“Estudar para concursos requer muita dedicação e força para negar as distrações. Não esperava que fosse conseguir uma aprovação tão rapidamente, por isso afirmo: todo esforço vale a pena!”
Confira nossa entrevista com Amanda Mendes da Silva, aprovada no cargo de Perito Criminal Oficial para a Polícia Civil do Espírito Santo e para o Centro de Perícias Científicas Renato Chaves do Pará:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formada em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Amanda Mendes: Sou formada em Farmácia pela UFRJ, tenho 27 anos e sou natural do Rio de Janeiro.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Amanda: Desde que entrei na faculdade, já me interessava pela área de Perícia Criminal. Durante a graduação tive contato com as diversas áreas as quais o Farmacêutico pode atuar e me afastei do “mundo pericial”.
Somente depois de formada que resolvi investir nessa carreira. Aqui no Brasil, para se tornar Perito Criminal Oficial, é preciso realizar concurso público, então decidi começar a estudar para concursos.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseira, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Amanda: No começo estudava e trabalhava. Fiquei em torno de 8 meses trabalhando e estudando até o concurso da Polícia Federal.
Não fui aprovada, porém com apenas poucos meses de estudo e dividindo meu tempo entre trabalhar e estudar, percebi que fui muito bem na prova e que se eu me dedicasse 100% aos estudos, minhas chances de passar seriam muito maiores.
Então, saí do meu emprego e me dediquei somente aos estudos.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovada? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Amanda: Fui aprovada no concurso para Perito Criminal Oficial da Polícia Civil do Espírito Santo, em 17º lugar.
Quase na mesma semana fui aprovada no concurso para Perito Criminal Oficial do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves do Pará, em 3º lugar.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
Amanda: Uma mistura de felicidade com surpresa. Sentia que tinha ido super mal nas duas provas e que poderia ter me saído melhor.
Quando vi o meu nome nas listas, fiquei sem acreditar nas duas vezes! Tive a sensação de que estou no caminho certo, e que meu objetivo de passar para a Policia Federal é possível.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Amanda: Nesse aspecto eu fui um pouco radical. Praticamente parei de sair e minha rotina se resumia em trabalhar, estudar e ir para a academia.
Parei totalmente de entrar no Facebook. Quanto ao Instagram, deixei de seguir mais da metade dos meus amigos (principalmente quem posta muito) e comecei a seguir perfis de estudo e peritos criminais.
Reuniões de família, apenas as mais importantes. Quando encontrava meu namorado, estudávamos juntos, cada um na sua área de estudo.
Eu acreditava que quanto mais radical eu fosse nessa fase, por mais difícil de fosse, mais rápido chegaria a minha aprovação.
Estratégia: Você é casada? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseira? Se sim, de que forma?
Amanda: Não sou casada, tenho namorado. Moro com meus irmãos. Meu pai apoiou desde o início e foi meu grande incentivador.
Me buscava tarde da noite na sala de estudos, ia comigo viajar para os locais de prova e me estimulou a seguir firme e forte nos estudos. Meu namorado também me ajudou muito durante esse processo.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Amanda: Não. Acredito que a melhor forma é estudar direto para o concurso de interesse. No meu caso, para Perito Criminal Oficial. Meu objetivo final é passar para a Polícia Federal, então seguirei estudando.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovada?
Amanda: Estudei por 1 ano (março/18 a março/19) para os dois concursos. Eles aconteceram no mesmo mês.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Amanda: Sim. Comecei a estudar em março/18 e o edital da Polícia Federal abriu em junho/18. Não fui aprovada e segui no processo.
Em outubro/18 me demiti do meu emprego e me dediquei somente aos estudos.
Em dezembro/18 abriram os editais do Espírito Santo e Pará. Em março/19 fiz as provas.
Pelo fato de eu ter pedido demissão, a pressão para passar o quanto antes era imensa. Por isso, seguia estudando a todo vapor, mesmo sem edital.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Amanda: Utilizei apostilas, cursos em PDF e videoaulas.
As videoaulas são ótimas para quem está começando, pois o professor consegue prender a atenção do aluno e resumir a matéria em pouco tempo.
Aproveitei as videoaulas para ter uma visão geral da matéria. Conforme fui evoluindo no conteúdo, os materiais escritos tornaram-se uma melhor opção, pois são mais aprofundados e mais completos.
Ou seja, na minha opinião, a junção de diferentes tipos de materiais, são de grande utilidade na preparação para concurso público.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Amanda: Eu não conhecia nada sobre concurso até um amigo me recomendar o Estratégia Concursos.
Depois de pesquisar na internet, o Estratégia era o curso online mais completo e disponível, específico para Perito Criminal da área de Farmácia. Por isso, comprei o curso e devorei as aulas.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Amanda: Na verdade, não deu tempo de estudar todo o conteúdo do concurso! É realmente muita matéria (rsrs). Precisei priorizar as matérias mais importantes e focar nas que eu tinha mais dificuldade.
Minha estratégia era estudar diferentes matérias por dia, para não me cansar.
Sempre fiz resumos, desde a época da faculdade, então essa sempre foi a minha forma de memorizar. Depois eu releio o resumo antes da prova.
Também fiz uma assinatura em um site de questões para concurso, então todo dia eu estudava e fazia questões. Quando errava muito as questões de uma certa matéria, voltava e estudava mais.
Na época que eu trabalhava, estudava umas 3-4 horas/dia, variava muito. Quando passei a somente estudar, conseguia uma faixa de 6-7 horas/dia, mais do que isso eu percebia que ficava muito cansada no dia seguinte e meu rendimento caía muito.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Amanda: Sim, as disciplinas de direito, pois eram completamente fora da minha zona de conforto. Eu dedicava mais horas de estudo para essas matérias, pois precisei começar do zero.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Amanda: Fiz revisões dos materiais que eu tinha resumido e assisti revisões de véspera no youtube, onde me ajudam demais!
A véspera foi dia de estudo, apesar de eu achar que o melhor seria descansar, mas mesmo querendo o descanso eu estava muito apreensiva e estudar me deixava mais segura.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Amanda: Eu busquei temas que já haviam sido cobrados em discursivas anteriores e assim, simulava a redação.
Quando acabaram os temas, eu inventava um tema que achava provável cair no concurso e fazia a redação.
Aconselho treinar o máximo possível. Também acho importante contratar um professor de português para corrigir sua redação, pois acredito que isto me fez falta e eu poderia ter ido melhor nas discursivas.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Amanda: Acredito que eu poderia ter perdido menos tempo em redes sociais ao longo da minha preparação. Hoje em dia, muitas dicas de concurso são dadas diariamente na internet e se você não se policiar, isso custará muitas horas do seu dia.
Quando eu efetivamente ficava o dia inteiro focada em estudar e não pegava no meu celular, eu rendia muito mais. Digo isso porque as dicas são importantes mas, muitas vezes, se repetem.
Além disso, são as horas que você sentou e estudou que realmente irão fazer a diferença na hora da prova.
Outro ponto que eu poderia ter investido mais, foi na discursiva. Éuma parte negligenciada pela maioria dos candidatos, mas faz toda diferença!
Quanto aos acertos, eu fui aprendendo ao longo do tempo. Hoje percebo que estudar fora de casa, seja em uma biblioteca ou uma sala de estudo, tem seu valor. É muito mais difícil se manter focada em casa, onde temos muitas distrações.
Também aprendi que o segredo não é a quantidade de horas estudadas e sim, a constância. Criar o hábito de estudar todo santo dia. Por isso, nunca fiquei 12 horas estudando em 1 único dia. Para mim, depois de 8 horas já fico muito fadigada e no dia seguinte meu rendimento cai muito. Por isso aprendi a respeitar meu limite.
Outro grande acerto foi investir em materiais de qualidade. O material é de suma importância para a preparação. Sempre pensei como um investimento, pois depois de aprovada no concurso dos sonhos, tudo terá valido a pena!
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Amanda: O mais difícil é ter pouco tempo para lazer. Pensei em desistir algumas vezes, pois é muito cansativo estudar em um ritmo acelerado e não ter muita vida social.
Parei de assistir Netflix, de ir ao cinema, entre outras coisas, para continuar seguindo em frente. Sempre me imaginava no cargo. Me imaginava (e ainda imagino!) sendo Perita Criminal na Polícia Federal e o quão difícil é conseguir chegar lá, por isso, precisava dar meu sangue nos estudos.
Se meu objetivo é alto, então não virá fácil. É preciso de sacrifício e abdicar muitas coisas para chegar lá.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Amanda: Minha principal motivação foi buscar minha realização profissional. Apesar de ser uma profissão que muitas pessoas tem pavor só de pensar, sempre me interessei muito pela área. Eu acho incrível!
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Amanda: Um dos meus dilemas era se eu estudava para um concurso mais fácil para me estabilizar financeiramente ou se já focava no meu objetivo final. Porém, resolvi arriscar e mergulhar de cabeça no meu objetivo.
Estudar para concursos requer muita dedicação e força para negar as distrações. Não esperava que fosse conseguir uma aprovação tão rapidamente, por isso afirmo: todo esforço vale a pena!
Ser concurseira não é um mar de rosas. Portanto, se você quer conquistar sua vaga no concurso público, é importante olhar lá no futuro e acreditar que o seu dia vai chegar.
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Foi aprovado e deseja dividir com a gente e com outros concurseiros como foi sua trajetória até a aprovação?! Mande um e-mail para: comunicacao@estrategiaconcursos.com.br
Abraços,
Thaís Mendes
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Como essa galera q fez pc es já sabe q passou se ainda não saiu o resultado ?
Como ela passou no Renato Chaves (PA) se o concurso ainda ta rolando?? estranho