Administração Pública para ISS-SP: algumas considerações
(Caderno de Prova A01, Tipo 001)
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Questão 1:
Bela questão.
I. Errada. Não houve completa ruptura com o modelo burocrático. Falei isso diversas vezes em meus cursos. Trata-se de uma pegadinha freqüente. Vejamos o que diz o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado:
Como já vimos, existem ainda hoje duas formas de administração pública relevantes: a ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BUROCRÁTICA e a ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA GERENCIAL. A primeira, embora sofrendo do excesso de formalismo e da ênfase no controle dos processos, tem como vantagens a segurança e a efetividade das decisões. Já a administração pública gerencial caracteriza-se fundamentalmente pela eficiência dos serviços prestados a milhares senão milhões de cidadãos.
Nestes termos, no núcleo estratégico, em que o essencial é a correção das decisões tomadas e o princípio administrativo fundamental é o da efetividade, entendido como a capacidade de ver obedecidas e implementadas com segurança as decisões tomadas, é mais adequado que haja um misto de administração pública burocrática e gerencial.
II. Correta. Percebam que essa opção sustenta que ainda há espaço para o modelo burocrático.
III. Errada. A centralização não é uma característica, ao contrário, a DESCENTRALIZAÇÃO é uma característica. Os fluxos de informações devem ser verticais, horizontais e diagonais.
IV. Correta. Resolução de problemas = foco nos resultados.
V. Errada. Personalismo está ligado ao patrimonialismo.
Questão 2:
Questão extraída e adaptada do texto: “As reformas administrativas no Brasil: modelos, sucessos e fracassos”, de Olavo Brasil de Lima Junior.
Em uma cuidadosa interpretação do Decreto-lei No. 200, Warlich, para além das mudanças organizacionais (como, por exemplo, a criação da Subsecretaria de Modernização e Reforma Administrativa), identifica cinco princípios norteadores da reforma:
1. planejamento, descentralização, delegação de autoridade, coordenação e controle;
2. expansão das empresas estatais, de órgãos independentes (fundações) e semi-independentes (autarquias);
3. fortalecimento e expansão do sistema de mérito;
4. diretrizes gerais para um novo plano de classificação de cargos;
5. reagrupamento de departamentos, divisões e serviços em 16 ministérios (Warlich, 1984: 52)
Disponível em:
http://www.bresserpereira.org.br/Documents/MARE/Terceiros-Papers/98-LimaJunior,OBde49(2).pdf
Questão 3:
ESSA CABE RECURSO. Segundo o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE) a Administração Pública Burocrática, apesar dos problemas, não estava superada e deveria coexistir, como coexiste até hoje, junto ao modelo de Administração Pública Gerencial. A própria prova, na questão 1, opção II, sustenta a tese que ora defendemos. Além disso, vale citar o PDRAE:
Como já vimos, existem ainda hoje duas formas de administração pública relevantes: a ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BUROCRÁTICA e a ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA GERENCIAL. A primeira, embora sofrendo do excesso de formalismo e da ênfase no controle dos processos, tem como vantagens a segurança e a efetividade das decisões. Já a administração pública gerencial caracteriza-se fundamentalmente pela eficiência dos serviços prestados a milhares senão milhões de cidadãos.
Nestes termos, no núcleo estratégico, em que o essencial é a correção das decisões tomadas e o princípio administrativo fundamental é o da efetividade, entendido como a capacidade de ver obedecidas e implementadas com segurança as decisões tomadas, é mais adequado que haja um misto de administração pública burocrática e gerencial.
Questão 4:
Questão extraída do texto:
“DESENVOLVENDO A CULTURA EMPREENDEDORA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: PANACÉIA, UTOPIA OU REALIDADE?”, de Caio Marini
Outro exemplo mais recente da tentativa de incorporar o empreendedorismo na administração pública norte-americana pode ser encontrado no relatório do General Accountability Office (GAO), agência que trabalha para o Congresso realizando estudos sobre programas e gastos do governo federal. O referido relatório propõe nove práticas-chave para a criação de uma cultura empreendedora11:
• alinhar as expectativas de desempenho individuais com os objetivos organizacionais;
Questão 5:
Questão extraída do texto: “O que é governança”, do prof. Alcindo Gonçalves.
Trechos do artigo:
Para Rosenau, “governança é um fenômeno mais amplo que governo; abrange as instituições governamentais, mas implica também mecanismos informais, de caráter não-governamental, que fazem com que as pessoas e as organizações dentro da sua área de atuação tenham uma conduta determinada, satisfaçam suas necessidades e respondam às suas demandas” (Ibid., p. 15-16).
…
Dessa forma, a governança referese a “padrões de articulação e cooperação entre atores sociais e políticos e arranjos institucionais que coordenam e regulam transações dentro e através das fronteiras do sistema econômico”, incluindo-se aí “não apenas os mecanismos tradicionais de agregação e articulação de interesses, tais como os partidos políticos e grupos de pressão, como também redes sociais informais (de fornecedores, famílias, gerentes), hierarquias e associações de diversos tipos”. (Santos, 1997, p. 342). Ou seja, enquanto a governabilidade tem uma dimensão essencialmente estatal, vinculada ao sistema político-institucional, a governança opera num plano mais amplo, englobando a sociedade como um todo.
…
A governabilidade refere-se mais à dimensão estatal do exercício do poder. Diz respeito às “condições sistêmicas e institucionais sob as quais se dá o exercício do poder, tais como as características do sistema político, a forma de governo, as relações entre os Poderes, o sistema de intermediação de interesses” (Santos, 1997, p. 342).
…
Se observadas as três dimensões envolvidas no conceito de governabilidade apresentadas por Diniz (1995, p. 394): capacidade do governo para identificar problemas críticos e formular políticas adequadas ao seu enfrentamento; capacidade governamental de mobilizar os meios e recursos necessários à execução dessas políticas, bem como à sua implementação; e capacidade liderança do Estado sem a qual as decisões tornam-se inócuas, ficam claros dois aspectos: a) governabilidade está situada no plano do Estado; b) representa um conjunto de atributos essencial ao exercício do governo, sem os quais nenhum poder será exercido;
Disponível em:
http://www.ligiatavares.com/gerencia/uploads/arquivos/24cccb375b45d32a6df8b183f8122058.pdf
Cabe ressaltar que o prof. Alcindo Gonçalves tem algumas posições isoladas, como o fato de construir a tese de que o conceito de Governança é mais amplo que o de Governabilidade.
Questão 6:
Constituição da República Federativa do Brasil.
Art. 70.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pela qual a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
Questão 7:
Extraída do artigo: “Criação e gestão de redes: uma estratégia competitiva para empresas e regiões”, de Gláucia Maria Vasconcellos Vale; Robson Amâncio e Juvêncio Braga de Lima.
REDES ORGANIZACIONAIS COMO ESPAÇOS DE
INTERAÇÃO E GERAÇÃO DE CAPITAL SOCIAL
A criação e a gestão de redes organizacionais pressupõem a necessidade de interação entre seus membros e a habilidade de construção coletiva. Para isso, é fundamental a confiança mútua, que caracteriza a presença de capital social. Procura-se, aqui, realizar uma breve apresentação desse conceito e do sentido de redes no contexto organizacional, para, em seguida, identificar os diferentes tipos de inserção de organizações em redes, caracterizando distintos modelos, a partir de exemplos extraídos da realidade nacional.
Disponível em: www.rausp.usp.br/download.asp?file=V4102136.pdf
Questão 8:
Questão inspirada nos padrões de interoperabilidade do Governo Eletrônico. Disponível em:
http://www.governoeletronico.gov.br/acoes-e-projetos/e-ping-padroes-de-interoperabilidade
Questão 9:
Princípio da autotutela.
Questão 10:
Teoria dos motivos determinantes.
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