Olá, pessoal. Como vão os estudos? Espero que estejam firmes.
Bom, hoje quero trazer para você um assunto que está no centro das discussões políticas e econômicas mundiais: a crise grega. Esse assunto é muito importante para quem vai fazer a prova do TCU e também a prova do MPOG. Além desses concursos, qualquer outro em que caia Atualidades poderá questionar sobre tal tema. Fiquem ligados!
Em primeiro lugar, se pudermos escolher um marco a partir do qual a crise grega se inicia, esse seria a quebra do banco norte-americano Lehman Brothers e a crise iniciada com ela. Muitas economias foram fortemente afetadas (lembram-se dos PIIGS?) e, no caso grego, a situação mundial, somada aos próprios problemas internos (déficit orçamentário, sobretudo), fez como que a economia grega deteriorasse.
Diante do agravamento de sua situação econômica, a Grécia passou a recorrer à troika, que é formada por FMI, Banco Central Europeu e Comissão Europeia. Contudo, esses organismos exigiram que a Grécia adotasse medidas de austeridade (ou seja, de cortes nos gastos) em conjunto com aumento de impostos. Obviamente, a população reagiu mal a essa política, o que se somava ao forte aumento do desemprego. Ocorreram, inclusive, muitas greves e manifestações.
Em 2015, um novo governo foi eleito na Grécia com a expectativa de que um novo caminho menos árduo para a população pudesse ser construído. O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, pretendia fazer um novo acordo com a troika que exigisse menos da Grécia, diminuindo as medidas de austeridade. Tsipras não conseguiu alcançar seu objetivo, porém.
Com o fracasso nas negociações e a aproximação da data-limite para o pagamento da dívida, o governo grego convocou um plebiscito em que a população decidiria se a Grécia deve ou não pagar a dívida. No dia 6 de julho, a população foi às urnas e decidiu que a Grécia não deve pagar a dívida. Cerca de 61% dos gregos votaram pelo não. Essa era a posição de Tsipras e de seu partido, o Syriza, que saem de certo modo fortalecidos politicamente, já que demonstraram ter o respaldo da população. Apesar disso, Tsipras afirmou que o “não” não é um voto contra a União Europeia ou contra o FMI, mas sim uma oportunidade para que um novo acordo possa ser realizado. Por outro lado, líderes europeus afirmaram que essa decisão pode aproximar a Grécia da saída da União Europeia.
Com isso, basicamente duas situações podem acontecer: a Grécia deixar a zona do euro, inclusive com grande possibilidade de colapso da economia, ou o governo grego consegue um novo acordo e a Grécia permanece na zona do euro.
Ainda não é possível sabermos o que acontecerá com a Grécia. É evidente que a saída do bloco seria péssima para o país, mas ela também traria prejuízo para todo o bloco. É interessante notarmos que o caso grego não possui uma previsão legal para que a Grécia seja expulsa do bloco e o país não parece querer sair, mas ainda sim muitos líderes têm dito que o “não” foi uma resposta da população, e do governo, sobre a permanência ou não do bloco. Agora, é esperar para ver.
Fiquem muito atentos a esse assunto, amigas e amigos, pois ele é muito provável em provas. Em breve, poderemos ter uma definição mais clara da situação e é importante que estejamos ligados.
Qualquer dúvida, crítica ou sugestão enviem para profrodrigobarreto@gmail.com
Beijos e abraços,
Rodrigo Barreto
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