Confira nesse artigo uma análise do último concurso da CVM e da situação atual de um novo certame.
Olá, pessoal, tudo bem?
Posteriormente ao veto do pedido em 2018, a autarquia fez uma nova solicitação de concurso ao Ministério da Economia no ano passado. Por enquanto, a proposta segue sob análise da equipe de Paulo Guedes. Mesmo que não haja ainda previsão de data para a autorização do certame, pode ser uma boa hora para iniciar os estudos e sair na frente da concorrência.
Neste artigo, buscaremos ajudar o candidato a ter mais informações sobre o último concurso da CVM e a situação atual do próximo certame, tratando dos seguintes assuntos:
As provas do último concurso foram realizadas em 19/12/2010, elaboradas pela Escola de Administração Fazendária (ESAF). Aliás, a banca ESAF era tradicionalmente conhecida por organizar os concursos dos órgãos vinculados ao antigo Ministério da Fazenda.
Contudo, em 2018, a Escola surpreendeu e anunciou que não organizaria mais concursos, passando a atuar, somente, no processo de contratação das bancas. Assim sendo, devemos estar preparados para um certame diferente dos anteriores.
Além disso, acerca do cronograma, foram compiladas as datas mais importantes do último certame na tabela a seguir:
Antes de mais nada, observa-se que houve um intervalo de, aproximadamente, três meses entre a autorização do concurso e a aplicação das provas. Todavia, o padrão de prazos do último concurso não irá se repetir, em função do Decreto 9.739/19 (que estabeleceu medidas para melhorar a eficiência organizacional da administração pública federal e normas para concursos públicos).
Dentre essas medidas, consta que o edital deve ser publicado com antecedência mínima de quatro meses da primeira prova. Dessa forma, o curto período verificado entre a autorização do concurso e a aplicação das provas não deve ocorrer novamente.
Primeiramente, o último concurso registrou 30.873 inscrições para 150 vagas disponíveis. Assim sendo, a relação candidato/vaga foi de 220 para a ampla concorrência. Já para as Pessoas Com Deficiência (PCD), foi de 29. Para mais informações, consultemos a tabela adiante:
Em segundo lugar, muita coisa mudou desde 2010, o ano da última prova da autarquia. Atualmente, devido ao cenário de diminuição de concursos públicos e de alto desemprego, a concorrência tornou-se mais acirrada e, assim, deve ser consideravelmente maior no próximo concurso.
Em seguida, outro ponto interessante a ser notado é o fato de terem sido oferecidas vagas somente para os estados de Rio de Janeiro e de São Paulo. Ademais, vale considerar que a Comissão de Valores Mobiliários possui uma sede na capital federal, o que abre possibilidades para que sejam abertas vagas para Brasília.
Além disso, percebe-se que o cargo que obteve o maior valor para a relação candidato/vaga foi o de Agente Executivo (SP). Essas e outras informações podem ser encontradas no site da CVM.
http://www.cvm.gov.br/menu/acesso_informacao/servidores/concursos/2010/editais.html
Para esse tópico, cada cargo será analisado separadamente, com o propósito de facilitar a interpretação dos dados.
O cargo pede ensino superior completo em qualquer área de formação, o que, decerto, é uma ótima notícia para quem deseje mudar de área de atuação. Ademais, outra questão relevante é o fato de o cargo pedir disponibilidade do servidor para viagens de inspeção.
Além disso, segue tabela com as disciplinas cobradas na última prova do cargo e o peso que elas representaram no total de pontos.
Conforme tabela acima, nota-se que as disciplinas com maiores participações percentuais no total de pontos da prova foram Contabilidade e Funcionamento do Mercado de Valores Mobiliários. Em relação às demais, há uma igualdade de participação.
No que tange à escolaridade, a autarquia pediu que o candidato tivesse graduação completa em qualquer área.
Ademais, quanto às disciplinas, segue tabela com as matérias cobradas e o peso que elas representaram no total de pontos.
Em primeiro lugar, verifica-se clara semelhança entre as provas de Inspetor e de Analista – Mercado de Capitais. Em contrapartida, uma diferença importante entre elas é a participação percentual das disciplinas.
Além disso, as disciplinas com maior peso seguem sendo Funcionamento do Mercado de Valores Mobiliários e Contabilidade, sendo que a primeira passa a ter um peso maior que a segunda nesse cargo.
Em relação à escolaridade, o cargo pede graduação completa em Arquivologia. No que se refere às disciplinas, segue tabela informativa:
Como destaque, temos o peso que a disciplina Arquivologia apresenta para a prova do cargo, representando 60% do total de pontos da prova objetiva.
Quanto à escolaridade, o cargo pede bacharelado em Biblioteconomia e registro no Conselho Regional de Biblioteconomia. As matérias cobradas e as suas participações percentuais estão dispostas na tabela seguinte, destacando-se o peso que a disciplina Biblioteconomia tem no certame.
No que se tange à escolaridade, a CVM pediu que o candidato tivesse graduação completa em qualquer área. Das matérias cobradas, nota-se a importância das disciplinas Recursos Humanos e Administração Pública (cobrada tanto nos Conhecimentos gerais como nos Conhecimentos Específicos) na prova.
Em relação à escolaridade, a autarquia pediu que o candidato tivesse graduação completa em qualquer área (algo que pode ser revisto em um próximo certame). Quanto às disciplinas, verifica-se a relevância da matéria de Desenvolvimento de Sistemas.
Assim como no cargo de Analista – Sistemas, a autarquia pediu que o candidato tivesse graduação completa em qualquer área (algo que, também, pode ser revisto em um próximo certame). No que concerne às disciplinas, observa-se participação expressiva da disciplina Infraestrutura de Ti na prova.
Para esse cargo, a CVM pediu que o candidato tivesse bacharelado em Ciências Contábeis, com registro no Conselho Regional de Contabilidade.
No que se refere às disciplinas, percebe-se que Contabilidade foi a matéria com maior participação nas questões. Ademais, Funcionamento do Mercado de Valores Mobiliários e Auditoria também apresentaram uma alta participação percentual na prova.
Nesse cargo, a CVM pediu do candidato ensino superior completo em qualquer área de formação.
As disciplinas que tiveram maior peso foram Administração Pública e Contabilidade Pública.
Para esse cargo, a Comissão de Valores Mobiliários pediu que o candidato tivesse bacharelado em Ciências Contábeis, com registro no Conselho Regional de Contabilidade.
As disciplinas que tiveram maior participação percentual foram Administração Pública e Contabilidade Pública.
Quanto ao cargo de agente, como ocorre com cargos técnicos em geral, o único requisito foi possuir diploma de conclusão do nível médio.
Em relação às disciplinas, observa-se que Administração Pública, Conhecimentos Básicos da Administração e Conhecimentos Contemporâneos apresentaram grande peso no quantitativo total de questões.
A princípio, o certame iria convocar 150 vagas, contando todos os cargos. Todavia, até o fim da validade do concurso, foram chamados mais de 300 candidatos, especialmente para os cargos de Agente Executivo, Analista de Mercado de Capitais e Inspetor.
Conforme resposta dada pela CVM, obtida por meio do e-sic no dia 20/04/2020, a autarquia informou que encaminhou um novo pedido de concurso ao Ministério da Economia no ano passado (no dia 31/05/2019). Entretanto, a CVM esclareceu que ainda não há uma data prevista para a autorização do certame.
Além disso, a CVM informou que solicitou o preenchimento das seguintes vagas:
Vale lembrar que o quantitativo de convocados do último certame superou em muito as vagas previstas no edital. Sem dúvida, isso pode, também, acontecer no próximo concurso da autarquia.
Pessoal, nesse artigo buscamos atualizar os alunos em relação à situação de um próximo concurso da CVM. Além disso, abordamos detalhes do último certame, no intuito de auxiliar a programação de estudos dos candidatos.
No que se refere à última prova, um ponto a ser destacado é a questão dos pesos de cada disciplina, visto que todas elas apresentaram uma participação relevante. Desse modo, conclui-se que nenhuma matéria pode ser deixada de lado na hora dos estudos.
Quanto à situação atual do concurso, não temos ainda indicativos de quando o certame poderá ser autorizado. Ademais, no atual governo, temos observado um cerceamento de concursos públicos federais, o que deve se intensificar no cenário pós-pandemia.
Mesmo que haja incertezas, a demora na liberação de um novo concurso pode ser favorável ao candidato. Dado o alto nível do certame, o aluno teria mais tempo de estudo, aumentando, assim, as suas chances de aprovação.
Além disso, vale destacar que os estudos para a CVM também podem ser aproveitados em outros editais, tais como o do Bacen e o do STN. Para uma análise mais detalhada sobre o assunto e dicas de estudo, clique aqui e acesse o artigo do Professor Heber Carvalho.
Por fim, gostaríamos de desejar bons estudos e sucesso a todos.
Um abraço!!
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