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Aprenda sobre a Análise por Pontos de Função em TI para a SEFAZ ES

Confira neste artigo os principais tópicos da Análise por Pontos de Função para o concurso de Auditor Fiscal da SEFAZ ES.

Análise por Pontos de Função

Olá, pessoal! Tudo bem com vocês?

Menos de um mês separa você da sua prova de Auditor Fiscal da Secretaria de Estado da Fazenda do Espírito Santoa SEFAZ ES. Como anda a sua preparação? Espero que esteja a todo vapor.

Tendo como banca organizadora a FGV, este certame está oferecendo 150 vagas para este cargo, com remuneração inicial de R$ 12.492,19. Nada mal, não é mesmo?

A disciplina de Tecnologia da Informação veio com bastante conteúdosendo uma das disciplinas mais desafiadoras para esta prova. Desse modo, o artigo de hoje abordará um tópico bastante importante para esta matéria e para o concurso da SEFAZ ES, a Análise por Pontos de Função.

Iremos dividir o nosso artigo nos seguintes tópicos:

  • Conceitos Iniciais da Análise por Pontos de Função;
  • Componentes Fundamentais:
    • Arquivo Lógico Interno (ALI);
    • Arquivo de Interface Externa (AIE);
    • Entrada Externa (EE);
    • Saída Externa (SE);
    • Consulta Externa (SE);
  • Processo de Contagem pela Análise por Pontos de Função.

Conceitos Iniciais da Análise por Pontos de Função

A análise por pontos de função é um método utilizado para calcular o tamanho de um software, sendo importante, por exemplo, para estimar o seu valor de mercado. Porém, como o software é um programa lógico, como é realizado o cálculo do seu tamanho?

Bom, este cálculo é realizado a partir da visão do usuário do software, através de aspectos externos do software, das suas funcionalidades, ou seja, o que é calculado é o seu tamanho funcional.

Em outras palavras, para que seja conhecido o tamanho funcional de um software, são realizadas medições da quantidade de funcionalidades que um software possui, ou seja, quantas funcionalidades ele é capaz de fornecer ao seu usuário.

Desse modo, a Análise por Pontos de Função é um método que divide o aplicativo de software em partes menores, sendo realizada a contagem de funcionalidades em cada uma dessas partes, de modo a constatar qual o tamanho total do software analisado.

CAI EM PROVA: É importante fixar que este método é baseado no ponto de vista do usuário. Além disso, ele independe da tecnologia utilizada.

Lembra que eu disse que o software seria dividido em alguns componentes, sendo que cada um deles seriam analisados de acordo com suas funcionalidades? Pois bem, esses componentes são o Arquivo Lógico Interno (ALI), Arquivo de Interface Externa (AIE), Entrada Externa (EE), Saída Externa (SE) e a Consulta Externa (SE). Com isso, iremos analisar a complexidade e número de funcionalidades de cada um, distribuindo pesos, de modo a encontrar o seu tamanho funcional.

Componentes Fundamentais

Estes componentes são divididos em dois tipos:

Funções do tipo Dado: são aqueles relacionados ao armazenamento de dados, sendo o Arquivo Lógico Interno e o Arquivo Lógico Externo;

Funções do tipo Transação: são aquelas realizadas a atividades de processamento realizadas pelo usuário, englobando a Entrada Externa, Saída Externa e a Consulta Externa.

Componentes da Análise por Pontos de Função

A fronteira de aplicação é como se fosse uma membrana, a qual permite a entrada e saída de dados processados pelas transações de aplicação.

Arquivo Lógico Interno (ALI)

O arquivo lógico interno corresponde a um grupo de dados de controle relacionados logicamente, reconhecidos pelos usuários, os quais são armazenados dentro da fronteira de aplicação. Em outras palavras, trata-se de dados mantidos em tabelas em um banco de dados.

FIQUE SABENDO: Como já foi cobrado em provas, arquivos temporários e arquivos de backup não são considerados ALI.

Arquivo de Interface Externa (AIE)

O arquivo de interface externa é similar ao ALI, sendo também um grupo de dados de controle logicamente relacionados, porém, eles são armazenados do lado externo/fora da fronteira de aplicação, sendo ele mantido por outra aplicação. Desse modo, um arquivo de interface externa de uma aplicação sempre será um arquivo lógico interno de outra aplicação.

Entrada Externa (EE)

Uma entrada externa corresponde ao processamento de dados originados do lado de fora da fronteira de aplicação, ou seja, recebidos externamente. Essas entradas externas podem provocar ou não alterações no comportamento do sistema, através de exclusões, inclusões ou alterações em dados armazenados no ALI.

Por exemplo, vamos supor que haja um banco de dados com os médicos que atendem em um hospital. Caso você queira inserir um novo registro de um novo médico, será realizado um processo de entrada externa.

Saída Externa (SE)

A saída externa, por sua vez, é realizada quando há o envio de dados de dentro da fronteira de aplicação para o ambiente externo, sendo que ela sempre irá alterar o comportamento do sistema. Em outras palavras, a saída externa exibe ao usuário informações que são obtidas por meio de um processamento lógico de dados, através de cálculos e operações dos dados, não sendo apenas uma mera consulta.

Vamos exemplificar. Vamos supor o mesmo banco de dados de médicos do hospital. Uma saída externa é realizada quando você solicita o número de pacientes atendidos por cada médico em um determinado dia. Desse modo, será processada a informação através de cálculos lógicos e aritméticos, de modo a retornar o somatório de atendimentos de cada médico. Ou seja, não há uma simples consulta, mas uma alteração no comportamento do sistema, através de cálculos lógicos, para que a informação seja retornada.

Consulta Externa (SE)

Por fim, temos a consulta externa. Ela é similar à saída externa, porém, não há alteração do comportamento do sistema, não há nenhum cálculo ou alteração dos dados, sendo apenas realizada mera consulta/recuperação dos dados dentro da fronteira de aplicação.

PARA FIXAR:

Entrada Externa: pode ou não alterar o comportamento do sistema;

Saída Externa: irá alterar o comportamento do sistema;

Consulta Externa: não irá alterar o comportamento do sistema.

Processo de Contagem pela Análise por Pontos de Função

Analisados os componentes da Análise por Pontos de Função, iremos agora aprender, de fato, quais são as etapas realizadas para encontrar o tamanho funcional de um software.

Estas etapas estão dispostas em um manual de práticas de contagem do IFPUG. A última versão deste manual é a 4.3, de 2010, porém, a versão geralmente cobrada em provas é a 4.2, de 2005. As etapas presentes em cada versão podem ser vistas abaixo:

Versão 4.2:

Etapas na Versão 4.2

Versão 4.3:

Etapas na Versão 4.3

Como já citado, apesar de a versão 4.3 ser a mais atual, é a versão 4.2 a mais cobrada em provas, desse modo, iremos focar nas etapas presentes nela.

  • Determinar o tipo de contagem

A primeira etapa é determinar qual será o tipo de contagem de pontos de função a ser utilizada. São três tipos de contagem existentes: o projeto de desenvolvimento, que mede a funcionalidade fornecida aos usuários finais do software quando da primeira instalação entregue quando o projeto estiver pronto; projeto de manutenção/melhoria, o qual realiza a medição das modificações realizadas para aplicações já existentes; e o projeto de aplicação/produção, o qual mede uma aplicação instalada e em pleno funcionamento.

  • Determinar Escopo e Fronteira

Escolhido o tipo de contagem a ser utilizado, é necessário agora definir qual será o escopo, ou seja, qual será a abrangência do procedimento de contagem, quais sistemas e funcionalidades serão analisados; bem como a fronteira de aplicação, ou seja, qual será o limite lógico entre a aplicação que está sendo mensurada, com os usuários e outras aplicações externas.

  • Calcular pontos de função não-ajustados

Esta é uma das principais etapas, visto que é aqui que começa, realmente, a definição do tamanho funcional de um software, através da medição de cada um dos 5 componentes já estudados (ALI, AIE, EE, SE e CE).

Mas como eles serão medidos? Bom, para o ALI e AIE, é necessário encontrar a complexidade de cada componente, sendo que tal complexidade é obtida através da quantidade de dados elementares referenciados (DER), que é a quantidade de atributos únicos em uma tabela de dados, bem como a quantidade de registros lógicos referenciados (RLR), que são subgrupos de dados referenciados e que são devidamente reconhecidos pelos usuários em um arquivo lógico interno e em um arquivo de interface externa.

Desse modo, por exemplo, caso um componente de ALI ou AIE tenha determinadas quantidades de dados elementares referenciados e de registros lógicos referenciados, ele será classificado em determinados níveis de complexidade (baixa, média e alta).

Já para a EE, SE e CE, eles são medidos de acordo com a quantidade de Dados Elementares Referenciados e pelos Arquivos Lógicos Referenciados (ALR), que é um ALI/AIE que foi acessado por uma função de transação. Desse modo, quanto maior a quantidade de ALI/AIE acessados por uma função de transação, maior será a complexidade do ALR e, consequentemente, da EE/SE/CE.

Há várias tabelas, com todas essas variáveis e níveis de complexidade, que são utilizadas para determinar o tamanho funcional do software, porém, você apenas precisa saber (e decorar) uma:

Pontos de Função não-ajustados

Assim, os valores acima serão utilizados para calcular o número de pontos de função não-ajustados.

Vamos a um exemplo, que foi objeto de uma questão de concurso da FCC:

Considere 3 AIEs simples, 5 EEs médias, 8 CEs complexas, 3 ALIs complexos e 7 SEs médias. O cálculo de Pontos de Função bruto (não-ajustados) é:

Desse modo, para calcular este valor, faremos:

3 AIEs simples (baixa complexidade): 3 x 5 = 15

5 EEs médias: 5 x 4 = 20

8 CEs complexas (alta complexidade): 8 x 6 = 48

3 ALIs complexos: 3 x 15 = 45

7 SEs médias: 7 x 5 = 35

Soma: 15 + 20 + 48 + 45 + 35 = 163 pontos de função não ajustados.

  • Calcular fator de ajuste

A próxima etapa a ser realizada é o cálculo do fator de ajuste. Mas o que é este fator? Bom, durante o cálculo dos pontos de função ajustados, há características que não são levadas em consideração, mas que acabam influenciando na quantificação do tamanho do software, como, por exemplo, alguns requisitos não funcionais.

Desse modo, é necessário um fator de ajuste para que os valores não ajustados possam ser corrigidos, de modo a encontrar os pontos de função ajustados.

São 14 características que são utilizadas para encontrar o fator de ajuste, sendo elas pontuadas com valores de 0 a 5. Essas características são: comunicação de dados, processamento distribuído, performance, configuração do equipamento, atualização online, processamento complexo, reusabilidade, facilidade de implantação, volume de transações, facilidade operacional, entrada de dados online, múltiplos locais, interface com o usuário e facilidade de mudanças.

O fator de ajuste não é tão utilizado, visto que há uma alta subjetividade no seu cálculo, além dessas características estarem desatualizadas.

  • Calcular pontos de função ajustados

Por fim, temos o cálculo dos pontos de função ajustados, que são as quantidades de pontos de função não-ajustados de cada componente multiplicado pelo fator de ajuste.

Desse modo, através deste cálculo final, é encontrado a quantidade de pontos de função de um software, sendo este valor o seu tamanho funcional.

Finalizando

Pessoal, chegamos ao fim do nosso artigo sobre a Análise por Pontos de Função na Tecnologia da Informação para o concurso da SEFAZ-ES.

Este artigo é apenas um pequeno resumo sobre os principais pontos deste tópico.

Caso queira se preparar para chegar competitivo a esta prova, invista nos cursos para a SEFAZ ES do Estratégia Concursos. Lá você encontrará aulas completas e detalhadas, com os melhores professores do mercado.

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Bons estudos e até a próxima.

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