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Banco Central: Previsão de novo perfil de provas no próximo concurso

A escolha do Cespe/UnB para organizar o concurso do Banco Central (BC) deve acarretar em um novo perfil de provas, no que diz respeito às legislações cobradas, comparado às seleções anteriores da autarquia. É o que aponta o coordenador de cursos para concursos públicos da LFG, Alessandro Sanchez. A seleção do BC será para 515 vagas, sendo 100 para técnico (de nível médio, com remuneração inicial de R$5.531,23, já com auxílio-alimentação, de R$373), 400 para analista (superior; R$13.968,85) e 15 para procurador (bacharelado em Direito e pelo menos dois anos de prática forense; R$16.092,13).
 
Segundo Sanchez, o Cespe/UnB é conhecido por basear-se bastante na  lei seca (literalidade da lei) e na jurisprudência. “Em 2009 (último concurso), a Fundação Cesgranrio se utilizou, em grande parte, da lei seca com menos espaço para a doutrina e jurisprudência. Com isso, os candidatos tiveram condições de, com o estudo pautado apenas nos códigos e leis esparsas, obter um bom aproveitamento no concurso” explicou o especialista, lembrando ainda que no concurso de 2005, organizado pela Fundação Carlos Chagas, o foco foi a literalidade da lei, e que no de 2002, feito pela Esaf, a doutrina foi o ponto alto.
 
O especialista vê no estilo de prova objetiva do Cespe/UnB, com a análise dos itens pelos comandos “certo” e “errado”, como uma vantagem. “A chance de acerto é de 50%”, justificou. Sanchez ressaltou, porém, que o critério que atribuí um ponto negativo a cada resposta incorreta demanda do candidato maior atenção. “Ele deve pensar bem antes de escolher a alternativa. Por esse motivo, os concurseiros devem ter um maior empenho nos estudos, para poderem aumentar suas chances de conseguir uma das vagas.”
 
Edital – A previsão do BC é de divulgar o edital do concurso no fim de julho e aplicar as provas, a princípio, em setembro. Nos próximos dias, o banco deverá oficializar a escolha do Cespe/UnB para conduzir o concurso, por meio da publicação, no Diário Oficial da União (DOU), do extrato da dispensa de licitação para a contratação do organizador. O BC ainda terá que definir se a seleção será ou não regionalizada (com a oferta de vagas por região discriminada em edital, para escolha prévia dos candidatos) e a distribuição das vagas do concurso por área e por localidade, o que deverá acontecer após processo de remoção interna de servidores, que deve ser concluída no fim deste mês.
 
O diretor do sindicato nacional dos servidores do banco (Sinal), Sérgio Belsito, afirma que há indícios de que haverá vagas em pelo menos nove das dez capitais onde o banco possui unidades: Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém. Haveria dúvida apenas com com relação a Belo Horizonte, outra capital com representação do BC.
 
Com relação às provas, no caso de técnico e analista, sendo mantidas as etapas da última seleção, o concurso será composto por provas objetivas, prova discursiva (apenas para analista), avaliação de títulos (dependendo da área de atuação), sindicância de vida pregressa e programa de capacitação. Já está definido que para procurador haverá prova objetiva, três provas discursivas, prova oral e avaliação de títulos, sindicância de vida pregressa e curso de formação. As avaliações para o cargo serão aplicadas ao menos nas dez capitais com unidades do banco. A expectativa é que o mesmo seja confirmado para técnico e analista

Folha Dirigida, 18/06/2013

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