O Tribunal Regional do Pará, em publicação na sua página oficial nesta sexta-feira, 28 de fevereiro, informou que a realização das Provas Objetivas da forma como ocorreu no domingo, 16 de fevereiro, será devidamente considerada e o certame mantido.
A decisão foi tomada após o Ministério Público Federal (MPF) solicitar à Polícia Federal (PF) a instauração de um inquérito para apurar suspeita de fraude no concurso público do Tribunal Regional Eleitoral do Pará.
Isto porque, em uma das salas de provas na cidade de Santarém, ao serem abertos os lacres do envelope de provas para o cargo de Analista Judiciário, fiscais e candidatos convidados a observarem a abertura do material constataram que o terceiro e último envelope que trazia as provas estava aberto, mas possuía em seu interior todas as provas para ele previstas.
As provas estavam dentro de um envelope, e esses dentro de dois malotes devidamente lacrados.
Informada sobre o ocorrido, a Comissão do Concurso do TRE orientou pelo registro em ata do fato e a realização normal das provas, o que foi feito, com a devida compensação de horário de atraso no início. Em seguida, solicitou à empresa coordenadora esclarecimentos e averiguação detalhada da situação, o que foi de pronto iniciada.
O IBFC averiguou o processo e encaminhou ao TRE documentos e imagens que comprovavam que o fato ocorreu em razão de falha humana operacional dentro do ambiente monitorado e controlado, nas dependências da banca, de maneira que as provas estavam em segurança dentro dos malotes com lacres anteriores.
De acordo com o MPF, os candidatos denunciaram que envelopes com provas aplicadas em Santarém, no oeste do estado, foram violadas. Um dos pacotes de provas recebidos na sala R07 do campus da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) estava completamente aberto.
Por isso, o MPF pediu que, como medidas iniciais, a PF colhesse depoimentos dos fiscais que atuaram na sala em que houve a ocorrência e dos candidatos que atestaram a violação do pacote de provas e também do responsável pela aplicação da prova no campus.
Além disso deverá ser realizada perícia no pacote de provas supostamente violado, para identificar eventual objeto perfurocortante utilizado para violá-lo.
Também foi requerido pelo MPF que sejam requisitadas as gravações do circuito interno da Ufopa, para verificação, pela PF, da ocorrência de anormalidade no percurso da entrega do pacote.
Ao IBFC o MPF solicitou cópia da ata de sala da aplicação de provas, e informações sobre se as provas são referentes apenas ao cargo de analista judiciário ou se haviam candidatos para outros cargos prestando provas naquela sala.
Com a decisão da Comissão do Concurso e os documentos apresentados pela banca IBFC, ainda não se sabe se será dado prosseguimento à investigação ou se ela será interrompida ou arquivada.
Mais informações: concurso TRE PA
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Que vergonha!
Podem ter tirado foto e após devolver para o envelope, simples assim.