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Como estudar assuntos difíceis e temas complexos

Nesse artigo, iremos abordar estratégias para estudar assuntos difíceis e temas complexos. Com as nossas dicas, você poderá superar as suas dificuldades e obter a aprovação!

O Estratégia realizou, no mês de julho, um webinário intitulado “Assuntos Difíceis. Como entender disciplinas e temas complexos”.

Como o tema representa uma importante dúvida de muitos alunos, resolvemos transformá-lo, também, em artigo.

https://www.youtube.com/watch?v=O-l8aXQSl2g&t=3504s

Todo concurseiro se depara, em algum momento da sua caminhada, com um assunto ou, às vezes, uma disciplina inteira na qual apresenta dificuldade.

Sabe aqueles assuntos complicados, que estudamos, mas não entendemos? Aqueles nos quais apresentamos um percentual de erros acima da média?

Será que temos que gastar tanta energia com esses assuntos? Qual a melhor estratégia para estudar assuntos difíceis e temas complexos?

Essas não são perguntas simples de serem respondidas. Você não precisa ser um expert em todos os pontos do conteúdo programático. O seu objetivo, para alcançar a aprovação, é acertar o maior número de questões possível na sua prova.

Quais são os motivos para um assunto ser considerado difícil?

O primeiro passo para aprendermos a estudar assuntos difíceis e temas complexos é conseguir identificá-los. Para tanto, existem algumas características que definem os assuntos difíceis. São elas:

Difícil compreensão. Sabe quando você realiza a primeira leitura e não consegue compreender quase nada do que leu? Esse é, definitivamente, um assunto complexo;

Baixo percentual de acertos. Às vezes, ao realizarmos a primeira bateria de questões, obtemos um rendimento muito aquém do esperado. Isso cria uma barreira nos seus estudos, uma certa aversão à matéria, como uma sensação de que aquilo nunca se tornará trivial;

Alta interdisciplinaridade ou abrangência de vários outros temas. O assunto pode ser difícil porque se relaciona com outras disciplinas, com as quais você não apresenta familiaridade. Por exemplo: para entender Administração Financeira e Orçamentária, é essencial que você tenha uma boa base em Direito Constitucional. Um outro exemplo ocorre quando a compreensão das primeiras aulas de uma disciplina só é adquirida ao final do curso.

Ser muito subjetivo ou genérico demais. Esse aspecto causa muita frustração, especialmente quando a prova é elaborada por certas bancas, como a Cebraspe, pois abre margem para muita interpretação, o que deixa o aluno em dúvida em relação ao gabarito. Além disso, alguns assuntos são muito abrangentes, como é o caso de Administração Pública, o que causa uma certa insegurança por parte do aluno.

Causas mais comuns

As causas destacadas merecem atenção, pois costumam indicar um gargalo na sua preparação, o qual precisa ser superado. Entretanto, as causas mais comuns para que um assunto seja considerado difícil são:

– O pouco contato com a matéria

Muitas vezes, o aluno, ao se deparar com um assunto difícil, acaba restringindo o seu contato com aquele assunto, por ter criado uma barreira. Porém, quanto mais consideramos um determinado assunto complexo, maior é a frequência com a qual ele deve ser incluído em nosso ciclo de estudos, com o objetivo de superar aquela dificuldade.

Na figura abaixo, é possível observar que é necessário um maior tempo para que o aluno assimile um assunto difícil e, consequentemente, aumente seu percentual de acertos naquele assunto:

Para se obter uma taxa de acertos média em assuntos difíceis e temas complexos, é necessário ter maior contato com a matéria. A linha verde representa o assunto fácil, enquanto a linha vermelha representa o assunto difícil. No segundo caso, é necessário um maior contato constante com a matéria, a fim de aumentar a curva de acertos.

“A curva do assunto difícil não vai ser uma linha reta. Para percorrer esse caminho, tem que ter muita paciência.”

– Uma base frágil

Para entendermos os aspectos mais complexos de uma disciplina, é importante que tenhamos uma base sólida quanto aos seus conceitos iniciais, que são essenciais para a compreensão dos demais aspectos. Ou seja, a dificuldade pode estar atrelada a uma pressa de querer estudar os temas mais complexos, sem ter dominado os temas introdutórios.

Como pudemos perceber, o fato de uma disciplina ou um tema ser considerado complexo não é algo imodificável. Entendendo a causa da dificuldade, fica mais fácil elaborar uma estratégia para a resolução do problema.

Mas é importante deixar claro que, para vencer as suas dificuldades, você precisa pagar um preço. Não é simples se familiarizar com um assunto complexo, pois exige muito esforço e dedicação. Porém, é, sem dúvidas, possível, e só depende de você.

Em quais disciplinas os concurseiros apresentam maior dificuldade?

Em uma enquete realizada pelo Estratégia, os resultados mostram que Português e Raciocínio Lógico-Matemático são as duas disciplinas mais complexas para os alunos.

Muitos alunos apresentam dificuldades nessas matérias por falta de contato com elas.

Um ótimo exemplo é o Português: por terem tido contato com a matéria durante todo o ensino médio, muitos candidatos acreditam que não precisam estudar novamente, durante a preparação para concursos públicos. Esse é um grande erro, pois Português é sempre cobrado em provas e, na maioria das vezes, determina a classificação final do certame.

Por isso, é essencial se familiarizar não apenas com o conteúdo, mas também com a forma pela qual as bancas costumam cobrar o conteúdo. Para alcançar esse objetivo, não tem alternativa. É preciso manter um contato permanente com a matéria. Entre as técnicas para aumentar esse contato, estão, principalmente, as revisões e a resolução de questões.

Como estudar assuntos difíceis e temas complexos?

1. Abandono do perfeccionismo

É preciso entender que o estudo para concursos públicos não é uma linha reta, em que você aumenta o seu percentual, de forma constante, até alcançar os 100% de acertos.

Muitas vezes, ao estudar assuntos difíceis e temas complexos, você perceberá que o percentual nunca chegará perto dos 100%. E não é necessário alcançar um rendimento de 100% em todas as matérias.

“É utópico pensar que a sua evolução vai ser ascendente até alcançar os 100%. Não vai.”

É claro que depende da matéria e, principalmente, do número de questões e do peso dela em sua prova. Quando uma matéria é muito relevante, é essencial insistir, para alcançar o melhor rendimento possível até a prova.

Porém, não podemos ser perfeccionistas. Não devemos achar que precisamos saber tudo sobre todos os assuntos.

2. Estudo ativo/passivo

A recomendação, normalmente, é de que o aluno priorize o estudo ativo (leitura) durante a sua preparação. Isso se baseia no fato de que o PDF é mais completo e mais rápido de ser estudado, além de que, ao grifar o PDF, você elabora o seu material de revisão.

Entretanto, em alguns momentos, você irá perceber que o estudo passivo (videoaula) tem o seu valor. As videoaulas tendem a ser mais didáticas, e são indicadas para os temas mais complexos.

Uma boa estratégia é intercalar o estudo passivo e o estudo ativo. No tocante ao Raciocínio Lógico Matemático, por exemplo, se não estiver conseguindo resolver as questões, você pode acessar a videoaula e buscar compreender a resolução do professor. Quando tiver compreendido, você deve retornar às questões e tentar resolvê-las sozinho.

Quando ficamos só no estudo passivo, ou seja, apenas alheios ao conteúdo e sem, efetivamente, colocar a mão na massa, temos mais dificuldade na hora de resolver as questões.

3. Leitura da lei seca

Muitas questões de prova são reproduzidas, integralmente, a partir de dispositivos da legislação. Assim, desenvolvendo o hábito de leitura da lei seca, você estará treinando o seu subconsciente para a hora da prova.

Algumas vezes, ao se deparar com uma questão de prova, você pode não lembrar da integralidade do dispositivo, mas percebe que algumas assertivas parecem estranhas, o que te auxilia a chegar na resposta correta.

4. Questões

A resolução de questões representa a melhor forma de medir o seu desempenho. Quando você não obtém um bom percentual de acertos nas questões, isso significa que não conseguiu assimilar o conteúdo de forma adequada.

Ao resolver questões, você deve realizar um mapeamento das falhas, isto é, identificar em quais pontos houve uma falha no conhecimento.

Mais importante do que resolver as questões é adequar o resultado à sua estratégia de estudo. Quando erramos muitas questões, precisamos preencher as lacunas existentes no estudo do tema.

E como você consegue preencher lacunas?

Lendo os comentários, de forma a aprender com os seus erros e fazendo revisões dos assuntos nos quais apresentou uma taxa de erros elevada.

5. Revisões

As revisões, que podem ser realizadas tanto de forma ativa (leitura) quanto de forma passiva (videoaulas), devem ser periódicas.

Fazendo revisões periódicas, você estará sempre retomando o conteúdo estudado e solidificando o tema na sua mente. Isso fará com que você esteja em constante contato com os assuntos difíceis e temas complexos, o que os tornarão, com o tempo, mais descomplicados.

A importância da memorização

Em determinados momentos, a memorização se torna muito importante. Existem alguns pontos que exigem memorização por parte do candidato.

Muitas vezes, ficamos querendo compreender tudo, o que representa um erro, pois, ao estudarmos assuntos difíceis e temas complexos, certos pontos não exigem compreensão, e sim memorização.

Além disso, às vezes, memorizando o conteúdo, você acaba, com o tempo, o compreendendo.

É importante compreendermos que a memorização é um processo. Ninguém memoriza de uma vez só, é preciso estar sempre repassando o conteúdo. Aqui, retomamos a ideia de abandono do perfeccionismo. Não fique querendo decorar tudo de primeira, pois a memorização vem com o tempo. Às vezes, aquilo que você identifica que precisa decorar se torna natural após ser visto muitas vezes.

Portanto, filtre o que você precisa memorizar. Nossa mente tem um limite e, dessa forma, não é possível decorar tudo. Por isso, devemos filtrar o que vale a pena ser memorizado e o que não vale. E nós só conseguimos perceber isso através de uma relação custo x benefício.

Relação Custo x Benefício de assuntos difíceis e temas complexos

Segundo a lógica da relação custo x benefício, nós devemos alocar a nossa energia de acordo com a importância dos temas. Isso acontece porque temos um estoque limitado de energia, e não vale a pena gastá-la em assuntos que caem muito pouco. É preferível que você concentre a sua energia em assuntos mais relevantes para a sua prova.

Conhece o princípio de Pareto? Segundo essa regra, aplicada ao âmbito dos concursos públicos, 20% do conteúdo responde por 80% das questões de prova.

Portanto, é essencial que, na hora de estudar assuntos difíceis e temas complexos, você filtre os conteúdos, a fim de concentrar o seu gasto de energia nos pontos mais relevantes e, dessa forma, obter um estudo mais eficiente.

“Quando você não observa a análise estatística dos assuntos e tenta estudar tudo no mesmo nível, acaba gastando o tempo que poderia usar para estudar aquilo que mais, estudando o que não cai.”

Conclusão

Diante do exposto, podemos concluir que, ao nos depararmos com assuntos difíceis, não podemos fugir deles, pois podem nos custar a aprovação.

Devemos enfrentá-los, e o primeiro passo é compreendermos que necessitamos estar em contato constante com esses temas, pois é isso que nos fará compreendê-los e acertar as questões de prova.

Além disso, precisamos entender que a curva, nesses pontos, não é linear. É preciso paciência para que consigamos observar um crescimento da taxa de acertos.

A paciência é a regra, quando falamos de estudar assuntos difíceis e temas complexos. Quando entendemos que nada ocorrerá de um dia para o outro, a nossa caminhada se torna mais leve.

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CONCURSOS 2020

Julia Soares de Moura Figueira de Mello

Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), em 2018. Aprovada em 2° lugar no concurso do TRF da 3a Região, para o cargo de Técnico Judiciário.

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