Aprovada no concurso PCPE para o cargo de Agente de Polícia
Policial (Agente, Escrivão e Investigador).
“Meu acerto foi entender que o estudo é algo muito individual. Deve-se encontrar o método que dá certo para você”
Confira nossa entrevista com Giulia Graça Gomes, aprovada no concurso PCPE para o cargo de Agente de Polícia:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Giulia Graça Gomes: Sou Giulia, advogada criminalista, formada em 13 de julho de 2022, tenho 25 anos e moro em João Pessoa/PB.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área policial?
Giulia: Tenho dois pais concursados, então sempre quis fazer concurso público, pela estabilidade e qualidade de vida.
A carreira policial foi escolhida por oportunidade. O primeiro concurso que eu prestei, quando ainda estava na graduação, foi o da Polícia Civil do Estado da Paraíba de 2021, fiz descompromissada para os cargos de Delegado de Polícia e Escrivão de Polícia, depois de ser aprovada na OAB XXXIII na segunda fase em direito penal. Não passei para o cargo de delegado, porém passei como excedente no concurso de escrivão, tendo logrado êxito em todas as etapas.
Depois que me formei, em julho de 2022, comecei a pesquisar cursinhos preparatórios para concursos e escolhi assinar por dois anos o Estratégia Carreiras Jurídicas. Participei de algumas mentorias individualizadas e em grupo, inicialmente fazendo minha base para magistratura. Porém, depois de um tempo, percebi que era mais estratégico estudar para um concurso-meio. Então decidi focar em concursos de técnico e analista, tendo sido aprovada no cargo de técnico judiciário do TJRN, mas também como excedente. Depois surgiu o concurso de delegado de polícia da PCAL, que eu comecei a estudar no pós-edital, não consegui atingir o corte, mas fiquei feliz com meu resultado e continuei estudando até surgir o edital da PCSP, que me dediquei bastante e consegui ser aprovada na 1ª fase do cargo de delegado de polícia. Depois surgiu o edital da PCPE e eu decidi focar para o cargo de agente e escrivão de polícia, tendo em vista que já tinha logrado êxito na PCPB como excedente e é um concurso próximo de casa que já me traria a estabilidade necessária para estudar para o meu concurso-fim.
Diante disso tudo, as carreiras policiais foram as que me deram mais oportunidades nesse período, além de eu gostar bastante da atuação em direito penal e da fase de investigação em sede de inquérito policial, o que me fizeram me direcionar para esse caminho.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Giulia: Sim, trabalho e estudo. Trabalho meio período em um escritório de advocacia, como advogada. Trabalho pela manhã e estudo no período da tarde/noite.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Giulia: Este foi o primeiro concurso que passo dentro das vagas, porém passei como excedente no TJRN/2023 e na PCPB/2021. Além disso, passei na 1ª fase de delegado de polícia da PCSP/2023 e estou esperando o resultado da discursiva.
Sim, pretendo continuar estudando para concursos de Delegado de Polícia.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Giulia: É tudo uma questão de equilíbrio, eu estudava durante a semana, de segunda a sexta-feira, saía na sexta-feira à noite com meu namorado. No final de semana, estudava pela manhã/tarde e saía à noite com amigos no sábado. No domingo, ia para a casa dos meus avós e aproveitava o tempo em família.
Claro que em época de pós-edital a vida social ficava um pouco mais de lado, principalmente em reta final. Mas em geral, é saber balancear e ter constância nos estudos.
Estratégia: Você é casada? Tem filhos? Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma?
Giulia: Não sou casada e nem tenho filhos. Minha família e amigos super apoiam minha caminhada como concurseira, respeitam meus horários, adaptam-se a eles e sabem que eu tenho menos tempo disponível e entendem isso.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Giulia: Direcionado ao último concurso pelo período de 2 (dois) meses, quando saiu o edital, porém já tinha base e bagagem de mais de 01 (um) ano de preparação para concursos públicos.
O que me fez manter a disciplina foi agarrar a oportunidade, saber que eu precisava dessa vaga para garantir minha estabilidade que eu tanto queria e minha autonomia financeira.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? (Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?)
Giulia: Sempre fui mais adepta ao uso de PDFs, apenas recorrendo a videoaulas quando sentia dificuldade no conteúdo, como no caso de raciocínio lógico, por exemplo. Além dos PDFs, fazia questões voltadas à banca e o cargo que estava visando, além da leitura de lei seca e revisões ativas por flashcards.
Os PDFs completos foram uma das ferramentas que não me adaptei tão bem, por ter menos tempo disponível em reta final, considerando que também trabalho, porém os PDFs simplificados eram bem completos e me permitiam evoluir no conteúdo e cumprir as metas de maneira mais rápida, podendo estudar e revisar mais assuntos em época de pós-edital. Videoaula também é uma ferramenta subsidiária para mim, pela questão de otimização de tempo.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Giulia: A partir da aprovação de alguns colegas no cargo de Agente de Polícia Federal do último concurso realizado, que eram assinantes da plataforma.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Giulia: Utilizei outro curso para minha preparação para Delegado da PCPB 2021, porém não gostava porque os PDFs eram muito resumidos e tinha que fazer o consumo de muita videoaula.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovada?
Giulia: Fui aprovada como excedente no cargo de Escrivão de Polícia da PCPB, em 2021.
Estratégia: Depois que você se tornou aluna do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Giulia: Sim, as revisões de véspera do Estratégia foram essenciais para minha preparação para concursos públicos, sendo possível colher dicas finais que ficavam na memória de curto prazo, que me faziam aumentar algumas questões nas provas realizadas.
Também gosto muito da “Hora da verdade” para disciplinas que tenho dificuldade. Além disso, consegui aprender realmente e evoluir em matérias como raciocínio lógico e informática graças à didática dos professores, recorrendo a PDFs e videoaulas apenas quando necessário.
Por fim, os simulados do Estratégia também são muito bons, geralmente nivelam por cima, sendo inclusive mais difíceis que a prova. Sempre tirava mais na prova do que nos simulados.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? (Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?)
Giulia: Tinha como meta de 3h líquidas por dia, no mínimo, chegando a fazer mais de 5h líquidas em época de pós-edital. No meu plano de estudos eu considerava como parâmetro os simulados, para ter uma noção geral de quais disciplinas precisava melhorar. Diante disso, montava uma estratégia de estudos, condizente com minha rotina, a partir dos assuntos que tinham mais chance de ser cobrados em cada matéria.
Estudava duas matérias por dia.
Estratégia: Como fazia suas revisões? (Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?)
Giulia: Fazia minhas revisões por flashcards, considerando questões que já tinha errado anteriormente ou marcado sem tanta confiança. Além disso, as vezes recorria a resumos pessoais, resumos disponibilizados pelo próprio curso e a mapas mentais.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Giulia: É imprescindível fazer questões para saber o estilo da banca e em como o conteúdo é cobrado, além de ser uma ótima maneira de fixar o conteúdo.
Já resolvi mais de 2.000 questões em minha trajetória para concursos apenas em um aplicativo de questões. Não sei precisar tão bem, porque além do aplicativo, também fazia questões disponibilizadas nos PDFs do Estratégia e os simulados.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Giulia: As disciplinas que tenho mais dificuldade, sem dúvidas, são raciocínio lógico e estatística, desde a época de colégio. Consegui superar por meio de PDFs completos e videoaulas disponibilizadas pelo curso.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Giulia: Minha rotina de estudos na semana que antecedeu a prova foi de ver o “Hora da verdade” para estatística e raciocínio lógico, revisão por lei seca dos grifos das leis mais importantes (Código Penal, Constituição Federal, Código de Processo Penal, Lei de Improbidade Administrativa, Lei de Licitações, leis estaduais e leis penais extravagantes) e revisão ativa por flashcards, além de resoluções de questões do cargo e da banca.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Giulia: Confesso que não me preparei tão bem para discursiva, por geralmente ter histórico de facilidade em redação. Dei prioridade às disciplinas que tinha mais dificuldade. Porém, acho essencial o estudo de discursiva no mínimo uma vez por semana, fazendo treinos de provas anteriores e de simulados e estar bem atento às atualidades na carreira policial.
Estratégia: Como foi (ou está sendo) sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Giulia: Estou treinando duas vezes por semana natação e corrida, tendo batido o tempo. Além disso, insiro a barra no meu treino de musculação.
Quando chegar mais perto, com data marcada, contratarei um profissional especializado que me acompanhou no TAF da PCPB.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Giulia: Acredito que meu principal erro no começo era focar em terminar um assunto por vez. Cheguei a passar um mês estudando o PDF completo de controle de constitucionalidade e vendo videoaulas sobre a matéria e isso não me faz acertar hoje todas as questões sobre o tema. O mesmo foi feito com a nova lei de licitações. Outro erro foi querer me enquadrar em metas genéricas disponibilizadas, não tendo o mesmo tempo e ritmo de estudo que outros candidatos mais experientes, gerando frustração. Estabeleci, portanto, uma meta mínima de horas líquidas e fui evoluindo com o passar do tempo.
Um dos meus acertos foi ter dado prioridade ao estudo de lei seca e fazer o método de revisão ativa por flashcards, utilizando subsidiariamente o caderno de erros e métodos de revisão tradicionais. Acho importante ter seu próprio material de estudos, mas é preciso ter estratégia em pós-edital, sendo às vezes mais interessante fazer revisão por grifos ou por resumos e mapas mentais disponibilizados pelo curso. Meu acerto foi entender que o estudo é algo muito individual. Deve-se encontrar o método que dá certo para você.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Giulia: Nunca pensei em desistir. Minha principal motivação para seguir foi perceber que estava evoluindo nos concursos e agradecer pelas pequenas conquistas.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Giulia: Eu aconselharia a jamais negligenciar o estudo de lei seca e de fazer questões. Deve-se também ter ritmo de prova, treinando a partir dos simulados disponibilizados pelo cursinho. Caso tenha menos tempo disponível, utilize os PDFs simplificados, que já são bem completos. Faça metas factíveis com sua rotina, não tente se encaixar em cronogramas genéricos. Por fim, jamais deixe de lado as revisões.