Mais uma questão do nosso curso de questões contextualizadas, esquematizadas e comentadas!
(FGV – Técnico Superior Especializado (DPE RJ)/Administração/2014)
Desde sua introdução, em 1992, com clássico artigo de Robert Kaplan e David Norton publicado pela Harvard Business Review, o Balanced Scorecard vem trazendo mudanças significativas aos processos de planejamento estratégico empresariais que podem ser creditadas principalmente ao fato de o instrumento
a) privilegiar os resultados financeiros e o valor adicionado aos acionistas.
b) facilitar a implementação da filosofia do foco no cliente.
c) estabelecer relação entre o custeio das atividades, a margem de contribuição dos produtos e a lucratividade.
d) reorientar a estratégia em torno das competências essenciais.
e) integrar e relacionar os elementos, objetivos e perspectivas que geram valor ao longo do tempo.
Comentário:
Antes de iniciarmos a resolução da questão, vamos dar uma conferida na parte teórica que explica o surgimento do modelo de gestão denominado Balanced Scorecard.
Inicialmente, os sistemas de medidas de desempenho organizacional eram compostos, basicamente, de aspectos financeiros ou quantitativos. No entanto, o crescente aumento da concorrência e as diversas imposições de ambientes dinâmicos impôs diversas limitações a esse modelo de medição de desempenho tradicional.
Era preciso incorporar à avaliação organizacional critérios outros que não apenas quantitativos ou financeiros, tais como ativos intangíveis e intelectuais, qualidade de produtos e serviços, a habilidade e motivação de funcionários, os processos internos eficientes e consistentes, além, é claro, de clientes satisfeitos.
Assim, foi dessa necessidade que surgiram os primeiros passos de desenvolvimento de uma ferramenta que procurasse fornecer essa visão de conjunto sob diferentes dimensões do desempenho: o Balanced Scorecard (BSC), também chamado de Indicadores Balanceados de Desempenho ou Placar Balanceado.
Assim, o BSC foi proposto por Robert S. Kaplan e David P. Norton em 1992 como um modelo de medição de desempenho ou de gestão estratégica, cuja principal característica é a relação de indicadores financeiros e não-financeiros, explicitando as relações causa-efeito entre seus indicadores de forma sistêmica.
De acordo com Kaplan e Norton (1997)[1], o nome Balanced Scorecard (BSC) reflete o balanço estabelecido entre objetivos de diferentes naturezas:
Pois bem! Podemos definir o BSC como um método de gestão focado no equilíbrio organizacional, com aplicação no âmbito do planejamento estratégico, baseando-se em quatro perspectivas básicas resumidas em quatro questionamentos (CHIAVENATO, 2008)[3]:
Esses tópicos iniciais já nos permitem resolver a questão! Vamos lá?
Primeiramente, note que o enunciado possui um termo que destaca bem a resposta que vamos escolher: “principalmente”.
A letra A está INCORRETA. O BSC não busca privilegiar, “principalmente”, os resultados financeiros (finanças) e o valor adicionado aos acionistas (processos internos), pois possui outras duas perspectivas bem delineadas: “clientes” e “aprendizagem, inovação ou crescimento”.
A letra B está INCORRETA. O BSC não busca facilitar, “principalmente”, a filosofia do foco no cliente. Como vimos, a filosofia do cliente é uma das quatro perspectivas.
A letra C está INCORRETA. O BSC não busca estabelecer, “principalmente”, a relação entre o custeio das atividades, a margem de contribuição dos produtos e a lucratividade, pois tudo isso se refere apenas a uma das perspectivas, a financeira.
A letra D está INCORRETA. O BSC não busca reorientar, “principalmente”, a estratégia em torno das competências essenciais, pois elas dizem respeito a apenas uma das quatro perspectivas, qual seja, a de aprendizado.
A letra E está CORRETA. O BSC busca, “principalmente”, integrar e relacionar os elementos, objetivos e perspectivas que geram valor ao longo do tempo. Esses elementos, objetivos e perspectivas refletem a própria estratégia da organização. Por fim, sob a orientação de quatro perspectivas amplas, o Balanced Scorecard foca naquilo que realmente cria valor para a organização.
GABARITO: E.
[1] KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P.. A Estratégia em Ação: Balanced Scorecard. Rio de Janeiro: Elservier, 1997.
[2] Quanto à questão da natureza dos indicadores lagging e leading, temos que os lagging indicators ou indicadores de resultados caracterizam-se por medirem apenas ações passadas ou seja, resultados de eventos já sucedidos. Por sua vez, os leading indicators ou indicadores indutores medem atividades que conduzem, direcionam ou induzem a resultados futuros.
[3] CHIAVENATO, I.. Administração geral e pública. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
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