Vida de concurseiro não é fácil: além de todo esforço que precisa ser feito, há todo um trabalho de tentativa e erro que poderia ser evitado. Errar na hora de se preparar ou na hora de realizar as provas é comum, mas é estratégico saber quais são os principais erros dos candidatos para fazer bonito e deixar a concorrência para trás. Vale um exercício de reflexão sobre estes erros pois, como diz um provérbio chinês:
"Os sábios aprendem com os erros dos outros, os tolos com os próprios erros e os idiotas não aprendem nunca."
Vamos aos 10 erros mais comuns?
1) Não saber ler as questões adequadamente
Grande parte dos erros que ocorrem durante as provas de concursos se deve pelo fato do candidato não saber ler e interpretar enunciados e as alternativas das questões, sejam subjetivas ou objetivas. Muitos alegam a falta de tempo de impedir a leitura adequada da questão; outros acreditam ser ótimos de interpretação de texto – e até podem ser – mas negligenciam a leitura adequada dos enunciados das questões. Saber o que a banca quer é essencial.
Para ler as questões de modo adequado você precisa seguir alguns passos:
– Faça uma leitura prévia superficial e já parta para as alternativas para se situar na questão. Você precisa saber onde está pisando antes de qualquer análise de tomada de decisão.
– Após esse primeira análise, defina a ideia central da questão.
– Interprete o enunciado e elimine alternativas contraditórias ao enunciado ou até mesmo contraditórias a outras alternativas.
É muito comum que os enunciados e as próprias alternativas contenham indícios da resposta correta. Tenha cuidado com a extrapolação (sair do contexto da questão) e com a redução (quando se minimiza o contexto).
Apesar de tudo que expus a dica mais valiosa é: faça centenas de questão da banca. Isso fará com que você a conheça e lhe dará know-how para praticar os passos sugeridos.
2) Não ler profundamente o edital
O edital é a “pedra fundamental” de qualquer concurso público. Deve ser o ponto de partida de qualquer candidato. Muitos se preocupam mais com o cronograma (datas de provas, inscrições e chamadas) e disciplinas exigidas do que com o conteúdo propriamente dito. Conteúdo esse que nunca é 100% claro pois há subtópicos e temas implícitos que não constam expressamente previstos. Por isso, o edital deve ser interpretado minuciosamente! Há muitos detalhes que fazem toda a diferença na hora da prova! É a partir do edital que toda sua estratégia deve ser traçada com a definição, por exemplo, de quais matérias priorizar, quantas horas estudar de cada disciplina etc.
Caso você não esteja inscrito no programa de Coach do Estratégia, o qual faço parte, “perca” tempo para analisar todo o edital! Você que já é meu Coachee já sabe que não precisa se preocupar com isso pois analiso tudo nos mínimos detalhes.
3) Não conhecer a banca organizadora
Quando você busca conhecer a banca organizadora com antecedência evita vários erros. Isso porque cada entidade organizadora tem um perfil na hora de criar o edital, de desenvolver as avaliações, de pontuar as questões, etc. É um erro primário achar que todas as bancas são iguais.
4) Não conhecer-se a si mesmo
Cada pessoa tem suas fraquezas e fortalezas e lida de modo diferente com as oportunidades e riscos que encontra em um processo de preparação de concurso público. Identificar estas nuances do candidato é uma das estratégias de Coaching para Concursos mas o próprio candidato pode fazer esta reflexão. É preciso compreender qual a melhor forma de aprender para definir os recursos e os métodos mais assertivos para o seu caso. Não dá para seguir o que “todo mundo está fazendo”, uma vez que a maioria não tem bons resultados. Sabendo reconhecer quem você é será mais fácil identificar o que você precisa para vencer um concurso público.
5) Não saber escolher bem seus instrumentos de aprendizagem e memorização
Este erro tem a ver com o autoconhecimento e autopercepção, como vimos anteriormente. Há uma infinidade de estratégias e ferramentas a sua disposição. É importante investigar quais as melhores para o seu caso e trabalhar de modo sistêmico com elas. Por exemplo, se você tem o hábito de fazer resumos, que tal transformá-los em mapas mentais? Se não tem muito tempo ou paciência para ler, que tal buscar vídeo-aulas?
6) Não saber administrar o seu tempo
Nem só de estudar vive o candidato a concurso público. Ele tem responsabilidades profissionais, família, necessidades fisiológicas, etc. E na sua rotina, tudo tem que se encaixar para fazer a diferença na hora da prova. Mas há aqueles que erram em pular refeições ou negligenciar as horas de sono sem estar acostumado a tal, por exemplo. Isso compromete o rendimento dos estudos. Faça a gestão do seu tempo e reflita quanto às suas escolhas.
7) Não lidar bem com as próprias necessidades
Muitas vezes o candidato tem todo o potencial para passar, mas passa horas sem dormir (como dito acima), não faz refeições regulares e saudáveis, evita qualquer tipo de lazer e por aí vai. Você tem necessidades e elas não irão sumir durante o processo de preparação e estudos. Respeite-as!
Além disso, há necessidades quanto ao próprio aprendizado. Não compreendeu a matéria? Retorne a este ponto! Não acertou o exercício? Refaça-os antes de passar para a próxima questão. Não estudou o quanto deveria hoje? Acorde mais cedo nos próximos dias e recupere. Tenha atitudes positivas diante das dificuldades!
8) Não abordar todas as matérias
Com a falta de tempo, muitos candidatos fazem uma seleção do que vão estudar entre as disciplinas do edital. Isso é um tiro no pé pois os candidatos que realmente estão concorrendo às vagas estudam todo o conteúdo. E não tem este papo de “já sei mais ou menos a matéria, então, não preciso revê-la”. Se está no edital, será cobrado. E se não estudar todo o conteúdo pode ser que não acerte todas as questões – e cada questão conta muito para que quer passar.
9) Não contar com a ajuda quando é preciso
Nem todo mundo domina todos os assuntos. Mesmo estudando sozinho e com todo o empenho do mundo, às vezes falta aquele apoio de quem já passou por um concurso público com aprovação ou quem domina de fato um determinado conteúdo. E quando há dúvidas, é preciso recorrer a quem é especialista no assunto. Isso é um investimento, não um custo como muitos candidatos pensam.
10) Não fazer exercícios e revisões
Quando nos preparamos para um concurso público, é importante utilizar recursos e técnicas sistêmicas, ou seja, que dialogam entre si e se complementam. Os exercícios e as revisões programadas estão entre os principais recursos dos concurseiros, pois colocam em prática os conhecimentos aprendidos e ativam a nossa memória. Mesmo assim, muitos candidatos erram em priorizar a leitura ou a construção de resumos e mapas mentais, evitando os exercícios e revisões. Ademais, os exercícios são uma ótima maneira de saber em qual parte da matéria está a nossa deficiência. Sai na frente quem pratica!
Gostou da matéria? Quais erros que já cometeu ao estudar para concursos públicos? Deixe um comentário!
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