Neste artigo apresentaremos uma estratégia para você estudar e gabaritar banco de dados nas provas de concursos públicos. Daremos dicas importantes para nortear seus estudos e fazer a diferença quando você for encarar esse assunto.
Assim que finalizar esse artigo você estará pronto para montar um bom planejamento e gabaritar as questões das provas!
Para estudar banco de dados de forma eficiente para os concursos, você deve dar atenção especial a alguns pontos. Vamos dividir esse artigo de forma a abordar todos esses pontos:
O serviço público vem se modernizando e se informatizando. Essa mudança tem exigido servidores alinhados à nova realidade, pessoas familiarizadas com informática e com tecnologia da informação.
Dentro dessas disciplinas, banco de dados é um dos assuntos mais cobrados pelas bancas, não só nos editais, mas principalmente nas questões das provas. É muito raro algum concurso que inclua banco de dados no edital e não o cobre em alguma questão da prova.
Esse alto índice de cobrança se deve ao fato de vários órgãos públicos usarem banco de dados. Ainda que os servidores não trabalhem diretamente com o desenvolvimento dos sistemas, são grandes as chances de precisarem acessar e manipular dados em banco de dados.
Portanto, fique atento às dicas deste artigo. Dominar banco de dados vai garantir pontos importantes na sua prova!
A primeira coisa a se ter em mente quando pensamos em TI ou Informática para concursos é que existem dois tipos de concursos: Os concursos para cargos que exigem formação específicas em TI/Informática e os concursos para cargos que não exigem essa formação específica na área, mas que cobram TI e Banco de Dados.
A abordagem é diferente. Nos concursos para cargos de TI o estudo deve ter um escopo maior, alcançando mais detalhes e mais assuntos. Nesses cargos o servidor tende a desempenhar funções mais técnicas, consequentemente a cobrança nas provas é mais abrangente.
Já nos concursos para cargos que não exigem formação específica de TI, o estudo pode ser mais direcionado, com foco nos conceitos principais, nas principais aplicações e na operação dos bancos de dados, afinal, é isso que será exigido do novo servidor.
O foco desse artigo é no estudo de banco de dados para os cargos que não exigem formação específica em TI e áreas afins. Como exemplo temos os concursos das áreas policial, fiscal e controle, que vêm exigindo cada vez mais conhecimento desses assuntos dos candidatos.
Um erro comum aos estudantes que iniciam os estudos de TI é se perderem na infinidade de conceitos e conteúdo, gastando muito tempo para se aprofundar em detalhes que são pouco cobrados nas provas que não exigem formação específica na área.
O melhor caminho que o aluno pode trilhar de forma a não se perder na imensidão desse mundo, é usar as questões como bússola. Dominar o histórico das questões do que já foi cobrado pela sua banca em provas anteriores similares é uma das chaves para o sucesso aqui.
Falaremos mais sobre isso no tópico sobre como filtrar questões.
Não há uma ementa padrão para banco de dados nas provas de concursos públicos, entretanto, olhando as provas mais recentes, podemos verificar os assuntos que mais apareceram nos editais:
Um banco de dados é uma coleção de dados que tenha algum significado. São informações organizadas e armazenadas de forma lógica nos computadores e servidores, de forma que o acesso, a manipulação e o controle dessas informações sejam fáceis e seguros.
Para entender como os computadores armazenam dados e informações, precisamos entender o conceito de ABSTRAÇÃO.
Os computadores só conseguem enxergar 1’s e 0’s. Eles não entendem letras, não entendem voz, só entendem bits (1/0). Um bit é a representação de um sinal elétrico, ele só pode assumir dois valores:
A partir dos bits e das abstrações, conseguimos formar lógicas para que esses 1’s e 0’s passem a ter significados no mundo real.
Ao atribuir significado aos bits, conseguimos gerar abstrações e representações do mundo real. Podemos representar letras, sons, imagens e qualquer outra coisa usando sequências de bits. Cada sequência de bits tem um significado, é assim que as máquinas conversam e é assim que o mundo real pode ser modelado para que os computadores o enxerguem.
Retomando para o conceito de banco de dados, temos uma coleção de dados com algum significado. Temos bits armazenados em uma forma lógica, uma lógica convencionada, e regras de manipulação desses bits. Isso permite, armazenar e manipular os dados dentro dos bancos de dados.
Podemos analisar os dados sobre diferentes ópticas. Podemos olhar os dados, e consequentemente os bancos de dados, com um microscópio, atentando para cada detalhe da implementação. Sob essa óptica estamos preocupados em como as máquinas/computadores enxergam os dados. Aqui estamos no nível mais baixo, usando a modelagem de dados FÍSICA. Um dado pode ser um bit ou uma sequência de bits.
Da mesma forma, podemos olhar para esse mesmo conjunto de dados de longe, sem nos preocupar com os detalhes da implementação ou como o computador vai processar as informações. Aqui estamos no nível mais alto (olhando os dados do alto, de longe), usando a modelagem de dados CONCEITUAL.
Nessa modelagem estamos preocupados em como os homens enxergam os dados e as relações entre os dados. Aqui vemos os dados e o banco de dados sob a óptica dos seres humanos. Um dado pode ser o nome de uma pessoa, uma cor, um endereço, uma temperatura… Na modelagem CONCEITUAL, a abordagem mais cobrada é a Modelagem Entidade Relacionamento (MER).
No meio do caminho temos a modelagem de dados LÓGICA. Essa modelagem faz o meio de campo entre o que o homem vê (modelagem conceitual) e o que o computador vê (modelagem física). Nas modelagens de dados lógicas, os dados são modelados na forma do mundo real (nome, cor, endereço, temperatura…), mas a lógica/arquitetura que o computador usa para armazenar esses dados é respeitada.
O modelo lógico mais cobrado e mais conhecido é o modelo relacional. Os concursos que cobram banco de dados adoram explorar esse tipo de modelagem nas questões, portanto, atenção! Nesse modelo os dados ficam em tabelas e essas tabelas podem ser manipuladas em conjunto para alterar ou acessar os dados.
Dando um exemplo prático. Podemos convencionar que 3 bits serão usados para representar cores (lembre-se que os bits podem assumir os valores 1 e 0, apenas):
Essas convenções sobre o que significa cada sequência de bits são as ABSTRAÇÕES, elas permitem dar sentido aos bits e são a base para modelagens de dados mais complexas e de mais alto nível (conceitual e lógica).
À medida que damos mais significado as sequências de bits, aumentamos a abstração e passamos a entrar em uma óptica onde não falamos mais em 1’s e 0’s, mas já conseguimos criar estruturas e lógicas usando essas abstrações. Veja que agora temos a opção de falar em CORES e não apenas em bits.
Da mesma forma, podemos criar abstrações usando as sequências de bits para representarem: pessoas, imóveis, animais, carros, órgãos públicos…
O primeiro cuidado que o estudante deve ter para entender como banco de dados é cobrado nos concursos, é entender as diferentes formas de representar os dados. Muitas questões de banco de dados exploram esses conceitos.
Perceba que um mesmo conjunto de dados pode ser observado das 3 ópticas, usando qualquer uma das 3 modelagens (física, lógica, conceitual). A escolha de como olhar os dados vai depender do seu objetivo.
Por exemplo, posso olhar para uma pessoa usando um microscópio, o olho nu ou observá-la a partir de um ponto distante. Nas 3 observações temos a mesma pessoa, devo escolher o ponto de vista mais adequado para o meu objetivo.
Assim que vencer o primeiro desafio e entender como o computador vê e armazena os dados, o passo seguinte é se aprofundar nas principais modelagens, montando bons resumos. Tenha atenção especial aos modelos lógicos, em especial ao modelo relacional e aos modelos conceituais, com destaque para o modelo entidade relacionamento. Esses são os modelos mais cobrados em provas.
Por fim, destaque no seu resumo as diferenças entre os principais modelos, as bancas adoram fazer pegadinhas com isso, trocando-os.
Após compreender a modelagem de dados, o foco deve ser na manipulação dos dados dentro dos bancos de dados, aqui entram os assuntos de Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD) e SQL.
Em suma, procure dividir seu estudo na seguinte ordem:
1- Entender o conceito
2- Questões – entender como as bancas cobram
3- Resumos – compile as principais informações em um resumo
4- Revisões – refaça as questões erradas/favoritas + releia o resumo periodicamente
Ao seguir esses passos você estará trilhando o melhor caminho para dominar Banco de Dados nas provas dos concursos!
Nas disciplinas de Tecnologia da Informação e Informática há uma particularidade relevante quando vamos analisar as questões: o escopo aumenta muito para os cargos que exigem formação específica em TI.
Podemos separar as questões em dois grupos:
1- Questões de TI/Informática para cargos que EXIGEM FORMAÇÃO ESPECÍFICA.
2- Questões de TI/Informática para cargos que NÃO EXIGEM FORMAÇÃO ESPECÍFICA nessas áreas.
O aluno que estuda para cargos que NÃO exigem formações específicas de TI/Informática deve ter um cuidado a mais ao selecionar questões nessas disciplinas. O aluno deve entender até onde ele deve se aprofundar no conteúdo. Como a matéria é complexa, é difícil entender onde fica esse limite. É comum alunos gastarem muito tempo em detalhes e assuntos que vão além do que é cobrado para os cargos de formação geral.
A dica é usar as questões como bússola. Inicie os estudos deixando de fora do filtro as questões de provas que exigiram formação específica em TI. Aos poucos, à medida que for dominando mais o conteúdo, o aluno pode entrar, com cautela, nessas questões mais complexas.
Veja bem, não estamos dizendo que esses conteúdos mais complexos não cairão na sua prova, o que estamos afirmando é que eles apresentam um baixo custo benefício para as provas que exigem formações genéricas e, portanto, isso deve ser considerado ao montar sua estratégia.
Entenda como a banca cobrou nas últimas provas que cobraram banco de dados nos concursos de formação genérica, essa deve ser sua bússola que o guiará para achar o limite de até onde vale a pena se aprofundar nos assuntos.
O candidato que domina o histórico da banca nas provas para cargos que não exigem formação específica, está muito bem preparado.
Por fim, invista em um bom material. O estudo de banco de dados para concursos é complexo e por vezes muito abstrato, um bom material vai economizar seu tempo e sua paciência.
O Estratégia dispõe de cursos completos de Tecnologia da Informação. O assunto de Banco de Dados é tratado em detalhes dentro dos cursos, com questões selecionadas de acordo com a complexidade exigida nas provas.
Neste link você encontra os materiais separados, de acordo com o escopo dos concursos.
Além do curso em PDF e vídeo, não deixe de complementar seus estudos com buscas pontuais na internet, principalmente de exemplos. Alguns assuntos de TI e de Banco de Dados são muito abstratos, exemplos são grandes aliados no entendimento.
Uma pesquisa rápida pode ajudar bastante a assimilar o conteúdo! Use esse recurso sempre que se deparar com pontos da matéria de difícil compreensão.
Banco de Dados é um assunto que vem ganhando cada vez mais relevância nas provas de concursos. A compreensão vem aos poucos, exige contatos repetidos com a matéria. Primeiramente, busque dominar os conceitos iniciais e vá aumentando o escopo aos poucos. Forme uma base e compreenda bem o básico antes de avançar para assuntos mais técnicos.
Abaixo compilamos as principais dicas para ajudá-los:
1- Entenda as diferentes modelagens de dados – (Física, Lógica, Conceitual)
2- Entenda as transações e manipulações dos dados nos Bancos de Dados – (SGBD, SQL)
3- Entendido os principais conceitos, foque em QUESTÕES – (atenção com o escopo)
4- Construa bons RESUMOS – (sucintos e didáticos)
5- Revisões – (questões favoritas/erradas + releitura resumos)
Para os alunos da área fiscal, deixamos um bônus, um vídeo explicando como estudar Tecnologia da Informação para área fiscal. Apesar de ser voltado para área fiscal, o material traz boas dicas de estudo para concursos que não exigem formação específica em TI.
Bom, é isso que tínhamos para passar pessoal. Espero que tenham gostado do artigo e que agregue nos seus estudos de banco de dados para os próximos concursos!
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