Curva do Esquecimento de Ebbinghaus: Entenda o porquê as revisões são tão importantes!
Olá, meus amigos, tudo bem? Hoje falaremos da curva do esquecimento.
Difícil começar o texto dizendo isso, mas nós temos a incrível capacidade natural de levar ao esquecimento +- 50% do que aprendemos durante um dia de estudo, se não for feita uma boa revisão do conteúdo logo no dia seguinte.
É isso mesmo! :) E digo mais, se não feita a revisão nos dias seguintes, a tendência é uma perda ainda maior.
Olha só que curioso! Estudos teóricos desenvolvidos pelo psicólogo alemão Herman Ebbinghaus, comprovaram a capacidade do nosso cérebro de armazenar uma informação recém adquirida, mensurando quais seriam os efeitos do tempo sobre nossa memória. É a chamada “curva do esquecimento” (ou Forgetting Curve).
Vejam só. O ponto A seria o início de um estudo que você fez durante certo dia em Direito Constitucional sobre determinado tema, por exemplo. Aqui, é quando seu cérebro consegue reter toda a informação necessária e útil sobre a matéria, chegando ao nível de 100%.
O problema vem agora, perceba que, com o passar do tempo, aquela informação que você adquiriu o cérebro tende a levar ao esquecimento. Se for olhar cuidadosamente a linha vermelha, vai perceber que, após o primeiro dia de estudo, a curva chega ao ponto de +- 50%. Logo em seguida, passados dois dias, se não houver uma boa revisão, seu conhecimento pode chegar a 30%. E isso só tende a decrescer com o passar do tempo.
É lógico que há outros fatores envolvidos que podem fazer com que uns sofram mais do que outros, mas o que quero trazer com isso é um dos pontos mais cruciais no planejamento de estudo para concurso público, e que muitos acabam deixando um pouco de lado: o uso sistemático das revisões.
Vamos olhar novamente o gráfico, agora com atenção especial na linha verde indicada pela letra C. Os estudos teóricos comprovaram que, se for feita uma primeira revisão logo no dia seguinte após o estudo, nosso cérebro tende a recuperar aquele percentual de esquecimento, fazendo com que a informação acabe sendo retida de forma mais eficiente e por um espaço de tempo bem maior, de modo que se eventualmente não for feita uma nova revisão no dia seguinte a perda agora será inferior a de antes (algo em torno só de 30%).
Transpondo essa sistemática para os demais dias, semanas e meses, há uma tendência satisfatória de melhorar a nossa capacidade de absorção do conhecimento. E isso é muito positivo!
“Ah, Diego, mas se eu ficar focado nas revisões o tempo inteiro… são muitas matérias…. vou acabar não avançando no edital…vai ser uma complicação só…”
Calma, muita calma (rs). Eu sei que é muito importante percorrer todo o edital, mas não podemos ter pressa nesse momento. Não adianta querer correr com os estudos se não houver qualidade, pois lá na frente, pode ter certeza, você irá precisar rever todo o programa novamente gastando praticamente o mesmo tempo!
O uso das revisões sistemáticas é fundamental justamente para aparar estas arestas. Estudar de forma consistente é estudar com alta capacidade de absorção do conhecimento!
Agora, é lógico que esta sistemática não precisa ser aplicada a “ferro e fogo”. Importante identificar as peculiaridades de cada um; quais as deficiências; o tempo disponível, o volume de matérias envolvido, e a capacidade individual do aluno, enfim, até para que vocês não se percam nessa caminhada.
Uma metodologia razoável, e que tem tido bons resultados no nosso programa de coaching aqui no Estratégia é trabalharmos inicialmente com 3 revisões: 24h, 7 dias e 30 dias. A depender da necessidade, pode-se estender com uma nova revisão após 3 meses e assim vamos trabalhando.
Então, como fazemos, Diego? Vamos lá.
Se você estudou hoje Direito Constitucional, amanhã, você pode destinar em média 15/20m para fazer uma revisão do estudo do dia anterior. Após 7 dias, você fará uma nova revisão deste mesmo item que havia sido estudado, mas agora usando um período de tempo menor, algo em torno de 8/10 minutos. E lá na frente, após 30 dias, a mesma batida em torno de 10m.
Após esse processo inicial, você pode (ou melhor deve) continuar com a sistemática das revisões, mas agora num ritmo de revisão “em bloco”, buscando rever os pontos principais da aula 0, 1 e 2, por exemplo, até porque já terá avançado no edital, permitindo inclusive fazer revisões mais compiladas, aliado é claro com a resolução de muitos exercícios para completar o estudo.
Meus amigos, usem a curva do esquecimento a seu favor! Para quem tiver interesse, gravei um vídeo esses dias sobre o tema, explicando um pouquinho mais sobre a importância do uso das revisões, qual melhor metodologia e as dificuldades encontradas por alguns alunos.
#curvadoesquecimento
Um abraço a todos e uma ótima semana de estudos!
Diego Cerqueira
Coach no Estratégia Concursos
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil
Email: diegocerqueira@estrategiaconcursos.com.br
Facebook: https://www.facebook.com/coachdiegoce…
Periscope: @dcdiegocerqueira
Intagram: @coachdiegocerqueira
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Ver comentários
Bom artigo professor!
professor, existe um aplicativo que controla as revisões e que foi desenvolvido com base na curva do esquecimento! O nome é Partiu Revisar.
Estou adorando seus artigos e vídeos!
Boa tarde
Show de bola mestre
abc
Gosto muito dos seus textos!
Abraços...
Professor, devo contabilizar o tempo gasto com revisões como tempo de estudo?
Obrigada!
òtimo artigo. Obrigada!
Diego,
A resolução de exercícios deve ser considerada como uma revisão?
Se estudo por mapas mentais, terei sucesso em fazer revisões através deles? Ou quem usa resumos normais.
Encontrei o que tanto estava procurando. Obrigado, Diego!