Este artigo foi elaborado única e exclusivamente para quem vai fazer a prova de Auditor Fiscal do Trabalho (Bloco 4 do CNU).
Ele representa um resumo do contexto geral dos tópicos de sociologia, psicologia e economia do trabalho dos mais variados autores e doutores das principais faculdades brasileiras (UFRJ, USP, UERJ, UNB entre outras) e diversos outros papers.
Foi elaborado pelos seguintes professores:
Felipe F. A. da Rocha
https://www.estrategiaconcursos.com.br/professor/felipe-fernando-azevedo-da-rocha-2432/
Cliffer Mello
https://www.estrategiaconcursos.com.br/professor/cliffer-ferreira-da-gama-mello-2249/
O avanço tecnológico das ferramentas TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação), sobretudo, após a década de 1990, levou a civilização mundial a acreditar que o bem-estar seria pleno para todos com as infindáveis soluções de produtividade, que nos deixaria livre de tantas demandas no trabalho.
No mundo cada vez mais globalizado, os fluxos de capitais buscam maximizar para tornar seus negócios cada vez mais competitivos.
Nesse cenário, o capitalismo alimenta uma desregulamentação, que nada mais é que o processo de redução ou eliminação de regulamentações governamentais sobre atividades econômicas.
Isso muitas vezes ocorre em setores como finanças, comércio e trabalho, onde as regulamentações podem ser vistas como entraves ao crescimento econômico e à eficiência.
Essa desregulamentação afeta o mercado de trabalho. Assim, a pressão por intensa produtividade e competitividade no mercado de trabalho com jornadas exaustivas e metas cada vez maiores afeta o ambiente de trabalho e o psicológico dos trabalhadores. Isso cria um ambiente negativo e com ocorrências de assédio.
O assédio no local de trabalho pode ter impactos significativos na produtividade dos funcionários e no funcionamento geral de uma organização.
Principais características
1. Ambiente de trabalho tóxico: O assédio cria um ambiente de trabalho tóxico, onde os funcionários se sentem inseguros, estressados e desmotivados. Isso pode levar a uma diminuição da moral e da coesão da equipe, afetando negativamente a colaboração e o trabalho em equipe.
2. Distração e preocupação: Os funcionários que são vítimas de assédio muitas vezes ficam distraídos e preocupados com a situação, o que pode reduzir sua capacidade de concentração e foco nas tarefas do trabalho. Eles podem passar tempo preocupados com a possibilidade de novos incidentes ou pensando em como lidar com a situação, em vez de se concentrarem em suas responsabilidades.
3. Baixa moral e motivação: O assédio pode minar a autoestima e a confiança dos funcionários, levando a uma diminuição da motivação para realizar bem o trabalho. Os funcionários podem se sentir desvalorizados e desconsiderados, resultando em uma atitude negativa em relação ao trabalho e à empresa.
4. Aumento do absenteísmo e rotatividade: Funcionários que são vítimas de assédio podem faltar ao trabalho com mais frequência devido a problemas de saúde relacionados ao estresse ou simplesmente para evitar o ambiente de trabalho hostil. Além disso, o assédio pode levar à rotatividade de funcionários, já que os trabalhadores podem optar por deixar a empresa para escapar da situação de assédio.
Vale lembrar que, apesar de lamentável, os casos de trabalhadores exaustos, conhecidos como “karoshi” em japonês, têm ocorrido no Japão. O termo “karoshi” refere-se à morte por excesso de trabalho, muitas vezes relacionada a longas horas de trabalho, estresse crônico e falta de descanso adequado.
O Japão tem uma cultura de trabalho intensa, com longas horas de trabalho e uma pressão significativa para os funcionários demonstrarem dedicação à empresa. Isso pode levar a problemas de saúde física e mental, incluindo casos extremos de karoshi.
O governo japonês tem tentado tomar medidas para lidar com esse problema, como limitar as horas extras e promover um melhor equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. No entanto, a cultura de trabalho intensa ainda é uma realidade em muitas empresas japonesas, e mais esforços podem ser necessários para proteger a saúde e o bem-estar dos trabalhadores.
Quais as palavras-chaves na prova ?
No mundo subdesenvolvido, a desregulamentação no mercado de trabalho e a pressão por produtividade impacta diretamente a desregulamentação no mercado de trabalho. No Brasil, por exemplo, assume uma forma distinta.
É importante lembrar que, ao contrário dos países desenvolvidos, o mercado de trabalho aqui sempre foi caracterizado pela precariedade.
O termo “precariado” descreve uma classe social emergente que enfrenta condições de trabalho e vida extremamente precárias. Essa classe é composta por trabalhadores frequentemente associados a empregos temporários, baixos salários, falta de benefícios, insegurança no emprego e ausência de proteção social.
Os chamados empreendedores de si mesmo e sem representação social ou sindical.
Diferentemente do proletariado clássico, formado predominantemente por trabalhadores industriais assalariados durante a Revolução Industrial, o precariado engloba uma gama mais ampla de trabalhadores, incluindo aqueles em serviços, trabalho temporário, freelancers e autônomos. Enquanto o proletariado estava integrado em estruturas econômicas e sociais mais estáveis, o precariado enfrenta uma incerteza constante e uma falta de segurança tanto em suas vidas profissionais quanto pessoais.
O precariado vive hoje uma constante mudança onde tudo e todas as relações variam a toda hora, o que gera medo e insegurança.
Existem diferenças marcantes entre o precariado e o proletariado, tais como:
Em resumo, o precariado representa uma evolução da classe trabalhadora em um contexto de mudanças econômicas, tecnológicas e sociais. Enquanto o proletariado era central para a produção industrial, o precariado reflete a natureza fluida e fragmentada do mercado de trabalho contemporâneo, onde a insegurança e a precariedade são predominantes para muitos trabalhadores.
Quais as palavras-chaves na prova ?
Alunos(as), encerro o tema!
Acho interessante decorar os termos e colocar as palavras-chave acima lá na hora da prova.
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