Estou escrevendo para dar as boas vindas ao Professor Rodrigo Fontenelle, que veio se juntar aos demais professores do Estratégia, para auxiliá-lo na busca de seus objetivos relacionados à aprovação em concursos públicos, particularmente na disciplina Auditoria.
Eu e o Prof. Rodrigo já estamos juntos em outros projetos, e a partir de agora escreveremos as aulas do Estratégia em parceria, o que, de imediato, trará as seguintes consequências:
– a qualidade das aulas vai aumentar, pois a atuação em conjunto aumenta a possibilidade de revisão, além de deixar os textos mais completos;
– as respostas às dúvidas serão mais rápidas e completas, pois um de nós poderá cobrir a ausência temporária do outro, por motivo profissional;
– o atendimento pós prova será mais completo, já que um de nós pode vislumbrar uma possibilidade de recurso que o outro não viu.
Resumindo, todos temos a ganhar. O Prof. Rodrigo é meu colega de carreira na CGU, um excelente professor, e muito gente boa. Tem um livro de questões comentadas que ficou muito bem escrito, e que é um excelente material para a resolução de exercícios, de diversas bancas. Segue referência:
Fontenelle, Rodrigo. Auditoria: mais de 219 questões de concursos com gabarito comentado. Rio de Janeiro: Elsevier. 1. ed. 2012.
Os cursos que ministrei sozinho, e que eventualmente sejam relançados em parceria do prof. Rodrigo, serão revisados e ampliados, com a inclusão de questões mais recentes, além do complemento da parte teórica. Já estamos com alguns cursos novos lançados no site. Deem uma olhada:
Auditoria para ICMS/SP: http://www.estrategiaconcursos.com.br/curso/716/auditoria-para-icmssp.html
Questões comentadas de Auditoria para a Receita Federal: http://www.estrategiaconcursos.com.br/curso/715/questoes-comentadas-de-auditoria-p-afrfb.html
Para finalizar, e para que esse texto não fique somente nas boas vindas, seguem três questões comentadas pelo Prof. Rodrigo, que selecionei como exemplo do trabalho desse profissional que, certamente, vai somar bastante na equipe do Estratégia.
1 (ESAF / SEFAZ/SP – APOFP / 2009) – Sempre que se apresentarem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido, deve-se adotar o menor valor para os componentes do Ativo e o maior valor para os componentes do Passivo. É como determina o princípio do (a):
a) Registro pelo Valor Original.
b) Prudência.
c) Atualização Monetária.
d) Competência.
e) Oportunidade.
Comentários:
Embora os princípios de contabilidade estejam mais ligados à disciplina de Contabilidade Geral, frequentemente aparecem questões nas provas de Auditoria que cobram esse conhecimento do candidato. A Resolução CFC nº 1.282/2010, que alterou a Resolução CFC nº 750/93, define, em seu art. 10º, que o Princípio da Prudência “pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais.” (Grifos nossos).
Dessa forma, a adoção do menor valor para componentes do Ativo e o maior valor para componentes do Passivo obedece ao Princípio da Prudência. Cabe ressaltar que a Resolução CFC nº 1.282/2010 trouxe ainda duas importantes mudanças. A primeira é que os Princípios Fundamentais de Contabilidade (PFC) passaram a ser denominados de Princípios de Contabilidade (PC). A outra grande mudança foi a revogação do Princípio da Atualização Monetária, que deixou de ser um Princípio de Contabilidade. Dessa maneira, atualmente são 6 (seis) e não mais 7 (sete) os PC, a saber: Entidade, Competência, Registro pelo Valor Original, Prudência, Oportunidade e Continuidade.
As palavras-chave para identificar que a questão trata do princípio da prudência são: menor valor do ativo e maior valor do passivo. As letras “a”, “d”, e “e” tratam de outros princípios contábeis que serão abordados à frente e a letra “b” apresenta um princípio que não aparece mais na relação de PC, conforme verificado anteriormente.
Resposta: Letra B
2 (FCC / SEFAZ/SP – Fiscal de Rendas / 2009) – O trabalho da auditoria interna:
a) tem maior independência que o de auditoria externa.
b) é responsável pela implantação e pelo cumprimento dos controles internos.
c) deve estar subordinado ao da Controladoria da empresa.
d) deve emitir parecer, que será publicado com as demonstrações contábeis.
e) deve efetuar a revisão e o aperfeiçoamento dos controles internos.
Comentários:
A Fundação Carlos Chagas procurou, nesta questão, verificar o conhecimento do candidato acerca da auditoria interna, mas também das diferenças entre esta e a auditoria independente.
A letra “a” está incorreta, pois ambas têm independência, embora a da auditoria independente seja considerada maior por não ter vínculo empregatício com a entidade auditada.
A alternativa “b” também está errada, já que a implantação e cumprimento dos controles internos são de responsabilidade da própria administração e não da auditoria interna.
A letra “c” é falsa porque a auditoria interna deve estar ligada diretamente a mais alta administração da entidade e não à Controladoria, para que não haja nenhuma influência nos resultados dos trabalhos de auditoria interna.
Quem deve emitir Parecer (atualmente, Relatório de Auditoria Independente) é o auditor independente e não o auditor interno. Dessa forma, a alternativa “d” está incorreta.
Por fim, a letra “e” é a resposta certa, já que é responsabilidade do auditor interno a revisão e o aperfeiçoamento dos controles internos por meio das recomendações contidas no relatório do auditor interno.
Resposta: E
3 (ESAF / CVM / 2010) – Assinale opção falsa a respeito das evidências de auditoria.
a) A quantidade necessária de evidência de auditoria é afetada pela avaliação dos riscos de distorção.
b) A qualidade é fator importante para determinar a suficiência das evidências.
c) A opinião do auditor é sustentada nas evidências de auditoria.
d) As auditorias anteriores não podem ser uma fonte de evidência segura se tiver sido executada por outra entidade de auditoria.
e) A forma primária de obtenção de evidência é a partir de procedimentos de auditoria executados durante o curso da auditoria.
Comentários:
A letra “a” está correta, pois quanto maior for o risco de distorção identificado pelo auditor, maior será a quantidade necessária de evidência de auditoria para que ele possa embasar sua opinião.
A letra “b” também está certa, pois, segundo a NBC TA 500, que trata de evidências de auditoria, Suficiência da evidência de auditoria é a medida da quantidade da evidência de auditoria. A quantidade necessária da evidência de auditoria é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante e também pela qualidade da evidência de auditoria. Portanto, deve-se ficar atento. Suficiência está ligada à quantidade de evidências e adequação à qualidade dessas evidências. Entretanto, são características inter-relacionadas.
Segundo a norma supracitada, a evidência de auditoria “é necessária para fundamentar a opinião e o relatório do auditor. Ela tem natureza cumulativa e é obtida principalmente a partir dos procedimentos de auditoria realizados durante o curso do trabalho. Contudo, ela também pode incluir informações obtidas de outras fontes, como auditorias anteriores ou procedimentos de controle de qualidade da firma de auditoria para aceitação e continuidade de clientes.” (grifos nossos). Dessa forma, as assertivas “c” e “e” estão corretas e a alternativa “d” está errada.
Resposta: D.
Forte abraço.
Claudenir
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