamento, além de adaptação para entregar valor ao cliente, conforme trecho extraído de seu artigo.

O Lean Thinking é uma metodologia de gestão que prioriza agregar valor para o cliente e reduzir desperdício. É uma mentalidade de melhoria contínua de processos e como metodologia ágil, a ideia é promover “uma cultura de colaboração e engajamento da equipe, pois a comunicação entre as pessoas do projeto é facilitada, o que permite a troca de ideias e o alinhamento constante dos objetivos. O foco está no trabalho em equipe e na entrega de valor ao cliente. “(LOSNAK, 2025).

(…)
Quais são as principais características dos métodos ágeis?
Além da flexibilidade e da adaptação às mudanças, as principais características dos métodos ágeis são:

  • Iteratividade (repetição);
  • Colaboração;
  • Autonomia e empoderamento das equipes;
  • Entrega de valor.

3. O lean Thinking promove a entrega de valor ao cliente de forma incremental. Santos (2025), sócio
fundador da FM2S, escreve em seu artigo que o Lean é centrado no cliente e uma metodologia incremental.

Assim o Lean é o cerne de uma metodologia centrada no cliente, baseada na melhoria incremental contínua e no respeito pelas pessoas. Lean Thinking não é uma tática de racionalização, um programa tradicional de redução de custos ou uma nova moda de treinamento de negócios, mas uma maneira positiva de pensar e forma construtiva de atuar para crescer lucrativamente toda a sua organização.

Ou seja, a assertiva da CEBRASPE mostra-se correta, pois todas as afirmações acerca do Lean Thinking possuem respaldo na literatura.

Isso posto, solicita-se a mudança do gabarito para considerar a questão CORRETA.

Referências
FLEURY, Gustavo (2024). Framework ágil — entenda as diferenças entre Scrum, Kanban e Lean Thinking
(extraído do sítio opdesk.com/pt/blog/kanban-lean-thinking-scrum-frameworks-metodologia-
agil#:~:text=Existem%20vários%20frameworks%20ágeis%20que,Kanban%20e%20o%20Lean%20Thinking)
LOSNAK, Giulia. O que é metodologia ágil? Artigo da formação Business Agility. 2023. Texto extraído do sítio em 18/02/2025. https://www.alura.com.br/artigos/o-que-e-metodologia-
agil?srsltid=AfmBOoqwQhxloF02YNj7P3sRgPalLbwv6M1yF4vzAabsMCqbkKOn6zeL
SANTOS, Virgílio Marques dos. O que é Lean Thinking? Como aplicar esse conceito? Última atualização em 10/02/2025. Texto extraído em 18/03/2025. https://www.fm2s.com.br/blog/o-que-e-lean-thinking/amp.

64. A REENGENHARIA ENFATIZA A MELHORIA RADICAL DE PROCESSOS OPERACIONAIS E AJUDA AS
ORGANIZAÇÕES A ALCANÇAR O PLANEJAMENTO EFICIENTE E A CONDUÇÃO CÉLERE DOS PROGRAMAS DE QUALIDADE.

GABARITO PRELIMINAR CERTO

A reengenharia é uma ferramenta da qualidade, mas quando adotada uma abordagem mais restritiva, focada em ganhos de produtividade, qualidade e redução de custos, gera, na maioria dos casos, um conjunto de projetos completamente descoordenados, que reduz os resultados sinérgicos que realmente podem ser dramáticos.

A Reengenharia de Negócios reduz a possibilidade de vários riscos existentes na Reengenharia de Processos. Orientações de curto prazo e para resultados financeiros geram, na maioria dos casos, um conjunto de projetos de Reengenharia completamente descoordenados. Embora cada projeto possa trazer resultados dramáticos, a característica descoordenada e fragmentada reduz significativamente a possibilidade de resultados mais amplos e, pior ainda, reduz os resultados sinérgicos que realmente podem ser dramáticos, como a transformação do negócio. (ABREU, 1994).
(…)

Resumindo, simplesmente não se pode garantir que a organização como um todo estará melhor após a Reengenharia de Processos somente porque alguns processos submetidos à Reengenharia apresentaram resultados dramáticos. De fato, pela teoria sistêmica, podemos afirmar que a organização, como um todo, dificilmente obterá resultados na maioria dos projetos de Reengenharia de Processos porque a otimização de uma parte de um sistema não significa que todo o sistema será otimizado. Pesquisa realizada em 100 empresas”, e mais detalhadamente em 20, mostra que aquelas que fizeram seus processos de Reengenharia de forma mais ampla possível obtiveram reduções dos custos totais da ordem de 17%, enquanto as empresas que adotaram uma perspectiva mais estreita tiveram reduções
insignificantes (menores que 1%). O que deve ficar claro é que a Reengenharia, como tem sido apresentada, orientada somente para o processo, não garante um melhor desempenho da organização, mas do processo, e, às vezes, à custa do resto da organização. (ABREU, RAE • v.34 • n. 5 • Set./Out. 1994)

Vale frisar que de acordo com Morales (consulta aos arquivos do trf5.jus.br), a Reengenharia introduz mudanças em três níveis da organização: operacional, gestão de processos e gestão de negócios. E reengenharia nos processos operacionais têm mostrado fracasso nos seus resultados, pois muitas vezes não apresenta uma visão sistêmica, conforme citado na questão da CEBRASPE, o risco de Nas palavras do autor:

Segundo José Carlos Rodrigues Junior afirma em seu artigo Reengenharia um processo de reengenharia introduz mudanças de gestão em três níveis da organização:

Operacional: as pessoas passam a trabalhar de uma forma que elas mesmas são responsáveis por seu trabalho não precisando de tanta supervisão. Para que esta técnica de certo é preciso que as pessoas tenham uma visão sistêmica dos novos processos, pois a hierarquia esta mais achatada e sistemas deste tipo exigem mais responsabilidades.

No artigo apresentado por Morales, o autor acrescenta a falta de estratégia faz com que os processos sejam mal analisados, com perda de tempo:

A reengenharia nem sempre dá certo, por diversos motivos, como a pouca compreensão dos executivos da empresa que usam a tecnologia. Como uma espécie de tabua de salvação para o enxugamento de custos das empresas, elas costumam aplicar o processo de reengenharia ao estilo “bang-bang” sem uma estratégia bem definida o que faz com que os processos sejam simplesmente mal analisados ou perda de tempo na análise dos processos que poderiam ser extintos ou simplificados.

Stefan Oliveira (p. 21), em seu artigo, afirma que a reengenharia tem gerado opiniões contraditórias e possui sua imagem desgastada. Cita que o mau uso da Reengenharia levou a perda de sua credibilidade e conforme Luís Tadeu Arraes Lopes e Paulo Ricardo Torres (apud Oliveira) confirmam, em uma reportagem da RAE light de março de 1995 (“Reengenharia calculando o fracasso”) uma das causas da desmoralização e desmotivação da reengenharia é “a falta de amplitude do pensamento dos executivos quando da elaboração da estratégia do processo e o fato de as empresas fazerem da Reengenharia apenas um acúmulo de tarefas.”

A questão do CEBRASPE aponta que a reengenharia de “processos operacionais ajuda as organizações a
alcançar o planejamento eficiente e a condução célere dos programas de qualidade”, mas essa assertiva não pode ser considerada correta, pois quando o foco ocorre nos processos operacionais, a reengenharia tende a trazer resultados desastrosos, conforme textos citados acima. Tanto que hoje se fala em reengenharia de processos de negócios, que apresenta uma visão sistêmica do negócio e não operacional.

Isto posto, fica claro que a assertiva da CEBRASPE trouxe ambiguidade de entendimento para o candidato, tendo em vista que a aplicação da reengenharia nos processos operacionais não ajuda num planejamento eficiente, tampouco a condução célere dos programas de qualidade, ao contrário, o foco operacional, sem conexão com a estratégia e sem apoio da alta cúpula, pode levar a consequências desastrosas para as organizações.

Diante do exposto, pede-se a mudança do gabarito para considerar a questão errada, ou, então, solicita-
se a anulação da questão, por apresentar ambiguidade de conceitos relacionados ao tema.

REFERÊNCIAS
ABREU, Fábio de Souza. REENGENHARIA – EM BUSCA DE UMA TEORIA. Revista de Administração de Empresas / EAESP / FGV, São Paulo, v. 34, n.5, Set./Out. p, 49-61. 1994.
MORALES, Pedro Paulo. REENGENHARIA: FOCO NAS PESSOAS OU NOS PROCESSOS? Consulta em 18/03/2025. Sítio https://arquivos.trf5.jus.br/TRF5/Gestao_Estrategica_Artigos/4509- reengenhariafoconaspessoasounosprocessos.pdf.
OLIVEIRA, Stefan Krawczenko Feitoza de. EASESP-FGV – M119620408.
A_REENGENHARIA_FUNCIONA_EM_EMPRESAS_QUE_ATUAM_NO_BRASIL. Texto extraído do sítio em
18/03/2025. https://pesquisa-eaesp.fgv.br/sites/gvpesquisa.fgv.br/files/publicacoes/a_reengenharia_funciona_em_empresas_que_atua m_no_brasil.pdf

QUESTÃO 62: Considerando uma metodologia ágil de gestão estratégica, o método lean thinking é um framework ágil que visa facilitar a colaboração, a adaptação e a entrega de valor ao cliente de forma incremental.
GABARITO PRELIMINAR ERRADO

Vamos argumentar acerca de cada característica do Lean, apresentada na frase da CEBRASPE, com vistas a mostrar que a assertiva está correta.

O lean thinking pode ser aplicado como um framework. No artigo de Fleury (2024), o autor é claro ao citar o lean thinking como um framework, conforme transcrito a seguir:

Quais são os principais frameworks ágeis e como eles funcionam? “Existem vários frameworks ágeis que podem ser aplicados dependendo das necessidades da empresa. Entre os mais populares, temos o Scrum, o Kanban e o Lean Thinking.” (FLEURY, 2024).

O lean thinking é uma metodologia ágil que visa colaboração, adaptação e entrega de valor ao cliente.

Nas palavras de Losnak (2025), as metodologias ágeis visam promover colaboração e engajamento, além de adaptação para entregar valor ao cliente, conforme trecho extraído de seu artigo.

O Lean Thinking é uma metodologia de gestão que prioriza agregar valor para o cliente e reduzir desperdício. É uma mentalidade de melhoria contínua de processos e como metodologia ágil, a ideia é promover “uma cultura de colaboração e engajamento da equipe, pois a comunicação entre as pessoas do projeto é facilitada, o que permite a troca de ideias e o alinhamento constante dos objetivos. O foco está no trabalho em equipe e na entrega de valor ao cliente. “(LOSNAK, 2025).
(…) Quais são as principais características dos métodos ágeis? Além da flexibilidade e da adaptação às mudanças, as principais características dos métodos ágeis são:

  • Iteratividade (repetição);
  • Colaboração;
  • Autonomia e empoderamento das equipes;
  • Entrega de valor.
  1. O lean Thinking promove a entrega de valor ao cliente de forma incremental. Santos (2025), sócio
    fundador da FM2S, escreve em seu artigo que o Lean é centrado no cliente e uma metodologia incremental.

Assim o Lean é o cerne de uma metodologia centrada no cliente, baseada na melhoria incremental contínua e no respeito pelas pessoas. Lean Thinking não é uma tática de racionalização, um programa tradicional de redução de custos ou uma nova moda de treinamento de negócios, mas uma maneira positiva de pensar e forma construtiva de atuar para crescer lucrativamente toda a sua organização.

Ou seja, a assertiva da CEBRASPE mostra-se correta, pois todas as afirmações acerca do Lean Thinking
possuem respaldo na literatura. Isso posto, solicita-se a mudança do gabarito para considerar a questão CORRETA.

Referências
FLEURY, Gustavo (2024). Framework ágil — entenda as diferenças entre Scrum, Kanban e Lean Thinking
(extraído do sítio opdesk.com/pt/blog/kanban-lean-thinking-scrum-frameworks-metodologiaagil/#:~:text=Existem%20vários%20frameworks%20ágeis%20que,Kanban%20e%20o%20Lean%20Thinking)
LOSNAK, Giulia. O que é metodologia ágil? Artigo da formação Business Agility. 2023. Texto extraído do sítio
em 18/02/2025. https://www.alura.com.br/artigos/o-que-e-metodologiaagil?srsltid=AfmBOoqwQhxloF02YNj7P3sRgPalLbwv6M1yF4vzAabsMCqbkKOn6zeL
SANTOS, Virgílio Marques dos. O que é Lean Thinking? Como aplicar esse conceito? Última atualização em
10/02/2025. Texto extraído em 18/03/2025. https://www.fm2s.com.br/blog/o-que-e-lean-thinking/amp

QUESTÃO 64: A REENGENHARIA ENFATIZA A MELHORIA RADICAL DE PROCESSOS OPERACIONAIS E AJUDA AS ORGANIZAÇÕES A ALCANÇAR O PLANEJAMENTO EFICIENTE E A CONDUÇÃO CÉLERE DOS PROGRAMAS DE QUALIDADE.

GABARITO PRELIMINAR CERTO.

A reengenharia é uma ferramenta da qualidade, mas quando adotada uma abordagem mais restritiva, focada em ganhos de produtividade, qualidade e redução de custos, gera, na maioria dos casos, um conjunto de projetos completamente descoordenados, que reduz os resultados sinérgicos que realmente podem ser dramáticos.

A Reengenharia de Negócios reduz a possibilidade de vários riscos existentes na Reengenharia de Processos. Orientações de curto prazo e para resultados financeiros geram, na maioria dos casos, um conjunto de projetos de Reengenharia completamente descoordenados. Embora cada projeto possa trazer resultados dramáticos, a característica descoordenada e fragmentada reduz significativamente a possibilidade de resultados mais amplos e, pior ainda, reduz os resultados sinérgicos que realmente podem ser dramáticos, como a transformação do negócio.
(ABREU, 1994).

Resumindo, simplesmente não se pode garantir que a organização como um todo estará melhor após a Reengenharia de Processos somente porque alguns processos submetidos à Reengenharia apresentaram resultados dramáticos. De fato, pela teoria

sistêmica, podemos afirmar que a organização, como um todo, dificilmente obterá resultados na maioria dos projetos de Reengenharia de Processos porque a otimização de uma parte de um sistema não significa que todo o sistema será otimizado. Pesquisa realizada em 100 empresas”, e mais detalhadamente em 20, mostra que aquelas que fizeram seus processos de Reengenharia de forma mais ampla possível obtiveram reduções dos custos totais da ordem de 17%, enquanto as empresas que adotaram uma perspectiva mais estreita tiveram reduções insignificantes (menores que 1%). O que deve ficar claro é que a Reengenharia, como tem sido apresentada, orientada somente para o processo, não garante um melhor desempenho da organização, mas do processo, e, às vezes, à custa do resto da organização. (ABREU, RAE • v.34 • n. 5 • Set./Out. 1994).

Vale frisar que de acordo com Morales (consulta aos arquivos do trf5.jus.br), a Reengenharia introduz
mudanças em três níveis da organização: operacional, gestão de processos e gestão de negócios. E
reengenharia nos processos operacionais têm mostrado fracasso nos seus resultados, pois muitas vezes não
apresenta uma visão sistêmica, conforme citado na questão da CEBRASPE, o risco de Nas palavras do autor:

Segundo José Carlos Rodrigues Junior afirma em seu artigo Reengenharia um processo de reengenharia introduz mudanças de gestão em três níveis da organização:

  1. Operacional: as pessoas passam a trabalhar de uma forma que elas mesmas são responsáveis por seu trabalho não precisando de tanta supervisão. Para que esta técnica de certo é preciso que as pessoas tenham uma visão sistêmica dos novos processos, pois a hierarquia esta mais achatada e sistemas deste tipo exigem mais responsabilidades. No artigo apresentado por Morales, o autor acrescenta a falta de estratégia faz com que os processos sejam mal analisados, com perda de tempo: A reengenharia nem sempre dá certo, por diversos motivos, como a pouca compreensão dos executivos da empresa que usam a tecnologia. Como uma espécie de tabua de salvação para o enxugamento de custos das empresas, elas costumam aplicar o processo de reengenharia ao estilo “bang-bang” sem uma estratégia bem definida o que faz com que os processos sejam simplesmente mal analisados ou perda de tempo na análise dos processos que poderiam ser extintos ou simplificados.

Stefan Oliveira (p. 21), em seu artigo, afirma que a reengenharia tem gerado opiniões contraditórias e possui sua imagem desgastada. Cita que o mau uso da Reengenharia levou a perda de sua credibilidade e conforme Luís Tadeu Arraes Lopes e Paulo Ricardo Torres (apud Oliveira) confirmam, em uma reportagem da RAE light de março de 1995 (“Reengenharia calculando o fracasso”) uma das causas da desmoralização e desmotivação da reengenharia é “a falta de amplitude do pensamento dos executivos quando da elaboração da estratégia do processo e o fato de as empresas fazerem da Reengenharia apenas um acúmulo de tarefas.

A questão da CEBRASPE aponta que a reengenharia de “processos operacionais ajuda as organizações a alcançar o planejamento eficiente e a condução célere dos programas de qualidade”, mas essa assertiva não pode ser considerada correta, pois quando o foco ocorre nos processos operacionais, a reengenharia
tende a trazer resultados desastrosos, conforme textos citados acima. Tanto que hoje se fala em reengenharia de processos de negócios, que apresenta uma visão sistêmica do negócio e não operacional.

Isto posto, fica claro que a assertiva da CEBRASPE trouxe ambiguidade de entendimento para o candidato, tendo em vista que a aplicação da reengenharia nos processos operacionais não ajuda num planejamento eficiente, tampouco a condução célere dos programas de qualidade, ao contrário, o foco operacional, sem conexão com a estratégia e sem apoio da alta cúpula, pode levar a consequências desastrosas para as organizações.

Diante do exposto, pede-se a mudança do gabarito para considerar a questão errada, ou, então, solicitasse a anulação da questão, por apresentar ambiguidade de conceitos relacionados ao tema.

REFERÊNCIAS
ABREU, Fábio de Souza. REENGENHARIA – EM BUSCA DE UMA TEORIA. Revista de Administração de Empresas / EAESP / FGV, São Paulo, v. 34, n.5, Set./Out. p, 49-61. 1994. MORALES, Pedro Paulo. REENGENHARIA: FOCO NAS PESSOAS OU NOS PROCESSOS? Consulta em 18/03/2025. Sítio https://arquivos.trf5.jus.br/TRF5/Gestao_Estrategica_Artigos/4509 reengenhariafoconaspessoasounosprocessos.pdf. OLIVEIRA, Stefan Krawczenko Feitoza de. EASESP-FGV – M119620408. A_REENGENHARIA_FUNCIONA_EM_EMPRESAS_QUE_ATUAM_NO_BRASIL. Texto extraído do sítio em 18/03/2025. https://pesquisaeaesp.fgv.br/sites/gvpesquisa.fgv.br/files/publicacoes/a_reengenharia_funciona_em_emp esas_que_atua m_no_brasil.pdf.

115. ANULAÇÃO DA QUESTÃO, pois a banca considerou correta que a classificação institucional da despesa orçamentária tem como finalidade evidenciar as unidades administrativas responsáveis pela execução da despesa. A questão trouxe uma grande confusão quando apresentou o termo UNIDADE ADMINISTRATIVA em seu enunciado.  O MTO 2025 diz que a classificação institucional reflete as estruturas organizacional e administrativa e compreende dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária.

Segundo o MTO, as dotações orçamentárias, especificadas por categoria de programação em seu menor nível, são consignadas às UOs, que são as responsáveis pela realização das ações. Órgão orçamentário é o agrupamento de UOs. Ou seja, em que pese a classificação reflita estruturas administrativas, ela não tem como finalidade evidenciar unidade administrativa, pois esta não apresenta dotação consignada na LOA e sim as Unidades Orçamentarias (UOs), conforme art. 14 da Lei 4.320/64:

Art. 14. Constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias.

Parágrafo único. Em casos excepcionais, serão consignadas dotações a unidades administrativas subordinadas ao mesmo órgão.

Ou seja, a Lei deixa claro que somente em casos excepcionais é que serão consignadas dotações a unidades administrativas.

Portanto, solicito ANULAÇÃO da questão.

117. Solicita-se ALTERAÇÃO DO GABARITO DE CERTO PARA ERRADO, pois a banca considerou como CERTA de que na fixação da programação de cotas mensais, devem ser considerados os créditos adicionais e as operações extraorçamentárias, em especial os restos a pagar.

O item apresentou praticamente a literalidade do art. 47 a 49 da Lei 4.320/64, o que leva o candidato entender que se tratava da literalidade desta lei quando diz:

Art. 47. Imediatamente após a promulgação da Lei de Orçamento e com base nos limites nela fixados, o Poder Executivo aprovará um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada unidade orçamentária fica autorizada a utilizar.

Art. 48. A fixação das cotas a que se refere o artigo anterior atenderá aos seguintes objetivos:

a) assegurar às unidades orçamentárias, em tempo útil, a soma de recursos necessários e suficientes a melhor execução do seu programa anual de trabalho;

b) manter, durante o exercício, na medida do possível, o equilíbrio entre a receita arrecadada e a despesa realizada, de modo a reduzir ao mínimo eventuais insuficiências de tesouraria.

Art. 49. A programação da despesa orçamentária, para feito do disposto no artigo anterior, levará em conta os créditos adicionais e as operações extraorçamentárias.

Portanto, o item deixou evidente que se tratava dos artigos da Lei 4.320/64, que considera a fixação de programação por cotas trimestrais e não mensais

Portanto, solicita-se alteração do gabarito de CERTO para ERRADO.

Recurso – Gestão de Contratos

O item 104 apresenta a seguinte redação:

104. Na realização de licitação pelo critério do menor preço ou do maior desconto, a fase de apresentação de propostas e lances sucede a de divulgação do edital de licitação, e a fase de habilitação antecede a de julgamento.

A banca considerou a questão como certa em seu gabarito preliminar, contudo o item está incorreto, conforme vamos analisar a seguir.

Segundo a Instrução Normativa Seges/ME 73/2022, a licitação pelo critério do menor preço ou maior desconto observará as seguintes fases sucessivas (art. 8º):

Art. 8º […]

I – preparatória;

II – divulgação do edital de licitação;

III – apresentação de propostas e lances;

IV – julgamento;

V – habilitação;

VI – recursal; e

VII – homologação.

Dessa forma, podemos afirmar que a fase de “apresentação de propostas e lances” sucede a de “divulgação do edital de licitação” (como informado na questão), mas a fase de “habilitação” NÃO antecede (mas sucede / é realizada após) a de “julgamento”.

Até é possível antecipar a fase de habilitação para antes da “apresentação de propostas e lances”, mas esta medida é excepcional e depende de ato motivado, na forma do § 1º do art. 8º da referida IN.

Portanto, considerando o procedimento geral, a fase de habilitação sucede (e não antecede) a fase de julgamento. Assim, o item está incorreto, motivo pelo qual requisita-se a alteração do gabarito para ERRADO.

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Fábio Scaldelai

"Jornalista no Estratégia Concursos e Produtor de Televisão. Formado em Jornalismo, Rádio e TV pela Faculdade Integrada Rio Branco, com especializações em Gestão Empresarial e Marketing pelo Módulo. Atuou como produtor no Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), TV Bandeirantes e Rádio Band FM. Possui também 3 anos de experiência na área de concursos públicos, trabalhando na LFG (Luiz Flavio Gomes). Além disso, tem experiência como link building e analista de mídia na empresa SEO Marketing

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