Está estudando para algum concurso com poucas vagas, e não sabe se vale a pena focar nele? Descubra aqui se você deve ou não fazê-lo.
Olá pessoal, tudo bem? Eu espero que sim!
Antes de tudo, existem basicamente 3 variáveis que nos auxiliam a tomar a decisão sobre qual concurso focar:
Para quem estuda, sabe o quanto é doloroso encontrar o cargo perfeito, com a remuneração ideal, e se surpreender com o edital informando: 1 vaga. Certamente, que muitos enfrentam uma grande indecisão neste momento. Afinal, vale a pena estudar para um concurso com poucas vagas?
Para responder a esta pergunta, precisaremos entender melhor o processo de aprovação de um aluno e a classificação que ele conquista na lista de aprovados.
Primeiramente, quando acessamos a lista de aprovados de qualquer certame que seja, nos deparamos com a seguintes situação: notas muito próximas umas das outras, senão iguais.
Para ilustrar, vamos a um exemplo real do concurso para Auditor Fiscal da SEFAZ/SC, com provas aplicadas em Novembro de 2018 e homologação em janeiro de 2019.
De acordo com a figura acima, com as notas dos 32 primeiros colocados, observa-se claramente que existem certos grupos de candidatos, grupos com concorrentes que apresentam níveis de conhecimento muito equivalentes entre si.
Isto é, existe uma clara disparidade entre o(a) 1º colocado(a) e o 32º. Todavia, não se pode afirmar que exista uma superioridade de conhecimento entre o 12º e o 20º ou entre o 21º e o 32º colocado, em virtude de pontuações tão próximas entre si.
De modo a entendermos melhor esse processo de classificação, é preciso saber que o que coloca um aluno dentro de um grupo específico é seu nível de conhecimento, e sua classificação no interior deste grupo dependerá de sorte.
Como assim sorte?
Inegavelmente, o fator sorte está presente em todas os concursos para todos os candidatos. Caso contrário, seria muito comum observar candidatos gabaritando provas. Em outras palavras, é impossível ter pleno domínio e conhecimento sobre todos os tópicos do edital. Todos os concorrentes “chutam” vários exercícios em uma prova, na esperança de estarem corretos e a sorte a seu favor.
Entretanto, não é a sorte que aprova um candidato, mas sim seu nível de conhecimento. Como abordado anteriormente, os candidatos podem ser classificados em grupos de conhecimento. O fator sorte apenas os organiza, aleatoriamente, dentro deste grupo específico.
É importante ter isto em mente, pois há muitos que acreditam que só passa em concurso quem tem sorte. E isto não é verdade. Não há aleatoriedade entre o 1º e o 50º colocado, mas uma grande diferença de experiência, conhecimento, metodologia de estudo. A aleatoriedade aparece, sim, em colocações próximas umas às outras.
Como lidar, então, com concursos com poucas vagas? Não devo fazer?
Veja, é preciso ser bastante criterioso ao analisar a viabilidade de se focar para um certame com poucas oportunidades. Sendo assim, devemos ponderar o seguinte:
Caso a resposta seja negativa, está é a oportunidade. Logo, por mais que as possibilidades sejam menores, elas ainda existem. Ademais, no pior dos casos, o candidato estará ganhando experiência. E experiência faz diferença.
Por outro lado, caso a resposta seja afirmativa, isto é, há outras opções a se considerar, iremos a um segundo questionamento:
Se sim, e achar que este é O CONCURSO que te atende, e não as outras opções, deve-se focar e estudar com afinco. Além disso, adotar uma estratégia mais objetiva, talvez com o apoio de um coach e, até mesmo, aumentar o tempo de estudo, buscando maiores quantidades de revisões. Ademais, focar na resolução de exercícios médios/difíceis, deixando as questões fáceis um pouco de lado.
Caso o candidato se considere iniciante ou, até mesmo, intermediário, a melhor opção será focar nos concursos com mais oportunidades. Não obstante, nada impede de ele se inscrever e ir realizar a prova. Como dito, experiência nunca é demais.
Não só o número de vagas deve ser considerado ao analisar a viabilidade de se estudar para um concurso com poucas oportunidades, mas também a existência do cadastro de reserva. Sim, quem é aprovado no CR não possui direito adquirido quanto à nomeação. Todavia, se existe o CR é porque há, no mínimo, uma intenção de o órgão convocar além das vagas inicialmente previstas.
Nesse ínterim, existem um grande número de editais com pouquíssimas vagas, mas com um cadastro de reserva considerável. A experiência nos mostra que, na maior parte dos casos, pelo menos 50% do cadastro de reservas é convocado com o passar do tempo.
Sendo assim, a existência do Cadastro de Reserva é uma variável que pode ratificar a escolha do aluno em participar e focar no certame em questão.
Como visto, comete engano quem pensa que a sorte é que separa os aprovados do restante. Todos os participantes “chutam”, em menor ou maior escala, e, por uma questão estatística, irão ter acertos e erros. Todavia, o candidato mais experiente possui, ainda, estratégias para aumentar a taxa de acertos, como a eliminação de algumas alternativas aparentemente falsas, experiências passadas com exercícios similares, entre tantas outras.
Estudamos para estarmos dentro de grupos avançados, isto é, dentro do grupo dos 5 melhores, ou dos 10 melhores, e assim por diante. Entretanto, nossa classificação no interior deste grupo é imprevisível.
Por fim, ao analisar se irá ou não focar para um concurso com poucas vagas, deve-se levar em consideração seu nível de conhecimento e experiência, e se não existem outras oportunidades melhores no curto prazo.
Um forte abraço
Leandro Ricardo M. Silveira
Instagram: https://www.instagram.com/leandro.rms12/
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