Confira neste artigo um grande resumo sobre Concordância Nominal e Verbal para acertar qualquer questão em concursos públicos.
Olá, pessoal!
O artigo de hoje é sobre um assunto que é figurinha carimbada em quase todas as provas de concursos: Concordância Nominal e Verbal.
Vamos lá?
Começaremos a nossa análise pela Concordância Verbal e, após, finalizaremos com a Concordância Nominal.
A concordância verbal está relacionada ao comportamento do verbo diante de diferentes tipos de sujeitos, predicados, etc.
O sujeito simples é aquele que possui apenas um núcleo.
Desse modo, em regra, o verbo concorda em número e pessoa com o sujeito simples, independentemente da localização do verbo ou do sujeito na frase. Vamos a um exemplo:
Ele foi ao shopping.
“Ele” é sujeito simples, o qual está no singular e na terceira pessoa. Desse modo, o verbo “ir” também deve ser flexionado no singular, concordando com a terceira pessoa, resultando na forma “foi”.
Agora vamos a outro exemplo, em que o sujeito e o verbo estão distantes um do outro:
Meus irmãos, os quais são muito inteligentes, passaram no mesmo concurso.
Veja que o núcleo do sujeito simples é “irmãos” e está no plural, desse modo, o verbo também será flexionado no plural: “passaram”, mesmo ele estando longe do sujeito a que se refere.
Agora iremos adentrar às situações específicas, sendo elas as mais cobradas em provas. São muitas regras, então, fique atento.
As expressões partitivas são: a maioria de, a minoria de, a metade de, um grande número de, entre outras expressões.
Desse modo, quando tivermos, por exemplo, a expressão: “A maioria dos membros”, dizemos que “dos membros” é o determinante, a especificação do partitivo.
Nessa situação, a concordância verbal pode ser realizada em relação ao núcleo do sujeito, que é o partitivo, bem como com o núcleo do determinante do partitivo. Vamos a um exemplo?
A maioria dos membros do clube desistiu da inscrição.
A maioria dos membros do clube desistiram da inscrição.
Perceberam que a concordância pode ser realizada das duas maneiras?
O verbo pode concordar com o núcleo do partitivo “maioria”, o qual está no singular, ou com o núcleo do determinante “membros”, o qual está no plural.
Quando estamos falando de coletivos, temos que ter atenção à estrutura da frase.
Caso o coletivo não tenha um determinante, o verbo irá concordar com o coletivo:
A manada passou pela rodovia.
As manadas passaram pela rodovia.
Agora, caso ele esteja especificado, poderá haver a concordância tanto com o sujeito coletivo, quanto com o determinante:
A manada de elefantes passou pela rodovia.
A manada de elefantes passaram pela rodovia
As manadas de elefantes passaram pela rodovia.
Nesse caso, a concordância é realizada com o numeral que acompanha a expressão. Vamos exemplificar:
Mais de um aluno faltou.
Mais de dois alunos faltaram.
Menos de dois alunos faltaram.
Cerca de 50 alunos faltaram.
Dando sequência ao nosso estudo sobre concordância nominal e verbal, vamos analisar agora a concordância em relação aos números.
Quando o sujeito da frase está relacionado à porcentagem, teremos uma concordância parecida com a concordância dos partitivos.
Em regra, o verbo concorda com o número. Caso seja menor do que 2, irá para o singular, caso seja igual ou maior do que 2, irá para o plural. Porém, se houver determinantes, pode também concordar com o determinante:
1,8% aprovou.
1,8% dos membros aprovou/aprovaram.
5,1% aprovaram.
5,1% da assembleia aprovou/aprovaram.
Porém, quando o sujeito for precedido de um determinante, como “Os”, “Estes”, “Aqueles”, o verbo irá concordar, obrigatoriamente, com o determinante, como podemos ver abaixo:
Os 5,1% da assembleia aprovaram.
De maneira similar, vamos analisar como será a concordância com números decimais:
1,2 milhão foi aprovado. (Sem determinante, fica no singular, pois é menor que 2).
1,2 milhão de reais foi aprovado. (Com determinante, pode concordar com o número).
1,2 milhão de reais foram aprovados. (Com determinante, pode concordar com o determinante).
FIQUE ATENTO: Perceba que não é correto escrever “1,2 milhões“. Sendo a maneira correta “1,2% milhão“, pois o número é menor que 2.
Por fim, caso haja frações, haverá a concordância com o numerador da fração, porém, se houver o determinante, também poderá concordar com ele:
Um quinto chegou.
Dois terços chegaram.
Um quinto dos alunos chegou/chegaram.
Os verbos ter e vir, bem como os seus derivados, como manter e provir, recebem acento diferencial quando estiverem no plural: Elas têm/vêm/mantêm/provêm.
Além disso, os verbos derivados, quando no singular, também recebem acentuação diferencial, porém de outra maneira: Ela mantém/provém. Vamos a alguns exemplos:
Ele tem um barco.
Eles têm um barco.
Ele mantém um asilo.
Eles mantêm um asilo.
O verbo haver, no sentido de existir, é impessoal, ou seja, não há sujeito, e tudo após o verbo é considerado objeto direto. Desse modo, ele permanecerá no singular.
Há pessoas na rua.
Havia alunos na escola.
Houve muitos desastres nos últimos anos.
Outros verbos impessoais também ficarão no singular, como verbos que indicam passagem de tempo ou fenômenos da natureza:
Trovejou bastante ontem.
Faz 5 anos que não a vejo.
Por outro lado, o verbo existir é pessoal, sendo a sua concordância realizada com o sujeito da oração:
Existem animais selvagens no parque.
O computador existe desde o século passado.
Quando o sujeito for modificado pelo pronome relativo “que”, a concordância do verbo será de acordo com o antecedente do pronome. Exemplificando:
O padeiro que fez o pão é simpático.
Os padeiros que fizeram o pão são simpáticos.
Porém, caso haja predicativo do sujeito, ou seja, quando houver algum termo que atribua alguma qualidade ou característica ao sujeito, poderá haver a concordância com o sujeito ou com o predicativo:
Eu fui o primeiro que consegui a aprovação.
Eu fui o primeiro que conseguiu a aprovação.
Já quando tivermos o pronome “quem”, em regra, haverá a concordância do verbo com o próprio pronome, sendo flexionado na 3º pessoa do singular. Porém, também é possível realizar a concordância com o sujeito antecedente do “quem”:
Fomos nós quem chamou o táxi.
Fomos nós quem chamamos o táxi.
Quando houver núcleo do sujeito no singular e núcleo do adjunto no plural, juntamente com o pronome relativo “que”, poderá haver a dupla concordância, desde que não cause incoerência no texto. Não entendeu? Vamos a um exemplo:
O resultado das provas que devastou os alunos.
O resultado das provas que devastaram os alunos.
Isso acontece, pois o pronome relativo “que” pode estar se referindo tanto ao sujeito, quanto ao adjunto.
É possível que o sujeito do verbo seja formado por uma oração. Desse modo, a concordância será realizada no singular:
É necessário ir ao mercado.
Veja que o sujeito é “ir ao mercado”. Sendo que, na forma direta, a frase seria:
Ir ao mercado é preciso.
Vamos a outro exemplo:
Convém ir ao shopping.
O sujeito é “Ir ao shopping”, como podemos perceber na reorganização da frase:
Ir ao shopping convém.
Assim, o verbo permanece no singular (convém).
Locução verbal é formada por um verbo principal e um auxiliar, sendo que apenas o verbo auxiliar irá concordar com o sujeito, ficando o verbo principal invariável:
Eles podem ser médicos.
Veja que o verbo “poder” é o auxiliar, concordando com o sujeito. Já o verbo “ser” é o principal, ficando invariável.
Porém, quando há o verbo impessoal “haver”, temos algumas variações.
Quando o verbo “haver” possuir o sentido de existir, ele torna-se impessoal, sendo que, caso ele seja o principal, ele irá “infectar” o verbo auxiliar, fazendo com que ele também fique invariável:
Pode haver várias situações conflitantes amanhã.
Porém, quando o verbo “haver” for o verbo auxiliar, ele irá variar normalmente, enquanto o principal ficará invariável:
Não haveriam de faltar roupas para o evento.
Nesse caso, a concordância sempre será feita em relação ao artigo. Caso não haja artigo, o verbo ficará no singular:
Os Estados Unidos retiraram as tropas do Afeganistão.
Estados Unidos retirou as tropas do Afeganistão.
A concordância é realizada com a terceira pessoa, e não com a segunda, como muitos pensam:
Vossa Senhoria chegou cedo.
Vossa Excelência dirige bem.
Vamos agora adentrar ao sujeito composto, que é aquele que possui mais de um núcleo, os quais, juntos, formam apenas um sujeito.
Em regra, caso o sujeito venha antes do verbo, haverá a concordância no plural:
Eu e você iremos ao cinema.
Porém, caso o sujeito venha depois do verbo, a concordância pode ser feita com o núcleo mais próximo ou com o todo (indo para o plural):
Iremos eu e você ao cinema.
Irei eu e você ao cinema.
Quando há ações recíprocas, é porque o(s) núcleo(s) praticam e sofrem a ação. Sendo assim, o verbo irá para o plural:
Os professores se abraçaram.
O aluno e o professor se abraçaram.
Quando os núcleos do sujeito composto forem palavras em gradação, o verbo poderá concordar com o mais próximo ou com o todo (plural). Como podemos ver abaixo:
Um dia, um mês, um ano não é suficiente.
Um dia, um mês, um ano não são suficientes.
No caso de termos resumidores, como tudo, nada, nenhum, a concordância do verbo será feita com o termo, ou seja, ficará no singular:
As árvores, os animais, os rios, tudo faz parte da natureza.
Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza, nenhum desses lugares está frio.
Quando, em um sujeito composto, os seus núcleos forem conectados pela preposição “com”, em que ela indicar inclusão dos núcleos na ação, a concordância verbal será realizada no plural:
Eu com meu irmão fomos ao parque.
Porém, caso a expressão esteja isolada por vírgula, o sujeito será singular, permanecendo o verbo também no singular:
Eu, com meu irmão, fui ao parque.
No caso acima, “com meu irmão” é um adjunto adverbial de companhia deslocado, e não parte do sujeito, por isso ficará no singular, uma vez que a forma direta seria:
Eu fui ao parque com meu irmão.
Quando o sujeito composto possui expressões como “assim como”, bem como”, “tanto quanto”, a concordância será, preferencialmente, de acordo com o primeiro termo, mas também pode ser em relação ao todo:
Eu, assim como meu irmão, fui/fomos ao shopping.
Quando houver a presença do “ou” aditivo ou inclusivo, o verbo irá para o plural:
O professor de matemática ou o professor de física não saberão isso. (Nenhum dos dois saberão isso)
Porém, quando o “ou” indicar uma exclusão, o verbo irá para o singular:
Marcos ou João vencerá o prêmio. (Apenas um deles vencerá).
Já quando houver o emprego do “nem”, o qual significa uma adição (igual a “e não”), o verbo irá para o plural, em regra:
Nem o professor de matemática nem o professor de física saberão isso (Nenhum dos dois saberão isso).
Porém, quando o verbo anteceder o sujeito, poderá usar singular ou plural:
Não faltava/faltavam nem o João nem a Maria.
Quando houver o verbo ser com nomes relacionados a tempo e distância, a concordância será de acordo com o predicativo:
São 9 horas.
É apenas 1 km até a minha casa.
São 23 metros de fita.
Nesse caso, o verbo ficará no singular, como podemos ver abaixo:
10 dias é muito para fazer esse trabalho.
2 tempos é pouco para um jogo de futebol.
5 kg é tudo que eu preciso.
Já para datas, pode haver a concordância no singular ou plural:
Hoje é (dia) 20 de agosto.
Hoje são 20 (dias) de agosto.
Finalizada a Concordância Verbal, vamos agora aprender sobre Concordância Nominal, ou seja, como os determinantes dos substantivos devem concordar com ele (não há a presença de verbos nessa análise).
Em regra, haverá a concordância em número e gênero com o substantivo:
Ela é bonita.
Elas são bonitas.
Porém, há diversos casos especiais, os quais veremos agora.
Quando um mesmo adjetivo se referir mais de um substantivo, a concordância poderá ser realizada com o substantivo mais próximo ou com o todo:
Eu vi vários professores e professoras educadas.
Eu vi vários professores e professoras educados.
Porém, o caso acima apenas ocorre quando o adjetivo vier após os substantivos. Caso ele venha antes, apenas haverá a concordância com o mais próximo:
Eu comi boa sobremesa, entrada e prato principal.
Porém, caso o adjetivo esteja exercendo a função de predicativo, também poderá haver a concordância no plural, além da concordância em relação ao mais próximo:
Estavam gostosas as sobremesas e o prato principal.
Estavam gostosos as sobremesas e o prato principal.
Já quando tivermos um adjetivo composto, em regra, apenas o segundo termo irá variar, concordando com o substantivo:
Os estudantes luso-brasileiros chegaram hoje.
Porém, quando houver algum substantivo na composição do adjetivo, ele ficará invariável:
Sapatos amarelo-ouro.
Camisas verde-limão.
Tapetes cinza-escuro.
A SABER: Alguns são sempre invariáveis, como cor-de-rosa, zero-quilômetro, azul-marinho, entre outros.
Por fim, quando os dois termos forem adjetivos, os dois serão flexionados:
A menina surda-muda.
Os meninos surdos-mudos.
Quando houver a presença de expressões como “É possível”, “É necessário”, “É proibido”, em regra, eles não serão flexionados. Porém, caso eles sejam seguidos por artigo, haverá a concordância:
É necessário estudar.
É necessária a presença dos alunos.
Já a expressão “Em anexo”, irá concordar com o termo a que se referem:
Seguem anexas as imagens.
Segue anexo o relatório.
Pessoal, chegamos ao fim da nossa análise de Concordância Nominal e Verbal. Espero que vocês tenham gostado.
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Bons estudos a todos e até a próxima!
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