Índice de notícias
Brasil suspende participação na Celac
China está levando sua luta ideológica para o exterior
Países insistem que Irã cumpra acordo nuclear de 2015
EUA sancionam Luis Parra e outros deputados que tentaram barrar reeleição de Guaidó
Teerã nega ter tentado encobrir responsabilidade por queda de avião
Depois dos americanos, o Irã enfrenta os iranianos
Qual o papel da Rússia e da Turquia no conflito da Líbia
Interior da Venezuela entra em colapso
Os direitos humanos no Brasil e no mundo, segundo esta ONG
EUA e China assinam acordo após 2 anos de guerra comercial: o que mudou ao longo da disputa?
Como a Europa aumenta a pressão contra o Irã
EUA devem adotar outras medidas de apoio ao Brasil para afastar críticas
Qual o contexto da queda do primeiro-ministro da Rússia
Por que a ideia de que a América Latina pende à esquerda ou direita perdeu o sentido
Secretário de Defesa desmente Trump e diz não saber de plano de Soleimani contra embaixadas
(12/01/2020) BBC – Leia na íntegra
O governo brasileiro formalizou nesta quarta-feira (15/01) a decisão de suspender a participação do país na Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), um organismo internacional composto por 33 países, sem a presença dos Estados Unidos.
O governo do presidente Jair Bolsonaro ignorou apelos do México – que assumiu este ano a presidência da Celac – para que o país voltasse a participar ativamente do organismo. Uma nota do Itamaraty afirma que o Brasil “não considera estarem dadas as condições para a atuação da Celac no atual contexto de crise regional”.
Entre os motivos para a decisão brasileira estariam os fatos de o governo Bolsonaro na ver com bons olhos a participação de Cuba na entidade e de a representação da Venezuela ser composta de membros do governo do presidente Nicolás Maduro.
(16/01/2020) Nexo Jornal, por João Paulo Charleaux – Leia na íntegra
Dos anúncios oficiais publicados no site da Embaixada da China na Suécia no ano passado, quase dois terços são ataques vituperantes contra jornalistas, políticos e outras figuras públicas suecas.
“Algumas pessoas na Suécia não deveriam esperar se sentir à vontade depois de ferir os sentimentos do povo chinês e os interesses do lado chinês”, foi uma explosão típica, levemente ameaçadora.
A embaixada na Suécia tem sido o exemplo mais agressivo da nova “diplomacia ao estilo de lobo” da China nos últimos anos. Mas está longe de ser o único.
A chave para entender essa beligerância está nas políticas e prioridades que compõem o “pensamento Xi Jinping”. Em vários discursos e documentos oficiais, o presidente chinês descreve uma luta amarga entre o “socialismo com características chinesas” e as “forças ocidentais anti-China”, com suas ideias “extremamente maliciosas” de liberdade, democracia e direitos humanos.
(13/01/2020) Agência Brasil, por NHK – Leia na íntegra
Os líderes do Reino Unido, da Alemanha e da França emitiram declaração conjunta insistindo que o Irã se comprometa a cumprir o acordo nuclear de 2015.
O documento, divulgado nesse domingo (12), lamenta a decisão dos Estados Unidos, feita em 2018, de se retirar do acordo, e expressa preocupação sobre o efeito de novas sanções econômicas ao Irã.
A declaração também se refere a violações do acordo por parte de Teerã desde julho de 2019, e insiste que o Irã reverta todas as medidas inconsistentes com o acordo e passe a cumpri-lo por completo.
((13/01/2020) Folha de S. Paulo – Leia na íntegra
Os Estados Unidos impuseram sanções nesta segunda-feira (13) a sete parlamentares da Venezuela leais ao ditador Nicolás Maduro, por bloquear o acesso de Juan Guaidó ao prédio da Assembleia Legislativa.
No início de janeiro, soldados impediram Guaidó de acessar o Congresso por tempo suficiente para que o PSUV, partido do ditador Nicolás Maduro, apontasse o deputado Luis Parra como líder do Parlamento, cargo ocupado por Guaidó até então.
Em uma sessão separada, na sede de um jornal, deputados de oposição reelegeram Guaidó e depois voltaram ao prédio do Congresso. Isso gerou um impasse, pois o Parlamento ficou com dois presidentes eleitos, sem estar claro quem de fato comanda a Casa.
Parra foi um dos alvos de sanções. Os outros parlamentares atingidos pela medida são Jose Noriega, Franklyn Duarte, Jose Brito, Conrado Perez, Adolfo Superlano e Negal Morales.
((13/01/2020) Agência Brasil, por RTP – Leia na íntegra
O governo iraniano negou hoje (13) ter tentado encobrir a responsabilidade das autoridades do país no acidente com o avião ucraniano atingido “por erro” em 8 de janeiro, perto de Teerã.
“Nesses dias de tristeza, críticas foram dirigidas aos responsáveis e às autoridades do país. Alguns responsáveis foram até acusados de mentir e tentar encobrir o assunto, quando realmente, honestamente, não foi o caso”, disse o porta-voz do governo iraniano, Ali Rabii, aos jornalistas.
“A verdade é que não mentimos. Mentir é disfarçar a verdade, intencional e conscientemente. Mentir é sufocar informações. Mentir é conhecer um fato e não o dizer ou distorcer a realidade” desse fato, acrescentou Rabii.
(13/01/2020) Nexo Jornal, por João Paulo Charleaux – Leia na íntegra
Pelo terceiro dia seguido, iranianos saíram às ruas da capital do país, Teerã, no domingo (12), para protestar contra o governo. Os protestos aumentam a pressão, no plano interno, de um governo que já enfrenta grande pressão internacional, com ameaças de guerra, embargos e isolamento crescentes.
No sábado (11), o presidente do Irã, Hassan Rohani, admitiu que as forças armadas iranianas derrubaram por engano o Boeing 737 que caiu na quarta-feira (8) nas proximidades de Teerã, matando todas as 176 pessoas a bordo. O governo fala em falha humana, culpa de um militar que tomou uma “má decisão”.
O ataque, fruto de um “erro desastroso”, segundo Rohani, ocorreu no mesmo dia em que o Irã lançou mísseis contra bases aéreas dos EUA no vizinho Iraque, em resposta ao assassinato de seu principal comandante militar, Qassim Suleimani – morto por drones americanos em Bagdá no dia 3 de janeiro.
A escalada militar com os EUA, o ataque acidental ao avião de passageiros e a condenação internacional que se seguiu ao incidente foram fatos acompanhados, na mesma semana, pela aplicação de novas sanções ao Irã por parte do governo americano.
(14/01/2020) Nexo Jornal, por João Paulo Charleaux – Leia na íntegra
Os governos da Rússia e da Turquia anunciaram na segunda-feira (12) que estão perto de alcançar um cessar-fogo definitivo que possa levar ao fim da guerra na Líbia.
O anúncio foi feito pelas chancelarias russa e turca numa conferência conjunta realizada em Moscou. Se confirmado, o acordo colocará fim numa guerra que já deixou 9.000 mortos em quatro anos.
O capítulo mais recente deste conflito teve início em 2014, mas suas raízes remontam à queda do ex-presidente líbio Muammar Gaddafi, em 2011. A mudança de regime fez a economia do país exportador de petróleo despencar e o território ser dividido entre diferentes facções.
No conflito em curso, a Turquia apoia Fayez Al-Sarraj, que controla a capital, Trípoli. Ele lidera o que as Nações Unidas chamam de Governo de Unidade Nacional. A Rússia, por sua vez, apoia o marechal Khalifa Haftar, que avança com suas forças a partir do enclave de Tobruck e almeja unificar o país sob seu comando.
(14/01/2020) Estadão, por Anatoly Kurmanaev – Leia na íntegra
De seu palácio em Caracas, o presidente Nicolás Maduro projeta uma imagem de força e seu controle sobre o poder parece estar seguro. Os moradores dispõem regularmente de eletricidade e gasolina. As lojas estão repletas de mercadorias importadas.
Mas para além da capital, essa aparência de ordem rapidamente se dissipa. A fim de preservar a qualidade de vida de seus mais importantes defensores, que são as elites políticas e militares do país, o governo investiu em Caracas os recursos cada vez menores do país e abandonou grandes áreas da Venezuela.
“A Venezuela está falida como Estado, como país”, disse Dimitris Pantoulas, analista político em Caracas. “Os poucos recursos disponíveis são investidos na capital para proteger a sede do poder, criando um miniestado em meio ao colapso.”
Em grande parte do país, funções básicas do governo, como policiamento, manutenção de estradas, assistência médica e serviços públicos, foram abandonadas.
(14/01/2020) Nexo Jornal, por André Cabette Fábio – Leia na íntegra
O relatório anual da organização não-governamental Human Rights Watch, lançado na terça-feira (14), faz um balanço de 652 páginas sobre a situação dos direitos humanos ao redor do mundo entre o final de 2018 e novembro de 2019.
No documento deste ano, a instituição faz um destaque especial para o caso da China. Na avaliação da Human Rights Watch, o país promove abusos sistemáticos contra os direitos humanos da sua população, ao implementar sistemas de vigilância draconianos e fazer prisões arbitrárias. Além disso, faria uso do seu poderio político e econômico para atacar o sistema internacional de direitos humanos, que considera uma ameaça ao seu governo.
A Human Rights Watch é uma das instituições dedicadas à defesa dos direitos humanos mais reconhecidas do mundo. Ela foi fundada em 1978, inicialmente com o objetivo de avaliar se a União Soviética estava cumprindo compromissos no campo dos direitos humanos. Hoje, tem sede em Nova York e escritórios em várias partes do mundo, incluindo o Brasil. Todos os anos, publica seu relatório sobre a situação dos direitos humanos em dezenas de nações.
O documento sobre 2019 traz detalhes sobre mais de 100 países. O Brasil é criticado pela situação de seus presídios, pela tentativa do governo Bolsonaro de ampliar o excludente de ilicitude para policiais e pelo enfraquecimento do sistema de defesa do meio ambiente, entre outros pontos.
(15/01/2020) O Globo, por Eliane Oliveira – Leia na íntegra
Em nota divulgada nesta quarta-feira, o governo brasileiro enfatizou ter recebido com satisfação a notícia de que os Estados Unidos apresentaram hoje ao Conselho da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) a proposta de início imediato do processo de acessão do Brasil à organização. Para o Ministério das Relações Exteriores, a decisão dos EUA poderá facilitar o processo de expansão da OCDE.
“Trata-se de passo fundamental para destravar o processo de expansão da organização. Esperamos que todos os membros da organização cheguem rapidamente a um entendimento que permita o início do processo de acessão do Brasil”, destacou o Ministério das Relações Exteriores em um trecho do comunicado.
A nota refere-se às divergências entre os Estados Unidos e os países europeus sobre a velocidade da expansão do chamado “clube dos ricos”. O governo de Donald Trump tem defendido um processo mais lento para a adesão de novos membros, enquanto a Europa vem propondo desde junho de 2019 a definição imediata de um calendário para o ingresso dos seis países que estão na fila: além de Brasil, Argentina, Romênia, Peru, Bulgária e Croácia.
(15/01/2020) BBC – Leia na íntegra
Independentemente do resultado, a guerra comercial teve importante papel na reconfiguração do relacionamento entre a China e os EUA, além dos impactos na economia global.
Afinal, o que mudou durante quase dois anos de negociações comerciais, que foram uma montanha-russa para os dois países?
(15/01/2020) Nexo Jornal, por João Paulo Charleaux – Leia na íntegra
Os governos da França, da Alemanha e do Reino Unido anunciaram na terça-feira (14) que pretendem voltar a aplicar sanções contra o Irã. A medida marca um endurecimento na posição do trio que, até então, fazia um contraponto moderado à política agressiva dos EUA.
As sanções e os embargos são consideradas medidas de força nas relações internacionais. Elas funcionam como um mecanismo de punição e de pressão. Normalmente, visam restringir o fluxo de investimentos e de produtos no comércio exterior de um determinado país, com a intenção de demovê-lo de fazer algo ou de pressioná-lo numa determinada direção.
Neste caso específico, as sanções europeias, caso voltem a ser aplicadas, terão a intenção de impedir que o Irã desenvolva armas nucleares. O país persa firmou um acordo em 2015 com EUA, França, Reino Unido, Alemanha, China e Rússia no qual assumia o compromisso de não enriquecer material radioativo num percentual que permitisse seu emprego para fins bélicos.
(16/01/2020) O Globo, por Eliane Oliveira – Leia na íntegra
A escolha do Brasil, pelos Estados Unidos, para ter prioridade na próxima rodada de expansão da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) faz parte de um conjunto de medidas a serem adotadas pelo governo americano para se contrapor às críticas de que o alinhamento entre Brasília e Washington é prejudicial ao lado brasileiro.
Nas últimas semanas, o governo de Donald Trump emitiu algumas sinalizações importantes ao governo brasileiro, segundo uma fonte do Itamaraty. Entre elas, estão o apoio a uma eventual candidatura do Brasil a parceiro global da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), fim do embargo à carne bovina in natura ainda este ano e uma atenção maior às negociações para um acordo bilateral de livre comércio.
Ao mesmo tempo, os EUA querem que o Brasil mantenha seus compromissos e seu voto favorável aos americanos nos fóruns internacionais. Por exemplo, o governo brasileiro abriu mão do tratamento especial dado a nações em desenvolvimento na Organização Mundial do Comércio (OMC) em troca do apoio à candidatura à OCDE.
(16/01/2020) DW – Leia na íntegra
O primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, apresentou sua renúncia na quarta-feira (15), juntamente com os membros do seu gabinete, num gesto abrupto, inesperado e incomum para o padrão seguido pela cúpula do poder em Moscou desde os anos 1990.
Para o lugar dele, o presidente Vladimir Putin nomeou Mikhail Michustin, chefe da Receita Federal desde 2010. Michustin tem dois méritos: fez o fisco arrecadar 64% mais impostos entre 2014 e 2018, e é um político hoje incapaz de fazer sombra a Putin. O presidente é o homem forte da política russa há 21 anos ininterruptos, alternando entre o cargo que ocupa atualmente e o de primeiro-ministro.
No sistema semipresidencialista russo, o presidente (Putin) é eleito pelo voto direto e indica quem será seu primeiro-ministro (antes, Medvedev; agora, Michustin). Enquanto o presidente lida com os assuntos de Estado (sobretudo nas relações internacionais), o primeiro-ministro, também chamado de premiê, responde pelos assuntos de governo – do comando do gabinete de ministro à articulação com os parlamentares, passando por todos assuntos da agenda doméstica.
(18/01/2020) BBC, por Gerardo Lissardy – Leia na íntegra
Na região, movimentos pendulares de um polo a outro do espectro político marcaram a última década, que começou com o que ficou conhecido como “maré rosa”, com a eleição de partidos de esquerda em quase todo o subcontinente.
Anos depois, a tendência se inverteu: candidatos mais à direita ascenderam ao poder em países como Argentina, Chile, Colômbia, Peru e Brasil.
Com a eleição do político de esquerda Andrés Manuel López Obrador no México, em julho de 2018, alguns analistas políticos chegaram a se perguntar se a região começava a dar uma nova guinada ideológica.
Mas o balanço da última “maratona eleitoral” na América Latina, com 15 eleições desde 2017, não sinaliza nem uma coisa nem outra.
(18/01/2020) BBC, por Gerardo Lissardy – Leia na íntegra
Os atos ocorreram perto de duas universidades, e há relatos de uso de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes — parte cobrou a saída do líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei.
A reação violenta das forças de segurança aos protestos estudantis pode ter dado força a um segundo dia seguido de protestos nesta segunda-feira (horário local), registrados em redes sociais também em outras cidades do país.
Após dias de negativas, o Irã admitiu neste sábado (11) que derrubou com um míssil por engano o avião da Ukraine International Airlines, em meio à escalada da tensão entre EUA e Irã, provocada pelo assassinato (pelos americanos) do general iraniano Qassam Suleimani.
(12/01/2020) O Globo, por Thomas Gibbons-Neff – Leia na íntegra
WASHINGTON – O secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper, afirmou neste domingo (12) que nunca viu nenhuma peça específica de evidência de que o Irã estivesse planejando ataques a quatro embaixadas americanas. O presidente Donald Trump havia usado na semana passada a suposta existência desses planos como justificativa para a operação que matou um general iraniano e colocou os dois países à beira de uma guerra.
— Eu não encontrei nada a respeito de quatro embaixadas — disse Esper à rede de TV CBS, com ressalvas. — Eu compartilho da visão do presidente de que provavelmente minha expectativa é que eles iriam atrás das embaixadas. As embaixadas são a demonstração mais proeminente da presença americana em um país.
As declarações confusas de Esper e de outras autoridades no domingo se somam ao debate que ocorre desde 3 de janeiro, questionando as razões para o ataque que matou Qassem Soleimani, o general mais importante do Irã. A administração ofereceu justificativas diferentes para a operação.
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