Entenda neste artigo o que é Alavancagem Financeira, sua mensuração e principais efeitos nas finanças de uma corporação.
Olá, pessoal! Hoje trataremos de um tema superinteressante no universo dos negócios: a Alavancagem Financeira.
Nos concursos públicos, os conceitos relacionados a esse assunto estão normalmente incluídos tanto nas provas de Contabilidade, quanto nas de Administração Geral – o que ocorre no edital do concurso da Receita Federal.
O objetivo deste artigo é apresentar o tema de uma forma abrangente, para tornar mais fácil o aprofundamento ao longo dos estudos específicos, dentro de cada disciplina, ok? Vamos lá!
Alavancagem Financeira refere-se à utilização de dinheiro emprestado para a compra de determinado ativo. Essa operação é feita com a expectativa de que a exploração desse ativo possa dar retornos maiores do que os custos incorridos no empréstimo – normalmente, os juros que devem ser pagos como remuneração da dívida contratada.
Em geral, a Alavancagem Financeira é utilizada quando o capital próprio, denominado equity, não está disponível para investimentos. Assim, ela pode ser vista como uma estratégia de investimento que ajuda as empresas a crescerem e expandirem, sem precisar dispor de forma imediata do capital dos sócios.
Apesar de, à primeira vista, ser uma boa opção, é necessário ter cautela com a adoção dessa estratégia, que envolve riscos severos, incluindo o de falência da companhia.
As empresas optam pela alavancagem somente quando há alta confiança de que o investimento que será feito com o dinheiro emprestado tem o potencial de gerar lucros suficientes para o pagamento da dívida.
Diz-se que uma empresa é altamente alavancada quando ela tem mais dívida do que patrimônio líquido. Nesse processo, as companhias tomam empréstimos, ao invés de, por exemplo, emitir ações para que os investidores levantem mais capital.
E por que as empresas iriam preferir tomar empréstimos a utilizar seu capital próprio para fazer os novos investimentos que se façam necessários?
Embora, na maioria das vezes, exista a possibilidade de as empresas utilizarem o equity, pode ser preferível fazer empréstimos, pois, normalmente, o custo da dívida é menor do que o custo do capital próprio.
O primeiro, consiste nos juros da dívida. Já o custo do capital próprio é a percentagem dos rendimentos da empresa que devem ser pagos aos acionistas, na proporção de suas participações.
Assim, optando-se por fazer uma composição entre capital de terceiros (que inclui os empréstimos) e capital próprio, as empresas buscam chegar a uma solução ótima, reduzindo o custo de capital.
A taxa a seguir é utilizada para determinar o montante de Alavancagem Financeira de uma entidade, e mostra a proporção entre a dívida e o capital próprio:
Alavancagem Financeira = Dívida Total / Patrimônio Líquido Total
A Dívida Total, nesse caso, refere-se ao passivo circulante da empresa (dívidas que a empresa pretende pagar em até um ano) e o passivo exigível a longo prazo (dívidas com vencimento superior a um ano).
Já o Patrimônio Líquido Total refere-se ao valor que os acionistas investiram na empresa mais o valor dos lucros retidos.
Essa medida ajuda a administração da empresa, os credores, os acionistas e outras partes interessadas a entender o nível de risco na estrutura de capital da empresa.
A partir dela, é possível, por exemplo, analisar a probabilidade de a entidade enfrentar dificuldades no cumprimento de suas obrigações de dívida ou avaliar se seus níveis de alavancagem estão saudáveis.
Por óbvio, quanto maior esse valor, mais a empresa depende da dívida com relação ao capital próprio.
Como explicado, um dos efeitos positivos da Alavancagem Financeira é a redução do custo de capital. No entanto, apesar de a dívida propiciar, de imediato, um alívio representativo nas finanças corporativas, ela também representa riscos. O principal deles é que, em caso de inadimplência, a situação financeira pode se agravar a ponto de resultar na falência.
Perdas significativas podem ocorrer quando os pagamentos de despesas de juros decorrentes da dívida sobrecarregam a empresa porque os retornos dos investimentos feitos não são suficientes. Isso pode ocorrer se o valor do ativo diminuir ou se as taxas de juros subirem para níveis incontroláveis.
Outro efeito possível é a redução de acesso a novos créditos. Ao emprestar dinheiro para empresas, os bancos e instituições financeiras em geral avaliam o nível de alavancagem financeira da empresa.
Para empresas com alto índice de dívida em relação ao patrimônio líquido, os credores oferecem mais resistência a liberar novos empréstimos, pois há um risco maior de inadimplência.
Nesse caso, ainda que concordem em emprestar para uma empresa altamente alavancada, a taxa de juros será mais alta, suficiente para compensar o maior risco de inadimplência.
Por outro lado, uma alavancagem extremamente baixa indica que a companhia confia totalmente no equity para a captação de recursos, o que pode ter efeitos adversos nos retornos por ação, afastando os investidores.
E assim finalizamos mais um artigo. Ótimos estudos a todos!
Lara Dourado
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