Saiba neste artigo quais são os Aspectos Gerais da Redação Oficial da Presidência da República.
Olá, Estrategista. Tudo bem?
Você já ouviu falar sobre o Manual de Redação da Presidência da República (MRPR)? Caso você seja um concurseiro de carteirinha, provavelmente sim.
Este assunto é bastante cobrado em concursos, principalmente nos da área administrativa, sendo também exigido em outras áreas, como a policial e a fiscal, por exemplo. Ele geralmente é cobrado junto com a disciplina de Português nos editais.
Desse modo, preparamos este artigo sobre os Aspectos Gerais da Redação Oficial, tema bastante exigido em conteúdos programáticos de certames públicos, para que você não perca nenhum ponto em questões deste assunto.
Iremos dividir este artigo nos seguintes tópicos:
De acordo com o próprio Manual de Redação da Presidência da República (MRPR), redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige comunicações oficiais e atos normativos.
Estas comunicações oficiais são sempre redigidas pela Administração Pública, sendo que o destinatário dessas informações podem ser tanto o próprio Poder Público, quanto os particulares que compõem a sociedade.
Dessa maneira, quando você for aprovado em seu concurso e se tornar um servidor integrante da Administração Pública, será necessário que você redija textos oficiais e atos normativos de acordo com as regras do manual da redação oficial.
FIQUE ATENTO: O Manual de Redação da Presidência da República trata este tema do ponto de vista da administração pública federal.
Dentre os aspectos gerais da redação oficial, os principais são os seus atributos.
As correspondências oficiais, devido a sua natureza pública e em decorrência dos princípios constitucionais, devem sempre possuir alguns atributos em sua redação. Sendo elas: Clareza, Precisão, Objetividade, Concisão, Coesão, Coerência, Impessoalidade, Formalidade e Padronização.
Este atributo é classificado como sendo uma qualidade básica que deve estar contida em todos os textos oficiais. Mas convenhamos, a clareza não tem que estar presente apenas nas comunicações oficiais, mas em todo e qualquer texto e diálogo do nosso dia a dia, não é mesmo?
Um texto é considerado claro quando o leitor consegue compreendê-lo imediatamente, não possuindo qualquer passagem obscura ou situação que dificulte a sua compreensão. Em outras palavras, não se admite que uma comunicação oficial não seja compreendida pelos cidadãos.
Dessa maneira, é obrigatório que se evite usar uma linguagem que dificulte a compreensão pela população dos textos oficiais, como regionalismos, neologismos, jargões, siglas não explicadas, estruturas e vocabulários muito complexos.
Há algumas sugestões citadas pelo próprio manual para que um texto seja redigido de forma clara, como:
A precisão é um complemento do atributo da clareza. Suas características envolvem, entre outras:
A precisão do texto pode ser melhorada através da revisão atenta do documento redigido, evitando que erros de simples correção sejam publicados com o texto.
A objetividade permite que o leitor do texto oficial tenha um contato direto com o assunto principal do documento, permitindo a rápida obtenção de informações através da leitura.
De modo a redigir um texto objetivo, é essencial que ele foque diretamente no assunto principal, sem rodeios e prolixidades. Para isso, torna-se importante que o escritor do texto saiba com antecedência quais são as informações principais a serem passadas pelo documento, bem como as secundárias.
Este atributo é uma importante característica do texto oficial. A concisão garante que o documento transmita com poucas palavras, grandes quantidades de informações, excluindo vocábulos e frases desnecessárias.
Entretanto, isso não pode ser entendido como um aval para eliminar informações substanciais do texto, sendo necessário que toda e qualquer passagem relevante deve ser inserida no documento. Desse modo, é imprescindível que as informações sejam transmitidas da forma mais simples possível, excluindo apenas palavras inúteis e redundâncias, de modo a reduzir ao máximo o tamanho do texto.
A coerência e a coesão são atributos muito importantes nos textos oficiais. Elas estão relacionadas à organização do texto e como que as ideias presentes no documento se interligam, ou seja, elas permitem que seja realizada a conexão dos elementos do texto de maneira harmoniosa, de modo que as frases e parágrafos estejam totalmente entrelaçados, dando continuidade uns aos outros.
A coesão é responsável pela organização de um texto, através de conectivos que ligam períodos, frases e parágrafos. A coerência garante que o texto possua sentido, através de uma conexão lógica de ideias.
Dos elementos linguísticos que garantem a coerência e coesão de um texto, estão as referências, as quais podem ser realizadas pela retomada de um termo; as substituições, que são as colocações de um item lexical no lugar de outro; e, principalmente, as conjunções, de modo a estabelecer a ligação entre orações, períodos ou parágrafos.
A impessoalidade, atributo da redação oficial, provém do princípio da administração pública previsto na Constituição Federal Brasileira (CF/88), o qual obriga que o poder público não privilegie interesses particulares através do uso da máquina pública, garantindo que todo e qualquer ato praticado por qualquer servidor seja considerado como um ato estatal e não pessoal.
Dito isso, um texto oficial deve ser redigido sempre em nome do Poder Público, de modo a atender aos interesses coletivos. Para isso, é necessário que não haja impressões individuais, evitando qualquer tom de carácter íntimo, através da utilização de pronomes de tratamento adequados, por exemplo.
É necessário que os textos oficiais sejam totalmente formais, obedecendo a determinadas regras de forma.
Desse modo, é importante que se obedeça às formalidades de tratamento. Imagine um texto da Presidência da República dirigido a um ministro do STF utilizando o pronome “você”. Isto não demonstra seriedade, não é mesmo?
Além disso, os documentos oficiais precisam ser padronizados, evitando que cada órgão público utilize seu próprio tipo de escrita e diagramação de texto. Sendo assim, é extremamente importante que se utilize o padrão culto da língua, além do uso dos padrões de documentos presentes no próprio manual de redação da presidência.
Pessoal, chegamos ao fim da análise deste importante tópico de Português, os Aspectos Gerais da Redação Oficial. Este tema não é cobrado em todos os concursos, mas quando ele é exigido pelo conteúdo programático, é quase certo que haverá questões sobre o assunto.
Procuramos realizar um pequeno resumo sobre este assunto, ressaltando os principais pontos e que são mais prováveis de serem objetos de questões em concursos públicos.
Você pode encontrar aqui, na íntegra, o Manual de Redação da Presidência da República.
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Bons estudos e até a próxima!
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